Um-sete-um

Fico impressionado como o Flamengo consegue fazer tanto marketing ruim.

Em 1995, camisa 100 para Romário no ano do centenário, na verdade era só do Clube de Regatas. O futebol, que é um esporte terrestre, só surgiria no clube vermelho-e-preto em 1911, graças à uma dissidência de jogadores do Fluminense. E como filho feio não tem pai, é uma tremenda babaquice dizer que o Flu é pai do Flamengo, porque como sabemos, este já existia.
Pois bem, voltando à camisa 100, ela foi usada num amistoso contra a seleção uruguaia (Mr. Kléber Leite e sua grandiloqüência!) no Serra Dourada. O jogo terminou empatado, acho, e além dessa camisa 100, a horrorosa versão do papagaio de vintém foi revivida e o rubro-negro só levou ferro quando usou o uniforme.

Chega 2006, Kléber Leite voltou a dar as cartas no Flamengo, hoje um clube humilhado, endividado, beirando o ridículo com seus factóides de contratações mirabolantes. Falaram em Luis Fabiano e trouxeram o obscuro uruguaio Peralta e... Luizão!

Sim, o mesmo Luizão dispensado por Vanderlei Luxemburgo e que no Santos, se não me falhe a memória, nem gol marcou.

Luizão é um jogador notoriamente enrolão. Acusa os clubes de calote e não cumpre seus contratos até o fim. Que o digam Vasco, Botafogo, Corinthians, Grêmio e São Paulo. Deste último, saiu "seduzido" por uma proposta do futebol japonês e três meses depois assinava com o Santos. Mas o castigo veio a cavalo...

Agora, o jogador vai ter a missão de ser a peça marqueteira de Kléber Leite e agregados. Em amistosos que serão realizados no Uruguai, Luizão vai vestir a camisa 111, em alusão ao centésimo-décimo-primeiro aniversário do Clube de Regatas da Gávea.

Mas, não sei não... Acho que o número 171 cabia melhor nessa situação do Luizão, né não?