quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Boleiras

Esta foi uma quarta-feira de muitos gols.

Entre Copa do Brasil e Libertadores, foram 42 no total, com algumas goleadas. Dois cariocas e o São Paulo se sobressaíram neste meio de semana.

O tricolor do Morumbi não teve dificuldades e mesmo com pouco menos de 20 mil torcedores - muito abaixo do que vemos nos jogos do São Paulo na Libertadores - goleou o Alianza de Lima por 4 x 0. Em suma: vai se classificar para a próxima fase sem problema algum.

Em Porto Alegre, o Internacional se reabilitou ensacando três no Emelec, do Equador. O menino Alexandre Pato, tido como "fenômeno", jogou pela primeira vez no Beira-Rio e fez um belo gol. Ainda não vi, mas um amigo garante que será reprisado N vezes nos programas esportivos de quinta-feira. A conferir, portanto.

Já na Copa do Brasil, Vasco e Fluminense dispararam as maiores goleadas da quarta. Tal como nas partidas de ida, os dois clubes do Rio repetiram o resultado: 6 x 0, contra dois times do Norte - o Fast Club de Manaus (AM) e a ADESG de Senador Guiomard, interior do Acre.

A Flapress botou pilha quando o Flu deu bobeira e deixou o adversário fazer um golzinho no final no jogo de ida. Assim começou a galhofa de que ajudamos o time acreano a conhecer as praias cariocas. Todo mundo já achava que a zebra ia passear no Maracanã e neguinho teve que botar o galho dentro logo com dois minutos de jogo, quando Alex Dias abriu o placar.

Daí em diante foi um passeio. Foram quatro gols no primeiro tempo, dois na etapa complementar e sem brincadeira, podia ter sido de oito ou nove, porque foram vários os gols perdidos - alguns até eu faria.

No fim das contas, mesmo contra um adversário fraquíssimo, que quase não chutou a gol, o Fluminense de Joel Santana mostrou que será muito diferente daquele que iniciou o ano sob o comando do incompetente PC Gusmão. O time jogou sério, com determinação e sem desrespeitar a fraqueza da ADESG em momento algum. Agora é vir com tudo pra chegar bem na Taça Rio e tentar a passagem para a fase de oitavas-de-final, enfrentando agora um adversário mais qualificado - o América de Natal, recém-promovido à Série A do Brasileirão.

Em São Januário, o Vasco passou fácil pelo Fast e Romário fez mais dois. Chegou a 992 gols segundo suas próprias contas e faltam só oito para o suposto milésimo.

Mas será que o Baixinho vai mesmo cumprir a promessa de pendurar a chuteira depois de atingir o feito que até hoje só Pelé conseguiu?

Eu duvido. E você?!?

Varandão da saudade

Esse é um post para os "Matreiros" ou "Matracatricas"... já percebi que tem vários que postam por aqui.

Eu, como muitos apaixonados por automobilismo, sou louco pelo ronco do motor Matra V12 que todo mundo diz que era facilmente reconhecível a qualquer distância.

A marca francesa só teve sucesso na Fórmula 1, ironicamente, quando correu com o motor Cosworth V8 e seus carros eram alinhados por Ken Tyrrell. Foram campeões mundiais com Jackie Stewart, mas depois os resultados nunca mais foram os mesmos.

Entretanto, nos protótipos é que os bleus fizeram a festa, depois que o 917 da Porsche foi varrido do mapa.

Se em 1972 a Ferrari deitou e rolou, nos anos seguintes, o MS670 e suas variações e pilotos deram o troco.

François Cévert, Henri Pescarolo, Gérard Larrousse, Jean-Pierre Jarier, Jean-Pierre Beltoise, Chris Amon, Graham Hill, Jean-Pierre Jabouille, Jean-Pierre Jaussaud, François Migault, Bob Wollek, José Dolhem... estes foram os pilotos que guiaram a máquina francesa. Exceto Hill e Amon, todos eram "da casa".

Aqui abaixo, é Jean-Pierre Jarier quem guia a Matra na versão MS670C com periscópio no motor, para vencer as 6 Horas de Watkins Glen de 1974, em dupla com Beltoise.

Vai andar rápido assim lá em Paris!

A terceira força?

A estréia do novo "brinquedo" de Martin Short

Nesta quarta-feira, pela primeira vez o novo chassi Pescarolo LMP1 ganhou vida e deu suas primeiras voltas no circuito Bugatti - o menor - de Le Mans.

Batizado de "Pescarolo P01", o protótipo virá com a novíssima geração dos motores Judd V10 com 5,5 litros de capacidade cúbica e potência estimada em 650 HP.

As primeiras voltas foram conduzidas pelos pilotos oficiais da Pescarolo, Manu Collard e Jules Boullion. Mas Martin Short, cliente da Pescarolo, também estava lá e experimentou o novíssimo carro.

A Pescarolo Sport usou um antigo chassi híbrido C60 para testar o novo propulsor, deixando o desenvolvimento a cargo do novo contratado da equipe, Harold Primat. Christophe Tinseau, que deve também se juntar à equipe, também deu suas voltinhas.

Este ano, veremos cinco Pescarolos nas pistas: os dois do time oficial, o da Rollcentre, o Lister (que só estréia no segundo semestre) e o LMP2 da Kruse Motorsport.

Muitos arriscam dizer que esses carros são a terceira força da LMP1. Mas... se Audi e Peugeot bobearem...

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Le Mans é logo ali...

O Automóvel Clube do Oeste acabou com a choradeira. Depois de ver e rever 76 pedidos de inscrição, o comitê de seleção mandou treze deles para casa e separou 63 para a disputa das 24 Horas de Le Mans deste ano.

Cinqüenta e cinco veículos titulares e oito reservas foram divulgados hoje pela imprensa européia, através do comunicado do ACO. Entre eles, pouquíssimas surpresas e algumas constatações interessantes.

Na LMP1, tirando a Lavaggi, o lote é praticamente o mesmo da Le Mans Series, com a adição da fortíssima equipe Audi. A "Divisão Panzer" de Ingolstadt vai com três carros para o maior evento de longa duração do mundo e assim combater os Peugeot 908 HDi FAP. Correm por fora todos os outros concorrentes com motores Judd V10 de 5.500 cilindradas cúbicas, além do Lola-Audi Turbo da Swiss Spirit.

A divisão P2 tem menos concorrentes locais do que em qualquer outra corrida desde a criação desta subdivisão de protótipos. Porém, a Barazi, campeã da Le Mans Series entre as escuderias, vai alinhar dois Zytek 07S/2 graças ao dinheiro conseguido no contrato com a petrolífera Gulf. Não é fácil apontar um favorito entre os 12 carros inscritos, mas a equipe do brasileiro Thomas Erdos, a RML, vai batalhar pelo tricampeonato. Olho nos dois Radical, da Bruichladdich e da Rollcentre - única equipe com carros na P1 e na P2.

Para nenhuma surpresa, a grande ausente é a Intersport Racing, tradicional concorrente da categoria que preferiu, de última hora, trocar de carro na American Le Mans Series. Saíram do Lola para o Création e, como jamais andaram com este novo modelo, não puderam ser avaliados pelo comitê de seleção. Resultado: dançaram.

O jogo será pesado na LMGT1, não há dúvida. Tirando o Lamborghini da J-LOC e a Ferrari da Convers MenX, candidatíssimas a figurantes, a batalha será de fato entre os peso-pesados Corvette e Saleen, fabricados nos EUA contra os Aston Martin, de origem inglesa. Seis modelos DBR9 de quatro escuderias figuram entre os inscritos, contra quatro Vettes - três de última geração - e dois Saleen. Num deles, estreando na mítica prova, estará Nicolas Prost, filho do tetracampeão mundial de Fórmula 1 Alain Prost.

A GT2 tem uma mescla interessantíssima de equipes entre quatro marcas diferentes - Porsche, Ferrari, Panoz e Spyker. Quatro carros vêm dos EUA, três da Grã-Bretanha, dois de Itália e Holanda, um da Alemanha e apenas um pertence à uma escuderia local, a IMSA Performance Matmut.

A organização fechou a lista com oito carros de reserva em caso de desistências até e depois do teste marcado para 3 de junho. E mais uma vez o ACO deixa claro que só promove estréias fora do comum em casos excepcionais. Bom para a corrida, que terá um nível altíssimo, sem dúvida... e pra você amigo blogueiro que vai acompanhar com a gente todos os lances e bastidores de "la plus longue nuit" - a mais longa das noites.

Seis meses de paz

Tricolores, bacalhaus, americanos e botafoguenses, congratulemo-nos!

