"O segredo de Brokeback Mountain", o filme que tem como mote a história de amor entre dois cowboys homossexuais é pule de dez pra ganhar o Oscar este ano. A película concorre em oito categorias, incluindo melhor filme, diretor, ator, ator coadjuvante e atriz coadjuvante.
Pode levar todos esses prêmios acima citados? Pode. Mas em se tratando da premiação da Academia de Cinema dos Estados Unidos, tudo é possível.
Inclusive que esse filme do tailandês Ang Lee ("Hulk", "O Tigre e o Dragão"), que já arrebatou o Leão de Ouro do Festival de Veneza, saia com menos prêmios do que os críticos prevêem. Principalmente por tocar numa ferida ainda aberta no mundo inteiro - o amor entre duas pessoas do mesmo sexo.
Heath Ledger, ator australiano que faz um dos cowboys (o outro é interpretado por Jake Glyllenhaal) supôe que "Brokeback Mountain" tornou-se fenômeno e sucesso graças à visão simplista de que ele é apenas e tão somente um filme de dois gays. "É uma história com muitas dimensões a respeito do relacionamento entre homens e mulheres", divagou.
Até porque, pelo que consta, os dois personagens tinham relações hetero no início do filme.
E eu fico pensando... como é que fica a cabeça de uma pessoa, seja homem ou mulher, que vive uma relação heterossexual, se sentindo atraída por outro ou outra? Muitos se reprimem, ficam com dezenas de sentimentos de culpa e quando decidem sair do armário já é tarde.
O preconceito infelizmente ainda faz parte do nosso cotidiano e especialmente no Brasil, o homossexualismo não é visto com bons olhos.
Vejam por exemplo as recentes experiências com personagens gays em novelas. Se não me engano, o primeiro papel homossexual da TV coube ao falecido polonês Zbiginiew Ziembinski na novela "O Rebu", de 1974. Depois dele, veio um hiato de quase 15 anos, até Gilberto Braga (que é gay), tentar explorar a relação entre duas mulheres em "Vale Tudo", mas de forma bem sutil.
O problema é que o público percebeu e como ainda vivíamos uma época muito próxima do fim da podre ditadura, Gilberto teve que "matar" uma das personagens para que o foco da novela não fosse desviado.
Muito tempo depois, Manoel Carlos ainda teve um pouco mais de sorte. Conseguiu encaixar um selinho entre as personagens de Aline Moraes e Paula Picarelli em "Mulheres Apaixonadas", no último capítulo de sua novela.
Aguinaldo Silva, outro autor de novelas homossexual, não cortou o mesmo dobrado de Sílvio de Abreu em "A Próxima Vítima" e "Torre de Babel" e principalmente o de Glória Perez em "América", onde o prometido beijo entre o garotão Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) foi cortado, deixando a autora e Gagliasso numa saia justa tremenda.
E em "Senhora do Destino", Aguinaldo optou por dar um enfoque diferente à relação entre Eleonora e a ninfeta Jennifer, colocando na história um bebê que elas adotaram e cuidaram.
Sinceramente falando? Eu não vejo nada contra, nada mesmo, em que as pessoas tenham amigos homossexuais. Quer sejam homens, transsexuais ou mulheres.
O que vale em nossas vidas é que sejamos felizes, independentemente do que fazemos, do que acreditamos e de quem amamos. Buscar a felicidade deveria ser o preceito número um da vida de todos nós.
Pode levar todos esses prêmios acima citados? Pode. Mas em se tratando da premiação da Academia de Cinema dos Estados Unidos, tudo é possível.
Inclusive que esse filme do tailandês Ang Lee ("Hulk", "O Tigre e o Dragão"), que já arrebatou o Leão de Ouro do Festival de Veneza, saia com menos prêmios do que os críticos prevêem. Principalmente por tocar numa ferida ainda aberta no mundo inteiro - o amor entre duas pessoas do mesmo sexo.
Heath Ledger, ator australiano que faz um dos cowboys (o outro é interpretado por Jake Glyllenhaal) supôe que "Brokeback Mountain" tornou-se fenômeno e sucesso graças à visão simplista de que ele é apenas e tão somente um filme de dois gays. "É uma história com muitas dimensões a respeito do relacionamento entre homens e mulheres", divagou.
Até porque, pelo que consta, os dois personagens tinham relações hetero no início do filme.
E eu fico pensando... como é que fica a cabeça de uma pessoa, seja homem ou mulher, que vive uma relação heterossexual, se sentindo atraída por outro ou outra? Muitos se reprimem, ficam com dezenas de sentimentos de culpa e quando decidem sair do armário já é tarde.
O preconceito infelizmente ainda faz parte do nosso cotidiano e especialmente no Brasil, o homossexualismo não é visto com bons olhos.
Vejam por exemplo as recentes experiências com personagens gays em novelas. Se não me engano, o primeiro papel homossexual da TV coube ao falecido polonês Zbiginiew Ziembinski na novela "O Rebu", de 1974. Depois dele, veio um hiato de quase 15 anos, até Gilberto Braga (que é gay), tentar explorar a relação entre duas mulheres em "Vale Tudo", mas de forma bem sutil.
O problema é que o público percebeu e como ainda vivíamos uma época muito próxima do fim da podre ditadura, Gilberto teve que "matar" uma das personagens para que o foco da novela não fosse desviado.
Muito tempo depois, Manoel Carlos ainda teve um pouco mais de sorte. Conseguiu encaixar um selinho entre as personagens de Aline Moraes e Paula Picarelli em "Mulheres Apaixonadas", no último capítulo de sua novela.
Aguinaldo Silva, outro autor de novelas homossexual, não cortou o mesmo dobrado de Sílvio de Abreu em "A Próxima Vítima" e "Torre de Babel" e principalmente o de Glória Perez em "América", onde o prometido beijo entre o garotão Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro) foi cortado, deixando a autora e Gagliasso numa saia justa tremenda.
E em "Senhora do Destino", Aguinaldo optou por dar um enfoque diferente à relação entre Eleonora e a ninfeta Jennifer, colocando na história um bebê que elas adotaram e cuidaram.
Sinceramente falando? Eu não vejo nada contra, nada mesmo, em que as pessoas tenham amigos homossexuais. Quer sejam homens, transsexuais ou mulheres.
O que vale em nossas vidas é que sejamos felizes, independentemente do que fazemos, do que acreditamos e de quem amamos. Buscar a felicidade deveria ser o preceito número um da vida de todos nós.
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