segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Histórias de porres - parte I

Eu tive dois amigos de faculdade que fizeram um jornalzinho de oito páginas, apropriadamente batizado de Saco de Gatos.
E antes que vocês me perguntem, não... o uso do nome para este blog não é uma homenagem aos dois, muito embora um deles fosse realmente uma figura muito querida na época da UFRJ.
Pois bem... esse amigo foi parte integrante de uma boa história de porre que eu tive, por volta de 1996, acho.
Estávamos eu e uma dezena de conhecidos nos apropriando da cerveja que os calouros compraram com o dinheiro arrecadado no trote e, ao contrário do que muita gente pensa, jamais agredimos ou maltratamos nenhum aluno nesse tipo de evento.
Acho que não tinha comido nada durante a tarde, o que só piorou as coisas. E amarrei um porre daqueles. Eu já falo alto, então eu soltava a voz além da conta. Já estava irritando uma meia dúzia, com certeza. Mas comecei a passar muito, muito mal.
Vomitei, como não podia deixar de ser. Fui sacaneado por um dos companheiros de bebedeira, como não podia deixar de ser. Mas o amigo citado nas primeiras linhas prontamente veio me socorrer.
Trazendo uma latinha de soda limonada na mão, ele ofereceu a bebida talvez achando que fosse melhorar as coisas. Só que ele não contava com o que viria a acontecer. Segundo o próprio, eu dei um forte tapa na latinha e, sem deixá-la cair, chutei-a com violência pra longe. E isso, numa manguaça inacreditável.
A situação é risível, não é? Para quem está lendo agora, pode parecer degradante ou engraçado. Ou as duas coisas juntas.
Mas numa conversa franca e emocionada (com direito a choro), daquelas em que o álcool estimula confissões jamais contadas à pessoas em quem cegamente confiamos, contei que estava muito triste porque o relacionamento que tinha com meu pai, então separado de minha mãe fazia 13 anos, estava de mal a pior. Culpa da teimosia dele e minha também, devo admitir.
E mesmo assim, sinto muita falta do velho Manoel...

Um comentário:

Anônimo disse...

Rodrigo,

Legal seu reconhecimento.
A saudade mata a gente, né?
Eu tb tenho muitas saudades do meu querido pai Paulo Medina

bjus