Por 180 dias, graças às nossas preces, não ouviremos a ridícula frase entoada pela torcida flamenga no Mário Filho.

"Obina é melhor que o Eto'o".

Aliás, desde quando o atacante rubro-negro é melhor que alguém no futebol brasileiro? Quiçá mundial?

A torcida do 'mais querido do Brasil' (sic) adora exageros.

Nos anos 70, o insólito João Batista Sales foi eleito o queridinho da galera. Ganhou música que até venceu Festival. Mas como uma luz tênue, se apagou na escuridão.

Claro que me refiro a Fio Maravilha, centroavante tosco que caiu nas graças da multidão e do cantor/compositor Jorge Ben, que anos mais tarde viu-se obrigado a mudar o nome de sua música para Filho Maravilha, porque o ex-jogador queria grana em cima de cada execução da obra do mestre do balanço.

Que bom que Obina não inspirou - ainda - ninguém a fazer música. Mas o corinho ouvido toda vez no Maracanã enche o saco.

No último domingo, o jogador fez o gol do empate contra o Vasco e saiu de campo com exatos 2 minutos do primeiro tempo, contundido. Saldo: lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Período fora dos gramados: seis meses.

E como muito bem lembrado pelo amigo deste blog, Victor Menezes, é a mesmíssima lesão que tirou Eto'o dos gramados recentemente. Que coisa, não?

Manuel Brito Filho, ou melhor, Obina, está fora do Estadual e também da Libertadores.

E aos rubro-negros mais exaltados, um recadinho: não é praga não, são coisas que acontecem até a um Zico, um Maradona, um Gornaldo.

Mas que o Obina não é isso tudo... ah! Não é mesmo!

"Por mais distante... o errante navegante..."

Sobre o novo e politicamente correto carro da Honda, cabe uma correção.

Não houve nenhum envolvimento do Google com sua ferramenta de busca Google Earth, que faz você descobrir sua própria rua.

A montadora japonesa, preocupada que só com o chamado "aquecimento global" - este fenômeno desgraçado que faz o verão ficar mais avassalador no planeta inteiro e está derretendo as calotas polares (te cuida Holanda!), aproveita para fazer campanha do site MyEarthDream.com, onde todo mundo pode contribuir ou participar com projetos ambientais.

Notaram pela foto que, exceto o símbolo da montadora e o da Bridgestone, o carro não ostenta qualquer inscrição de patrocínio?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

O mundo gira, a Lusitana roda...


É, as voltas que esse mundo dá...

Quem diria que na premiação máxima do cinema - o Oscar, uma atriz que já fez um filme rumorosíssimo ganhasse a estatueta de melhor atriz pelo filme The Queen?

Pois Helen Mirren, nome artístico para Iliena Vasilievna Mironov, conseguiu esta façanha.

Em seu vasto currículo onde despontam 90 produções, entre filmes e minisséries, consta a participação como outra Rainha: Caesonia, no polêmico Calígula produzido por Bob Guccione, o todo-poderoso da revista erótica Penthouse.

Helen tinha 34 anos na época e topou se expor, junto com outros artistas de grande calibre, como Sir John Gielgud, Peter O'Toole e também Malcolm McDowell, que brilhara em Laranja Mecânica, na película considerada por Gore Vidal "um ultraje" à sua obra. Não é para menos: além de cenas extremamente violentas, há sexo para todos os gostos, inclusive entre lésbicas e um ménage a trois entre Calígula, Caesonia e a irmã do Imperador, Drusilla (Theresa Ann Savoy).

O certo é que depois disso sua carreira oscilou entre filmes medíocres, produções independentes e minisséries, incluindo aparições em seriados americanos como Frasier e Third Watch. Mas o tempo passa e apaga certas máculas. E para sorte de Helen, hoje com 61 anos, veio o tardio reconhecimento por sua estupenda atuação em The Queen. Para isso, ela não derrotou um time qualquer de atrizes, pois suas concorrentes eram Penélope Cruz, Meryl Streep, Judi Dench e Kate Winslet.

***

Justiça seja feita: Martin Scorsese chegou lá!

Foram seis infrutíferas e frustrantes tentativas. Afinal, o diretor fora responsável pelos brilhantes Taxi Driver, Touro Indomável e Os Bons Companheiros. E com os três filmes, levou ferro.

"Já estava me acostumando a não ganhar o Oscar", disse.

De uma só tacada, levou dois. Seu mais recente filme, Os Infiltrados, foi o campeão da noite, com prêmios de melhor montagem, roteiro adaptado, melhor filme e melhor diretor.

Bem melhor do que ganhar pelo conjunto da obra, como muitos já foram agraciados, finalmente a a Academia reconheceu que Scorsese nunca poderia ficar sem um troféu em sua estante.

Porém, há quem discorde, como o ator José Wilker, crítico bissexto de cinema que comentou a transmissão da premiação ao lado de Maria Beltrão, na Rede Globo. "Exageraram dando o prêmio a ele."

Aí é minha vez de discordar. Scorsese é ótimo. E tenho dito.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Lá vem ele...

Rossi: mais feliz que pinto no lixo e com uma Z4 novinha...

O Mundial de Motovelocidade começa o campeonato de 2007 a partir de sexta-feira, dia 8 de março, quando o primeiro ronco de motor se ouvirá no circuito de Losail, no meio do deserto do Catar. É no país árabe, de paisagem inóspita, que a MotoGP dará a largada para sua nova fase com máquinas de 800 cilindradas de capacidade cúbica, substitutas dos modelos que desde 2002 dominavam a cena com até 990cc e ciclo de quatro tempos.

Mas, se a fase é nova, um dos pretendentes ao título deste ano é um velho conhecido.

O multitudo (campeão, recordista, fenômeno) Valentino Rossi já mostrou neste domingo em Jerez que está faminto para voltar a dar as cartas na "Fórmula 1 " de duas rodas.

Senão, o que seria este tempo inacreditável de 1min38s394 (novo recorde extra-oficial) no traçado de Jerez de la Frontera? Obra do acaso?

Desconfio que não. Aliás, nada na carreira de Rossi é obra do acaso. Ele é genial, como foram Fangio, Piquet, Clark, Senna, Lauda, Stewart, Prost, Schumacher e tantos outros em quatro rodas, e assim como Lawson, Agostini, Hailwood, Read, Spencer e Rainey em duas.

A prova inequívoca que a Yamaha tem um pacote competitivo é que Colin Edwards foi o terceiro mais rápido. Mas o americano não é páreo para Rossi, tomando quase um segundo nas costas. E por falar em gente dos "States", o medíocre Nicky Hayden, atual campeão mundial, foi o quarto. Daniel Pedrosa, o segundo. Será que haverá mudança de hierarquia no HRC? A conferir...

Boas foram as performances de Ducati e Kawasaki. As máquinas oficiais tiveram desempenho quase idêntico, com Stoner ligeiramente mais veloz que Capirossi no simulado de classifcação que deu a Rossi uma BMW zero-bala. Aliás, dou um doce pra quem disser o que o australiano fez no fim de semana, também... E Randy de Puniet, que fechou o dia com o melhor tempo no último treino livre, andou bem à frente do companheiro de equipe Olivier Jacque.

Alexandre Barros é que desapontou, com um apagado décimo-sétimo lugar. Mas o desânimo pode ficar para trás se levados em conta os bons tempos conseguidos por ele e o companheiro de equipe Alex Hofmann em outros testes. Com os pneus certos de classificação para cada pista, o experiente piloto brasileiro ainda poderá surpreender e muito no início do campeonato. Afinal de contas, pelo menos nessas primeiras provas ele ainda estará em pé de igualdade com a escuderia oficial.

Os 21 homens do Mundial de MotoGP serão os seguintes:

REPSOL HONDA HRC - Honda RC212V / Michelin
Nicky Hayden #1 e Daniel Pedrosa #26

PRAMAC DUCATI D'ANTIN - Ducati Desmosedici GP7 / Bridgestone
Alex Barros #4 e Alex Hofmann #66

YAMAHA FACTORY RACING - Yamaha YZR M-1 / Michelin
Colin Edwards #5 e Valentino Rossi #46

DUNLOP TECH3 YAMAHA - Yamaha YZR M-1 / Dunlop
Makoto Tamada #6 e Sylvain Guintoli #50

HONDA LCR - Honda RC212V / Michelin
Carlos Checa #7

TEAM ROBERTS - KR Honda 212V / Michelin
Kenny Roberts Jr. #10

KAWASAKI RACING TEAM - Kawasaki Ninja ZX-RR / Bridgestone
Randy de Puniet #14 e Olivier Jacque #19

RIZLA SUZUKI MOTOGP - Suzuki RGV / Bridgestone
John Hopkins #21 e Chris Vermeulen #71

HANSPREE HONDA GRESINI - Honda RC212V / Bridgestone
Toni Elias #24 e Marco Melandri #33

MARLBORO DUCATI TEAM - Ducati Desmosedici GP7 / Bridgestone
Casey Stoner #27 e Loris Capirossi #65

KONICA MINOLTA HONDA - Honda RC212V / Michelin
Shinya Nakano #56

ILMOR ENGINEERING - Ilmor XR3 / Michelin
Andrew Pitt #88 e Jeremy McWilliams #99

Automobilismo não é Mastercard mas...

