domingo, 5 de fevereiro de 2006

Infâmia

Tirar a vida de gente inocente é um crime hediondo.
Mas fazer isso com crianças - os seres mais puros e inocentes deste planeta - é a maior infâmia que poderia existir.
Na última semana, o Brasil inteiro se chocou com três episódios de bebês largados ao léu ou mortos em situações absurdas. Dois destes casos foram em Belo Horizonte, onde uma das crianças recém-nascidas foi atirada na Lagoa da Pampulha, numa tentativa clara de fazer o bebê pagar um preço muito alto justamente por nascer na hora e no momento errados.
Ora, se a mãe ou o pai não querem a criança, por que não a deixam no berçário da maternidade, como muitos fazem, e a justiça encaminha para o processo de adoção? Assim a criança sofre muito menos.
Dias depois do chocante resgate da lagoa, outra criança foi deixada, frágil e à beira da morte, na porta de uma casa. Felizmente a polícia chegou a tempo de levá-la a um hospital onde, melhor assistida, sobreviveu.
Mas a história mais hedionda aconteceu em Canoas, no Rio Grande do Sul, onde uma mulher jogou seu bebê recém-nascido dentro de um riacho, porque o suposto pai da criança não quis assumir a paternidade. A criança pagou com sua vida e o mínimo que podia ser feito, como também ocorreu com a mulher que jogou sua filha na Lagoa da Pampulha era prender esses criminosos.
Se as penas são inócuas de acordo com o Código Penal Brasileiro, já é outra história. O que não podemos fazer é ficar calados diante de tanta loucura.

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