Kenseth fatura mais uma para a Roush em Fontana

... tem coisas que só a NASCAR pode fazer por você.

A primeira é constatar que Kevin Harvick, o vencedor de Daytona, é o típico balão japonês. Quanto mais se espera dele, mais as coisas dão erradas. Na prova deste domingo, em Fontana, o pneu dianteiro esquerdo de seu carro furou a quatro voltas do fim. Ele terminou em décimo-sétimo.

A segunda: Matt Kenseth, mesmo sem seu chefe de equipe titular, mostra que a Roush Racing continua dando as cartas nos ovais de duas milhas como o da Califórnia e o Michigan International Speedway. O detalhe é que o campeão de 2003 largou em vigésimo-quinto, no meio do bolo. Dá o que pensar, nãó dá?

A terceira diz respeito a Juan Pablo Montoya. Inegavelmente o colombiano é veloz e com um carro só na pista, ainda consegue fazer bonito. Foi o quinto mais rápido em Daytona e classificou-se em nono na California 500. Mas ainda lhe falta ritmo em corrida e as manhas e técnicas de pilotagem com um Stock num oval. Pelo menos não deu prejuízo para Chip Ganassi. Chegou em vigésimo-quarto, duas voltas atrasado.

Mark Martin dá nome e sobrenome à quarta constatação. O véio é fabuloso. Correu 19 anos seguidos com Ford na divisão principal, sentou no Monte Carlo da recém-fundada Ginn Motorsports e está correspondendo com prestações regulares e eficientíssimas. Vice em Daytona, quinto em Fontana... hum... a "Raposa Felpuda" já desponta na liderança do campeonato!

E Dale Earnhardt Júnior hein? Para ele, desgraça pouca é bobagem. A DEI classificou seus três carros desta vez, mas só o de Paul Menard sobreviveu. O Chevrolet vermelho Budweiser e o carro preto de Martin Truex Júnior ficaram pelo caminho, com os motores abrindo o bico antes das primeiras 60 voltas. Crise à vista? Talvez...

Há quem queira levantar a bola de que, ficando fora do Top 35 num determinado ponto do campeonato, a NASCAR deveria mudar a regra por causa do "filho da lenda". Ora... quem ainda é chamado somente de "filho da lenda" por ter parentesco com o sete vezes campeão Dale Earnhardt, este sim merecedor da distinção, JAMAIS pode querer que as regras mudem por sua causa.

E se a categoria fizer isso só por causa do Júnior, eu paro com a NASCAR.

Enquanto isso, é aguardar o próximo fim de semana: 3ª prova da Busch Series, na Cidade do México (a Nextel Cup não corre no dia 4 de março), com presenças confirmadíssimas de Juan Pablo Montoya e Adrián Fernández. Sem contar os doidões Marc Goossens e Marcus Ambrose, além de uma penca de outros pilotos hechos en Mexico.

Risque, rabisque... faça arte!

Um dos meus mais de 900 contatos do Orkut é um craque em design gráfico. Chama-se Luiz Fernando Maurano, é gaúcho (bah, tchê), fã de Juliano Moro, dos Porsches, dos saudosos Ronnie Peterson e José Carlos Pace, além de canhoto como eu.

Sem que eu pedisse, ele se prontificou a fazer uma caricatura deste que vos escreve. Eu sugeri uma das minhas melhores fotos do meu álbum e o resultado é este que vocês vêem aqui abaixo.




Uma sensacional e divertida mistura com o Gulf-Porsche 917 de Michael Delaney, ops... Steve McQueen.

Pelo menos no cartoon não aparece minha calvície. Hahaha!

Valeu, Maurano!

Surto artístico

Era uma vez uma mocinha que um dia foi apresentadora do Clube do Mickey e que teve sorte quando alguém acreditou que ela era talentosa. Gravou discos, vendeu horrores, ganhou milhares de dólares cantando ao vivo e em playback (o Rock In Rio III que o diga), virou ícone das adolescentes.

Esta mesma menina virou mulher, ou pelo menos acha que é. Casou em Vegas, onde não vale. Descasou. Casou de novo e dizem que seu marido é cafetão. Teve dois filhos com ele. Perdeu a linha saindo sem calcinha e sutiã. E corriam rumores sobre suas ligações mais do que de amizade com a patricinha-problema Paris Hilton.

Viciada em antidepressivos e ansiolíticos (uma palavra difícil para sedativos ou tranqüilizantes, como queiram), surtou e seus assessores, um por um, pediram demissão. Na última semana, foi nada menos que três vezes para uma clínica de reabilitação.

Numa das ocasiões, pegou uma máquina daquelas de barbeiro e tosou o cabelo. Inteiro. Ainda fez duas tatoos e ao que consta, teria tentado o suicídio duas vezes.

É um comportamento que até lembra o de outra maluca, Lindsay Lohan, a antiga estrelinha juvenil que cheira cocaína feito tamanduá-bandeira. Mas Britney Spears não precisava disso para aparecer na mídia.

Ou melhor, precisava. Porque antes de tudo, seus discos são ruins. A música que ela canta é péssima. Shakira e Christina Aguillera dão de dez a zero nela em matéria de dança. E como atriz, foi um fracasso tremendo.

Quando dizem que o dinheiro não traz felicidade, cada vez mais acho que esta é uma frase de sentido muito verdadeiro.

Que o diga a recente morte da pin-up Anna Nicole Smith.

Sem comentários

Desde já temos um candidatíssimo à pintura mais bizarra da história da Fórmula 1!

O Honda RA107 caminha a passos largos para ostentar esse "título" se realmente a pintura do seu carro for esta da foto abaixo.


Esse mix de azul e verde é um mapa do planeta terra estilizado. O azul, evidentemente, é a água e o verde, a terra. Consta que os japoneses assinaram um contrato de patrocínio com o Google (que hospeda esse blog, pois o Blogger é do Google) e a empresa vai aproveitar para divulgar o site Google Earth, aquele onde dá pra achar até o Estádio da Rua Javari, do Juventus paulista.

Amanhã, se o pessoal não estiver espalhando uma cascata daquelas, a nova pintura será finalmente revelada no Museu de História Natural de Londres.

Sobre o novo layout, quero a opinião de vocês:

a) interessante

b) bizarro

c) horroroso mesmo

Votem e opinem!

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Em tempo de descobertas, a mulherada dá de dez a zero...

O caderno Rio Show encartado em "O Globo" nesta sexta-feira, além do ramerrão da programação cultural e gastronômica da outrora Cidade Maravilhosa, às vezes acerta no alvo e traz capas e reportagens interessantes.

A desta semana é sobre a afluência cada vez maior do comércio de produtos ligados a sexo e as sex shops que crescem em qualidade e quantidade no Rio de Janeiro, investindo pesado não só na venda, mas também em cursos, dicas e muito mais.

É, moçada. O povo está cada vez mais buscando alternativas para salvar casamentos, namoros e etc. E também agradar parceiros e parceiras, com lingeries sexy, acessórios, algemas, chicotinhos e por aí vai.

Acho perfeitamente saudável fugir da rotina. Eu sou da tese de que uma dominaçãozinha não faz mal a ninguém. Pra um fetichista como eu, é pura perdição. Claro que tudo feito de jeito saudável.

Sei de gente que não esconde que busca prazeres que às vezes sequer alcançam com parceiros e parceiras, usando para isso de outros artifícios. Num papo regado a chope bem gelado na última segunda-feira de carnaval, uma conhecida minha (não vou citar o nome, é claro) declarou abertamente que tem em casa um "Júnior" pronto para qualquer eventualidade. Quem conhece o linguajar sabe o que estou falando.

A vantagem do "Júnior" em relação aos humanos é estar disposto, feliz e contente 24 horas por dia. E ereto. Sacia a vontade da mulher em qualquer lugar. Basta um clique e pronto. Ou vocês achavam que só os homens é que partiam para o "five to one" com Playboys, filmes de sacanagem e coisas do gênero? A mulherada também gosta de um filminho, de uma revistinha - claro que não de mulher, mas as G Magazines da vida, evidentemente.

É por isso que hoje em dia o sexo feminino é muito mais bem resolvido que o masculino nesse aspecto. Elas continuam sendo gostosas, sedutoras, sensuais e virando as nossas cabeças (as duas) sem perder a linha. Algumas não tem a menor classe. Mas qual é o homem que precisa de mulheres assim?

Queremos é quem saiba o que está fazendo dentro e fora de quatro paredes. O resto, que me desculpe.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Valeu como ensaio

Bom, chega de roncar a cuíca no Saco de Gatos. Vamos ao que interessa: motores ligados e cheiro de gasolina no ar.

Começaram nesta quinta-feira em Monza os testes coletivos do FIA GT. A categoria em 2007 sofreu alguns regimes para se adaptar à realidade mundial. Cortes de custos, eletrônica, de uma hora na duração das provas (exceto Spa, na Bélgica) e a adoção de um calendário quase todo europeu. Só não foi 100% porque a China cacifou a prova de estréia do campeonato em 25 de março com US$ 5 milhões para os cofres da Stéphane Ratel Organisation.

Foi graças a isto e a outros fatores que as Mil Milhas, que abririam a temporada 2007, acabaram indo para a Le Mans Series. Muita gente diz que foi uma má escolha. Eu discordo, porque dificlmente veríamos no Brasil carros tão bons quanto os protótipos e GTs que correm juntos.

Entretanto, a pista transalpina já recebe diversos dos carros que vão correr nas diferentes categorias. O Mundial é composto das subclasses GT1, GT2 e G2. O Europeu tem os grupos GT3 e GT4.

Entre os carros do certame de 2007, algumas novidades. A equipe tcheca Rock Media Motors alinha um Pagani Zonda com motor Mercedes, carro que andou ausente por algum tempo das pistas. A aposta é arriscada e caberá aos pilotos Antoni Herbeck e Jaroslav Janis provar o potencial do carro.

O bacanérrimo Pagani Zonda da Rock Media


Haverá muitos Maserati - sete no total - mas apenas cinco deles estão andando em Monza, com as equipes Playteam, JMB Racing e de Hubert Haupt. Os Lamborghini também chegam em bom número: três estão treinando e um deles é pilotado por um príncipe: Albert von Thurn and Taxis, de 25 anos de idade. Ele ainda tem o que aprender na categoria, mas professores é o que não faltarão: a equipe dos carros do touro miúra alinha os experientes Christophe Bouchut e Peter Kox na nova temporada.

A JMB Racing retorna, com Ben Aucott e Joe Macari


Os Aston Martin serão cinco no campeonato: dois da BMS Scuderia Italia, que contratou três novos pilotos - um deles é Jamie Davies, que estava na Vitaphone Maserati e outra novidade é Ferdinando Monfardini, que corria na GP2; um da Barwell Motorsport (que não foi para Monza) e outros dois com as equipes Race Alliance e Phoenix Racing.

Karl Wendlinger e Ryan Sharp: nova dupla da Race Alliance


Dois Saleen também serão inscritos, pela nova equipe Spectrum Motorsport. Um deles será da chamada "Citation Cup" para gentlemen drivers. Outras escuderias vão reforçar este certame paralelo, como a GPC e a Kessel, que vão com modelos Ferrari 575 e a PSI Experience, com Chevrolet Corvette.

A GT2 vai marcar uma grande batalha entre o modelo 430 da Ferrari e o novíssimo 997 da Porsche. Dois cavalinhos empinados para ninguém botar defeito. Entre os representantes de Maranello estão a recém-chegada Edil Cris, a campeoníssima AF Corse, a sempre perigosa Scuderia Ecosse e duas (velhas) novas aquisições: a JMB Racing e a Michelotto, que pretende fazer uma ou outra prova com Jaime Melo Júnior.

Manu Collard: a esperança dos "porschistas"


A maior esperança da Porsche é a BMS Scuderia Italia, que conta com um piloto oficial da marca de Stuttgart, Emmanuel Collard. Outros cinco times devem correr com os carros alemães, entre eles a Tech9 Motorsport, que conta com o campeão do FIA GT3, Sean Edwards.

Entre os carros do certame europeu, a grande novidade em Monza foi a aparição do Ford Mustang Cobra. E não será surpresa se o valente modelo americano der muito trabalho à concorrência neste campeonato que, provavelmente, terá uma versão brasileira a estrear no segundo semestre, sob supervisão de Antonio Hermann, organizador das Mil Milhas.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Carnavalescas - IV

Este é o último post da saga carnavalesca de 2007. E será um protesto.

O Desfile das Escolas de Samba do carnaval carioca precisa de ir para a UTI, urgente!

Sim, o evento requer socorro depois de hoje!

É inadmissível que as duas agremiações que mais se envolvem com a emissora dona dos direitos de transmissão do evento ganhem, juntas, o carnaval do Grupo Especial.

Os especialistas apontavam desde ontem, assim que terminou o desfile, que a Beija-Flor era favorita. Se venceu, venceu com méritos, fazendo uso de um tema batido porém muito bem executado.

O problema é a vice-campeã: a Grande Rio.

Pelo amor de Deus... o desfile da escola foi chato toda vida. Chegou a ser monótono, sonolento. O samba péssimo, só se salvou pela ótima bateria do Mestre Odilon. A agremiação que é o must entre globais, emergentes e modeletes terminou pelo segundo ano consecutivo na segunda posição.

E por favor, nem ousem comparar a Grande Rio com a Imperatriz, porque quando a escola de Ramos jocosamente era chamada de "certinha" ou "tecnicamente perfeita", a taça acabou sempre na Leopoldina ou beliscávamos um vice-campeonato, um pódio.

Hoje, nem isso.

A colocação da Imperatriz foi uma vergonha: nono lugar, lutando para não cair.

Onde estão os erros?

No que foi investido o patrocínio da Noruega? As alegorias foram consideradas as menores e de pior impacto em todo o desfile. Em 10 quesitos, conquistamos apenas 11 notas máximas, fracassamos em harmonia, evolução e samba-enredo (o pior do ano). Mestre Jorjão ainda não disse ao que veio como diretor de bateria e alguns jurados, como Alessandra Levy em harmonia e Roberto Horcades (sim! o presidente do Fluminense) em conjunto, deram inverossímeis notas 9 à agremiação leopoldinense.

Cadê a força do presidente Luizinho Drummond?

Será que não está na hora da Imperatriz se reinventar?

***

Outro descalabro do resultado: o Salgueiro fez um desfile belíssimo e ficou fora do sábado das campeãs. Talvez tomasse o lugar da Vila Isabel mas, pensando bem, entre Grande Rio e Vila Isabel fora do Sábado das Campeãs, preferia muito mais a escola de Caxias.

Os jurados não respeitam mais nome no carnaval carioca, pois a Mocidade Independente amargou de novo um 11º lugar e o Império Serrano foi rebaixado, assim como a Estácio de Sá. A Portela bem que foi ajudada por uma quantidade razoável de notas máximas e terminou em oitavo com seu enredo chapa-branca sobre esporte e Pan-Americano.

Lamentavelmente, a letra do samba de 1990 da São Clemente nunca foi tão profética.

"E o samba vai perdendo a tradição (que saudade)... Que saudade... da Praça Onze e dos grandes carnavais... Antigo reduto de bambas... onde todos curtiam o verdadeiro samba."

***

E por falar em São Clemente, é da escola de Botafogo o título do carnaval do Grupo A de Acesso, com isso lhe assegurando um lugar na elite do samba carioca em 2008.

Mais uma vez a União da Ilha, que tenta voltar ao Especial desde 2001, ficou pelo caminho. E a parada ano que vem será duríssima, com Império, Estácio, Caprichosos, Santa Cruz, Rocinha... uma concorrência muito forte.

Para encerrar, nem tudo é ruim neste carnaval. A Tradição (lembram dela? aquela que homenageou Sílvio Santos não tem muito tempo) caiu para o Grupo B, junto com o Arranco.

Vá, e não volte mais!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Carnavalescas - III

É... terminou o carnaval, pelo menos no Grupo Especial.

Como no domingo, vi apenas quatro dos sete desfiles previstos.

O primeiro dispensei. Estava com amigos e amigas numa Adega no Largo do Machado bebendo chope, ouvindo muita coisa engraçada e saboreando um bom bolinho de bacalhau. Então não vi a Porto da Pedra com seu enredo "Preto e Branco a Cores", falando de África, Apartheid e congêneres.

Pelo que li por aí e soube, a escola de São Gonçalo não conseguiu fazer um desfile à altura do tema, com problemas em alegorias e evolução. E parece candidata a uma das duas vagas ao descenso pro Grupo A.

Vice-campeã em 2004 e 2005 sob o comando de Paulo Barros, a Unidos da Tijuca apostou na continuidade das idéias do seu antigo carnavalesco, no enredo que mostrou a história da fotografia - omitindo inexplicavelmente qualquer menção a Henri Cartier-Bresson.

Apesar deste pequeno lapso, a escola do Borel apresentou um desfile empolgante com garra e coração, levantando a platéia nas arquibancadas. A bateria de Mestre Celinho deu show com bossas e paradinhas que fizeram a apresentação ainda mais aplaudida. Não foi à toa que a Unidos da Tijuca, apontada pelos "gato-mestres" do carnaval como candidata ao rebaixamento, saiu por cima e pode voltar no sábado das campeãs.

Pela primeira vez desde que foi para o Salgueiro, Renato Lage deixou de lado os temas hi-tech e fez um carnaval com motivo afro. "Candaces", sobre as rainhas guerreiras da África, foi um achado. O samba ganhou muita força na avenida, a bateria se apresentou excepcionalmente e depois de um início frio, a escola levantou, todo mundo cantou e a platéia ficou em pé. Talvez a agremiação da Tijuca esteja entre as três primeiras - isso se não levar o título, pois ninguém ousou apontar possíveis erros de evolução e conjunto que possam tirar décimos preciosos na apuração desta quarta.

Quarta escola a desfilar, a Portela apresentou o desfile mais chapa-branca desde o inacreditável enredo "O Grande Decênio" da Beija-Flor em 1975, feito sob medida para exaltar o Brasil dos militares. Desta vez, a azul-e-branco de Madureira exaltou o esporte e tentou levantar a já murcha bola do Pan-2007 do Rio de Janeiro.

Esporte e samba nunca deram certo na avenida. Quem já homenageou clube em seus enredos sabe disso. E a Portela não conseguiu empolgar com o tema. O samba, um dos piores do ano, não levantou nem defunto. Salvou-se a bateria do Mestre Nilo Sérgio, com intervenções inspiradíssimas de um naipe de liras. Talvez tenha sido a única coisa que prestou de um desfile que recebeu R$ 1,8 milhão do Ministério do Esporte e não apresentou nada de luxuoso.

Será que alguém vai exigir prestação de contas?!?

A platéia recepcionou como sempre a Imperatriz Leopoldinense: friamente. A escola de Ramos, que provavelmente é a que desperta mais desprezo por parte dos "entendidos" - porque foi campeã com desfiles, segundo eles, contestados e cheios de erros - veio homenageando o Velho Guerreiro Chacrinha e falando da história do Bacalhau e da Noruega.

Os carros não foram tão grandiosos quanto os da maioria das escolas, mas estavam muito mais bem-acabados e decorados que os do ano passado, quando a Imperatriz amargou um modesto nono lugar. O desfile começou morno e terminou muito mais animado, porque após a passagem da Velha Guarda, mostrando a transição da parte norueguesa para a brasileira, as alas vieram muito mais animadas e cantando o samba.

À primeira vista, a escola não fez um desfile excepcional. E pode perder décimos em harmonia, evolução, samba-enredo, enredo e mestre-sala e porta-bandeira. Dificilmente veremos a Imperatriz no sábado, mas contrariando os corvos, a escola de Ramos não vai cair para o Grupo de Acesso.

Daí em diante desliguei a televisão e fui dormir. Antes, vim escutar como estava a transmissão do desfile da Grande Rio e confirmei minhas suspeitas. Péssimo samba, ótima bateria. A Acadêmicos do Projac, que cada vez mais reúne artistas e modeletes para atrair a atenção de público e mídia, homenageou a própria cidade de Duque de Caxias, onde é a sede da escola.

O carnaval encerrou-se com a Beija-Flor e seu enésimo enredo afro em mais de 30 anos. A escola foi eleita pelo júri do Estandarte de Ouro de "O Globo", a melhor de todo o carnaval. Mas nem sempre quem vence o prêmio ganha no resultado oficial.

Então, pelo que vi, acho que vai dar Salgueiro ou Viradouro.

***

Em São Paulo, ganhou a Mocidade Alegre e as eternas favoritas Vai-Vai e Rosas de Ouro levaram pau até da Unidos de Vila Maria! Que mistério...

No Acesso, a Gaviões ganhou. Mas em 2008, concorrerá contra a Mancha Verde no "grupo de dois", das Escolas de Samba Esportivas. A escola ligada à maior torcida do Corinthians tem que deixar de ser teimosa e aceitar sua presença neste grupo, pois se continua insistindo em concorrer ao desfile oficial, corre o risco de ser novamente rebaixada para a segunda divisão do carnaval paulistano.

***

Não falei que a Império da Tijuca foi a melhor escola do Grupo de Acesso no Rio?!?

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Amanhã tem mais Carnavalescas e se preparem porque vai vir bomba se o resultado do Grupo Especial for vergonhoso.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Carnavalescas - II

"Quanto riso, oh! Quanta alegria!"

Alegria?!?

Bem... realmente ela comeu solta no desfile de domingo, com as seis primeiras escolas do Grupo Especial. Sem esquecer dos bafafás que fazem a alegria dos fofoqueiros de plantão.

Houve dois, pelo que se soube.

O primeiro, a prisão em plena avenida de um dos compositores do samba do Império Serrano.

O segundo e mais rumoroso, a expulsão de Beth Carvalho do desfile da Mangueira.

Integrante da escola há 36 anos, ela não podia desfilar no chão por um alegado problema de coluna. O presidente Percival Pires chegou a anunciar que ela não sairia e chegou-se a um termo de conciliação no sábado: ela poderia sair na última alegoria, a dos "baluartes", junto com cinco imortais da Academia Brasileira de Letras.

Mas qual! Ao tentar subir, um dos integrantes do carro a expulsou aos berros. E a cantora não desfilou mesmo. E dificilmente, pelas suas palavras, voltará a sair pela verde-e-rosa.

O problema é que o carnavalesco Max Lopes alega que nada foi combinado com antecedência e ainda lembrou. "Ela foi pro carnaval baiano".

Que estranho, não?!?

***

Entrementes, assisti quatro das seis escolas do domingo.

A primeira, uma velha conhecida do carnaval carioca, regressou depois de 10 anos de ostracismo. A Estácio de Sá relembrou o carnaval do "Tititi no Sapoti", empolgante samba de 1987. O intérprete Anderson Paz deu conta do recado e a escola passou animada, empolgada, pra cima.

O Império Serrano relembrou glórias de carnavais passados, seus títulos e histórias de superação com o enredo "Ser Diferente é Ser Normal". O começo foi muito bom, com as referências aos títulos da agremiação de Madureira nas primeiras alas. Mas depois da alegoria da Notre-Dame de Paris, o desfile perdeu em empolgação. A ótima bateria segurou a onda do começo ao fim, com os tradicionais agogôs em destaque.

A Mangueira, de grande torcida, levantou a avenida com seu enredo sobre a Língua Portuguesa. O intérprete Luizito, substituto do eterno Jamelão, surpreendeu e mesmo depois de um infarto sofrido há três semanas, cantou o samba do princípio ao fim. A bateria deu espetáculo com uma coreografia muito interessante e até a filha do ministro Gilberto Gil - Preta Gil estreava como Rainha da Bateria - foi aplaudidíssima. É provável que a Manga esteja entre as favoritas ao título.

Na estréia do carnavalesco Paulo Barros, a Unidos do Viradouro arrebentou com o enredo "A Viradouro Vira o Jogo". Com alegorias surpreendentes - quem iria imaginar que a bateria sairia em cima de um enorme tabuleiro de xadrez, sendo depois substituída por uma ala que a representava nos mínimos detalhes? - a agremiação de Niterói fez uma apresentação irrepreensível, perfeita e empolgante. Tanto quanto a Mangueira, foi a melhor escola da noite.

Sinceramente, me recolhi antes da passagem da Mocidade e da Vila Isabel pela avenida. Fiquei sabendo que a bateria da escola de Padre Miguel fez uma paradinha de 15 segundos, sob o comando de Mestre Jonas. E a Vila Isabel encerrou o dia com um bom desfile, muito elogiado nos sites especializados de carnaval.

Hoje tem Porto da Pedra, Unidos da Tijuca, Salgueiro, Portela, a minha Imperatriz e depois, que jamais assistirei, Grande Rio e Beija-Flor.

Amanhã tem mais carnavalescas.

Carnavalescas - I

O carnaval carioca segue a todo vapor. Sábado e ontem já tivemos apresentações de Escolas de Samba na Sapucaí com algumas surpresas, muitas decepções e situações que não são mais novidade nenhuma na maior festa popular do planeta.

Eu vi pela televisão as sete primeiras escolas do Grupo de Acesso e vou emitir alguns pitacos:

O sábado abriu com a Acadêmicos da Rocinha, rebaixada no ano passado do Especial para a segunda divisão do samba. Não vi nada demais na apresentação (ainda por cima desfilaram com 38 baianas - o limite mínimo é 60) e arrisco dizer que a agremiação permanece por lá em 2008.

Em seguida entrou o Arranco do Engenho de Dentro, que notoriamente tinha problemas financeiros, com alegorias mais pobres e pouco mais de 2 mil sambistas. Deram conta do recado, mas correm o risco de cair para o Grupo B.

A União da Ilha do Governador, como sempre, arrancou aplausos, gritos de "é campeã", mas seu desfile foi repleto de falhas. A Comissão de Frente se apresentou com a roupa incompleta e, segundo soube, com menos integrantes que o previsto pelo regulamento. Em evolução e harmonia, a agremiação pode perder pontos preciosos também.

Quarta escola, a Renascer de Jacarepaguá não empolgou ninguém como diz o jornal "O Globo" em seu caderno especial nesta segunda-feira (acho que quem escreveu a resenha estava doidão). O enredo sobre o bairro onde a escola foi fundada não foi dos melhores. As alegorias estavam paupérrimas e o desfile foi fraco. A Renascer é séria candidata ao descenso.

"Barrados no Baile" foi o enredo da sempre irreverente São Clemente, que fez a alegria dos gays e provocou comentários irônicos e engraçados de Milton Cunha, carnavalesco da Porto da Pedra que comentava o desfile pela CNT. A escola de Botafogo passou bem, alegre, com o samba cantado por todo mundo e é candidata ao título.

A Império da Tijuca surpreendeu com o melhor enredo do Grupo de Acesso. "O Intrépido Santo Guerreiro" conseguiu a façanha de levar para a avenida as imagens de São Jorge sem que a igreja católica estrilasse. O samba também ajudou, de letra fácil e contagiante, foi o melhor da noite. A escola teve pequenos problemas no acabamento de alguns carros alegóricos, mas no tocante ao resto, foi praticamente perfeita. Se bobear, poderá até ser campeã na quarta-feira de cinzas.

A Acadêmicos de Santa Cruz, sempre luxuosa, deixou a desejar desta vez no acabamento de alegorias e fantasias, embora com soluções criativas. Segundo consta, a bateria atravessou algumas vezes, o que pode tirar alguns pontos da escola. O samba rendeu bem na avenida e a evolução foi o ponto forte do desfile.

Cansado, daí pra diante, fui é pra cama. Não posso então comentar sobre as três escolas seguintes: Cubango, Tradição e Caprichosos. Mas um amigo meu esteve lá e afirmou que a Tradição fez uma apresentação sofrível e só um milagre a mantém no Grupo A em 2008.

Em tempo: melhorou muito a qualidade da imagem da transmissão da CNT no chamado "Carnaval do Povão". Mas o falatório durante o desfile é muito grande. E o som estava péssimo, como sempre. Pouco se ouvia da bateria e dos intérpretes. Se a emissora mudar de fato seu nome para JBTV - que é o que deve acontecer ainda em 2008 - muita coisa terá que melhorar ainda para que a transmissão seja melhor.

E cá pra nós, com todos os defeitos, ainda prefiro ver o Grupo A ao carnaval de São Paulo...

Uma corrida para ninguém botar defeito


Quem gosta de automobilismo e acha que as provas da NASCAR são "coisa de caipira", deveria rever os seus conceitos depois de ontem.

As 500 Milhas de Daytona, que tiveram a sua 49ª edição da história, foram um exemplo vivo de que corrida só se decide na bandeirada.

Bem, pelo menos foi o que transpareceu, pois Kevin Harvick, num bump 'n' go sensacional, arrancou de sétimo para vencer Mark Martin por 0s020.

Porém, o "Exército de um Homem Só" que estreou na Ginn Motorsports e com um Chevrolet depois de 19 anos como fiel piloto da Ford, merecia e muito vencer. Liderou com autoridade até os últimos metros, desde uma intervenção em bandeira amarela. Mas foi um tanto quanto estranho que a direção de prova desse bandeira vermelha a três voltas do fim, quando houve uma colisão que tirou da pista o "queridinho" Dale Earnhardt Júnior.

Mas em matéria de batida, nada superou o encerramento, quando Kyle Busch deu um ligeiro totó na traseira do Chevy de Martin, desequilibrou-se todo, rodou e provocou uma confusão incrível que terminou com vários acidentados e Clint Bowyer cruzando a linha de chegada com as quatro rodas para cima, com direito a espetáculo pirotécnico!

É... Elliott Sadler faz escola.

***
As vantagens do mundo moderno: a NET Digital tem o canal Speed que vai passar toda a temporada e uma dupla patética de narradores brasileiros (Sérgio Lago e Roberto Figueroa) que não entendem do ramo e só ficam alfinetando os feras Jeff Gordon e Tony Stewart. A troco de que, honestamente, não sei.

O controle remoto, porém, tem a tecla salvadora: a tecla SAP.

Graças a ela, pude ouvir a prova inteira a narração e os comentários do excelente trio Mike Joy, Larry McReynolds e Darrell "Boogity Boogity Boogity" Waltrip.

O resto é resto.

E muito me deixa contente saber que o pessoal por aí ainda lembra - porque gostava - das transmissões do Sportv. Tirando uma meia dúzia que não conhece nada, essa galera sabe que ali o trabalho sempre foi bem-feito.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Mulheres inesquecíveis - I

Muita gente não deve ter ouvido falar de uma atriz que nasceu na Argentina e foi uma estrela efêmera do cinema brasileiro nos anos 60 e 70.

Adriana Prieto deixou saudades em oito anos de uma fulgurante e marcante carreira por aqui.

Filha de uma brasileira casada com um diplomata chileno, ela nasceu em 1950 na capital argentina, Buenos Aires - e logo veio para o Brasil. Com quatro anos de idade, já morava no Rio de Janeiro.

Em 1966, portanto menor de idade, aos 16 anos, a loirinha argentina arrebatou o diretor Nelson Pereira dos Santos. Ela participou do longa El Justiciero contracenando com o galã Arduíno Colasanti. E ganhou seu primeiro prêmio: o Governador do Estado, como melhor atriz coadjuvante.

Entremeando seus papéis na telona, ela apareceu esporadicamente na televisão e poucas vezes no teatro, onde interpretou personagens de Ibsen, Nelson Rodrigues e Augusto Boal.

Mas era o cinema que a realizava. E requisitadíssima por diversos diretores, de Reginaldo Farias a David Neves, foi a musa do que se convencionou chamar da "primeira fase da pornochanchada", em filmes como Os Paqueras, A Viúva Virgem e Ainda Agarro Esta Vizinha.

Em 1971, interpretando a garota de programa Lúcia McCartney, da obra homônima de Rubem Fonseca, recebeu o Prêmio Air France de Cinema.

Adriana ainda faria mais cinco filmes antes daquele que foi o sucesso mais estrondoso de sua carreira: O Casamento, dirigido pelo então jovem Arnaldo Jabor, onde sua personagem é amada secreta e incestuosamente pelo próprio pai.

Lamentavelmente ela não desfrutou os louros e os prêmios que merecia conquistar por seu desempenho no filme. No fim do ano de 1974, exatamente na véspera do Natal, ao dobrar uma esquina de uma rua em Copacabana, seu Fusca foi abalroado por um carro de polícia. Adriana Prieto morreu, súbita, inesperada e tragicamente, aos 24 anos de idade.

Por ser uma perda tão prematura e até hoje sentida no cinema brasileiro, esse tópico Mulheres Inesquecíveis não poderia começar de outro jeito.

É carnaval... e tem futebol, sim senhor!

Longe vão os tempos em que num sábado de carnaval, em 1975, 50 mil torcedores do Fluminense foram ao Maracanã para ver Rivellino estrear com três gols na goleada de 4 x 1 sobre o Corinthians.

Neste mesmo dia, com sol e calor no Rio de Janeiro, e muita animação pelas ruas e bailes (sou testemunha porque fui no Cordão do Bola Preta), apenas 12 mil torcedores foram ver o clássico Vasco x Fluminense no ex-maior do mundo.

É verdade que o jogo foi muito esvaziado pela eliminação precoce do tricolor, mas a partida foi muito competitiva e emocionante até o fim, pelas deficiências da defesa do Flu e pela ajuda providencial do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca.

O "soprador de apito" teve uma atuação tendenciosa a favor do Vasco. A falta que originou o terceiro gol foi inexistente. E ele foi vacilante ao marcar o pênalti que empatou o jogo. O Flu, para quem não sabe, vencia com sobras por 4 x 2, jogando muito mais do que o rival e com dois gols de Soares, um de Cícero e outro de Alex Dias - este um lindo gol onde o atacante pegou de perna direita, de primeira.

Como resultado, o xará do inventor da imprensa nunca mais apita jogo do clube tricolor no Estadual. Palavras do Branco, que pelo menos tem defendido os interesses do Flu dentro e fora de campo, coisa que o omisso presidente Roberto Horcades, que é conivente com o Vasco do odioso Eurico Miranda e a favor da bagunça que impera na FERJ, nunca fez na vida.

O certo é que mesmo com a roubalheira, o time melhorou. O interino Vinícius Eutrópio conseguiu repetir duas escalações consecutivas e pôs Cícero na posição certa e Soares de titular. Como efeito, os gols dos dois começaram a surgir. A defesa é que continua um pandemônio. Roger não tem mais idade pra ser lateral, Thiago Silva cometeu falhas bobas e o goleiro Ricardo Berna é muito inseguro.

A diretoria precisa agir - e rápido - para contratar um treinador decente. Haverá tempo até a estréia no returno, que é em 11 de março contra a Cabofriense. Porém o Flu joga na quarta-feira dia 28 contra a ADESG pela Copa do Brasil e um tropeço contra o modesto time do Acre significa o fim do caminho mais rápido para a Libertadores. Faltam nomes no mercado e o mais cotado agora é Tite, depois que Renato Gaúcho "jogou seu passe pro alto", pedindo 250 mil contos para treinar o tricolor das Laranjeiras.

***

Em tempo 1: com o empate em 4 x 4, o Flu criou um problema pro Vasco.

Na semifinal, o clube da Colina pega o eterno rival, o Flamengo, que como todo mundo sabe, leva muita sorte no confronto. Mesmo com elencos ruins, vai lá e vence, como na Copa do Brasil ano passado.

Será que a novela se repete?

***

Em tempo 2: o que foi o placar de Madureira x Flamengo?

Pior: o que foi Marcelo, o caneleiro que já passou pelas Laranjeiras, enfiando quatro - eu disse quatro! - gols no rubro-negro? E classificando o tricolor suburbano para uma improvável semifinal contra o América, graças à incompetência do Botafogo (quem mais?!?)...

Quero ver qual vai ser a desculpa flamenga. Será que a altitude de Bangu influenciou no resultado?!?

***

Em tempo 3: se os rubro-negros reclamam de jogar no altiplano, e o Grêmio, que passou um perrengue incrível pra ganhar do Cerro Porteño na última quinta-feira?

Aliás, é o velho Grêmio recomeçando uma história vitoriosa, repleta de catimba, raça, sangue, suor e garra. Como bom tricolor, tem a minha torcida nesta Libertadores.

E o Paraná começou com goleada, no mesmo grupo do Flamengo. O time do Zetti não tá pra brincadeira não.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Ainda é cedo

Putz, fez 10 anos em 2006 que Renato Russo morreu.

O imbecil do escriba deste blog passou batido pela data, mas fazer o quê.

Entretanto, nunca é tarde para lembrar dele. Pelo contrário, ainda é cedo.

Renato foi um talento único no rock nacional em qualquer tempo. A voz marcante, as letras pungentes, a performance de palco, sua inteligência, as ironias, a angústia, a morte prematura... tudo que vem dele deixa saudades entre os "Legionários" e provam mais uma vez o quanto fazem falta caras como ele, Cazuza, Júlio Barroso, Jim Morrison, Kurt Cobain e John Lennon.

Longe de mim querer compará-lo com o Beatle e com o Dionísio do rock mundial (Jim), mas não encontrei melhor forma de exemplificar isto.

Hoje o carnaval começa pelo país inteiro, já vai ter escola de samba botando seus enredos na passarela (no caso, no pouquíssimo atrativo desfile do Grupo Especial em São Paulo), mas a programação cultural não pára.

O ator Bruce Gomlevsky, que faz uma impressionante reconstituição de Renato Russo num monólogo que fez a família do cantor chorar em Brasília, reestréia o espetáculo no Rio, no Teatro Vannucci, nesta sexta-feira. E faz uma apresentação no domingo, no exato instante em que a Estácio de Sá reviver "O Tititi do Sapoti" lá na Sapucaí.

Não tenho vídeos e nem fotos do Bruce em ação encarnando o Renato.

De todo modo, deixo aqui o link de um achado do Youtube. A apresentação da Legião Urbana no programa "Chico & Caetano", há pouco mais de 20 anos. Este programa era uma atração mensal da finada 'Sexta Super' (lembram?) onde Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso recebiam de três a quatro convidados para apresentações e duetos - sempre entremeados com performances dos dois que davam nome e peso ao programa.

Renato e companhia - o grupo ainda tinha Negrete no baixo - arrebentam com uma grande versão de "Ainda É Cedo", com direito a dancinha do vocalista à la Morrissey, o grande bardo dos Smiths.

Deliciem-se.

Start Your Engines!

Passei parte da tarde e o começo da noite desta quinta grudado na telinha. Assisti os Gatorade Duels que completaram a formação do grid para a abertura da temporada 2007 da NASCAR: a tradicional Daytona 500, no próximo domingo.

Já se sabia pelo menos que 35 pilotos estavam dentro e só a primeira fila estava definida, com o surpreendente David Gilliand na pole position e o bem-vindo regresso de Ricky Rudd com o segundo tempo, ambos alinhando modelos Ford Fusion da Robert Yates Racing. E lá se foram os sessenta e um carros inscritos para disputar duas corridas de 150 milhas cada, onde o que valia de fato eram oito vagas: duas em cada prova para quem estivesse fora do "top 35", mais três por critério de tempo de classificação e outra, provisória, para um antigo campeão da Stock Car americana. Simples para quem conhece, mas complicado para qualquer leigo.

A primeira prova teve 31 carros alinhando e foi repleta de confusões, batidas e bandeiras amarelas. Num dos acidentes, Michael Waltrip - pivô da maior controvérsia do fim de semana, onde seu carro foi apreendido, a equipe punida com a perda de 100 pontos e o chefe de boxe multado em US$ 100 mil porque havia vestígios de combustível de jato no tanque de seu carro - bateu com o antigo "colega" de equipe Dale Earnhardt Jr.

Isto porém não impediu que os dois se classificassem, com Waltrip se constituindo no melhor piloto com os Toyota que estréiam na NASCAR. A lamentar, a desclassificação do campeão de 1988 Bill Elliott, lenda viva da Stock Car. Tony Stewart venceu a prova com autoridade. Júnior ainda chegou em segundo e Jeff Burton foi o terceiro. O pole David Gilliand completou em quarto.

Na segunda bateria dos "Duels", muitos destaques: Juan Pablo Montoya liderou por 18 voltas até algo quebrar no trem dianteiro direito do seu carro; James Hylton, o "vovô" de 72 anos - que tem duas vitórias na divisão principal em seu currículo - quase se classificou, mas faltou um motor decente; e a luta ferrenha pela última vaga, com Joe Nemechek, Mike Wallace e Paul Menard se digladiando em 3-wides sensacionais a mais de 300 km/h. Por muito pouco, os dois primeiros conseguiram a suadíssima classificação para o grid.

Jeff Gordon venceu a prova, com Kurt Busch completando em segundo e David Stremme fechando em terceiro lugar. O desapontamento maior ficou por conta da estreante Toyota, que perdeu 50% dos carros que inscreveu durante os Duels, já que Mike Skinner, Jeremy Mayfield, Brian Vickers e AJ Allmendinger não obtiveram a qualificação.

E que começo "zicado" da Red Bull na NASCAR, hein?

***

Em tempo: quanto mais eu vejo as transmissões do Speed em português, mais tenho saudade de quando o Sportv teve a categoria até o ano retrasado. Hoje, em meio às disputas do Duels, Sérgio Lago (que estava sozinho segurando a onda - graças a Deus o mala do Roberto Figueroa não estava lá) falou "500 Milhas de Indianápolis" pelo menos umas cinco vezes. E no ano passado, quando Jimmie Johnson venceu a corrida, já tinha falado a mesma coisa.

Brincadeira, né não?!?

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Boladas

O futebol carioca esteve em dose quíntupla neste meio-de-semana em duas competições: a Libertadores e a Copa do Brasil.

Na competição continental, o Flamengo teve como adversários o Real Potosí e a altitude de cerca de 4 mil metros que fez vários jogadores apelarem para o balão de oxigênio. Só mesmo com um gol irregular de Obina, o clube rubro-negro escapou de um vexame, pois a equipe boliviana é tida como fraquíssima. No fim das contas, o empate em dois gols foi até bom para ambas as partes.

A Copa do Brasil teve dezenas de jogos em sua rodada inaugural e algumas equipes já dispensaram o jogo de volta: a Portuguesa do Flávio Gomes despachou o SERC de Chapadão do Norte (MS); o Noroeste goleou o Galo Maringá-ADAP, vice-campeão paranaense; o Gama eliminou o Araguaína do Tocantins; o Atlético Mineiro espantou o Colo-Colo, a zebra baiana campeã do estado; o Fortaleza passeou em cima do Sampaio Correa do Maranhão e o Palmeiras enfiou cinco no Operário de Várzea Grande.

Em contrapartida, os times cariocas tiveram desempenhos equilibrados. Todos jogaram fora de casa e houve duas vitórias e dois empates, sempre pelo mesmo placar.

Os vitoriosos foram o Vasco, contra o Fast Clube de Manaus e o Fluminense, contra a ADESG, do Acre.

O Vasco perdia até os 39 do segundo tempo e com um homem a menos, virou a partida. Perdendo ou empatando, o segundo jogo de qualquer modo aconteceria e agora o alvinegro de São Januário joga por um empate simples para se classificar.

Em Rio Branco (cujo fuso horário é de 3 horas a menos em relação a hora oficial de Brasília), o Fluminense vencia por 2 x 0 e tomou um gol besta aos 34 do segundo tempo. Resultado: a pilha da Flaprensa deu certo e a ADESG vem conhecer o Maracanã no próximo dia 28. Acredito que a melhor qualidade do time do Flu prevalecerá e o adversário vai cair fora da competição.

Os outros dois jogos foram em Alagoas. O Coruripe, campeão do estado e líder do campeonato de 2007, recebeu o América e o valente Ameriquinha arrancou um importante empate com um gol de Marco Brito. Tomara que se classifiquem no jogo de volta...

Já o Botafogo enfrentou o CSA e buscou também um empate em um gol contra o clube que um dia já foi presidido por Fernando Collor de Mello.

Agora, impressionante é a dimensão dramática que a Flaprensa está dando ao jogo do clube contra o Real Potosí. Mas era só o que faltava...

O Brasil jogou a 3.600 metros de altitude em La Paz pelas eliminatórias e nunca ficou de viadagem como este clube. Façam-me o favor!

Em tempo: perdemos a liderança do Ranking da FIFA para a Itália. Já era hora...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Big Broxa Brasil

Acho que em um ano de existência do Saco de Gatos, havia dedicado somente um post ao BBB.

Este será o segundo. Não prometo, mas talvez seja o último.

Acho o programa um saco. O formato está saturado, desinteressante, os participantes desse ano são chatíssimos, babacas, fúteis e pelo que sei, nenhum deles levou um livro sequer para o período do confinamento.

Está certo que o público também abomina os "filósofos contemporâneos", mas o que se ouve nos papos são intrigas, fofocas, joguinhos ridículos, babaquices e... alguma coisa de sexo.

Sim, dentre todas as sete edições do BBB esta talvez seja a que mais trata abertamente do assunto. Mas da teoria à prática, o buraco é muito mais embaixo.

Vivemos num país cuja maioria da população é católica e extremamente conservadora. Pelo menos fora das quatro paredes, porque muitos dos que "falam grosso" e posam de machões, costumam sentar na boneca. Literalmente.

Liberais mesmo, aqueles que topam todas e até trocam de parceiros na cama, são integrantes de uma parte micro num universo macro de mais de 160 milhões de pessoas neste país.

Enfim, o que eu queria dizer é o seguinte: apagar o fogo, só embaixo do edredom, como consta que alguns casais já fizeram no reality show dirigido pelo filho do Boni. É bem diferente por exemplo da Suécia, onde grassam cenas de sexo com direito a escândalos na hora do orgasmo e dezenas de beijos lésbicos, daqueles que só se vê nas boates GLS por aqui.

Mas eu não sei se isto aumentaria a audiência do programa. Pelo contrário, acho que o afastaria do seu público-alvo, que já não tem sido dos melhores.

O pior é que a presença do BBB na grade (coitado do Bial, que tenta salvar a atração da melhor forma possível e passa por cada constrangimento...) joga a ótima minissérie "Amazônia" lá para as onze da noite. O resultado foi que o ibope deste último caiu em mais de 30% desde a primeira semana de exibição, quando a sétima edição do Big Brother ainda não havia estreado.

Tem mais: pra que gastar milhares de dólares trazendo Simple Plan e o mala Fatboy Slim para aparecerem na casa?!?

Agora só falta o que acontece todas as vezes nessa época do ano: Neguinho da Beija-Flor e companhia aparecendo para cantar o samba da escola de Nilópolis!

Ué... mas a Acadêmicos do Projac não é a Grande Rio? Não entendo mais nada...

Ih! Se essa moda pega...

Jogador brasileiro é demitido de time boliviano por dar entrevista sem roupa

O jogador brasileiro Alex da Rosa foi despedido hoje do Blooming, equipe de futebol boliviana eliminada da Copa Libertadores da América pelo Santos em julho. Alex apresentou-se totalmente sem roupa em uma coletiva de imprensa em Santa Cruz, a mil quilômetros a sudeste de La Paz.

Alex foi demitido na noite de terça-feira, a pedido do técnico Álvaro Peña, que o chamou de "covarde" e o acusou de "conduta imoral" horas depois dele se apresentar nu diante da imprensa desportiva boliviana.

"Penso que ele agiu assim por covardia, é um ato imoral que não vou deixar atingir a equipe", declarou Peña, depois de anunciar que despediria "imediatamente" o volante.

Alex, que se naturalizou boliviano há quatro anos para jogar as eliminatórias da Copa do Mundo, explicou que "só queria fazer uma brincadeira, que lamentavelmente não foi bem entendida". Ele apareceu sem roupa porque havia acabado de lavar-se em um banheiro ao lado, depois do treino diário com sua equipe.

Os jornalistas haviam sido chamados para dar esclarecimentos sobre a aparição de outros quatro jogadores do time em um clube noturno acompanhados de mulheres. Estas informações foram divulgadas por um canal de TV local. O Blooming penalizou estes jogadores em 20% do salário.
Os jogadores do time boliviano, visivelmente incomodados com a denúncia da imprensa, exigiam que os jornalistas do dito canal fossem retirados da coletiva. Neste momento, Alex apareceu na sala, totalmente sem roupa.


A decisão do técnico, de despedir o jogador, foi posteriormente confirmada pela comissão diretora do clube, "em defesa dos bons costumes", segundo o presidente do Blooming, Carlos Bendeck. Ele anunciou que abrirá um processo judicial contra o jogador.

Os jogadores do Blooming estão na mira da imprensa esportiva de Santa Cruz, depois que a equipe foi eliminada da Copa Libertadores da América pelo Santos. O time teve, ainda, uma pobre atuação no torneio de verão local, do qual foi eliminado.

Controvérsia na rabeira

Demorei para dar minha opinião acerca da controvérsia sobre os novos carros das equipes Toro Rosso e Super Aguri para o Mundial de Fórmula 1 deste ano.

Acho que a choradeira de Williams e Spyker não tem razão de ser. Começamos pela matriz e filial do touro vermelho.

Cara de um...



Muito embora os dois carros sejam bastante semelhantes no que diz respeito à concepção das linhas, o RB3 da Red Bull traz diferenças bastante sutis com o STR2 da Toro Rosso, apresentado ontem em Barcelona, na Espanha.


...Focinho do outro



Os motores não são os mesmos - Renault para a Red Bull, Ferrari para a Toro Rosso. Obviamente os projetos de caixa de câmbio e suspensão não são os mesmos. E por mais que possam parecer mínimos, esses detalhes não são nada perto do que já aconteceu na categoria em 1995.

Na ocasião, Ligier e Benetton dividiam a chefia do mesmo todo-poderoso: Flávio Briatore. O italiano, além de diretor da equipe de Michael Schumacher, era o principal acionista da escuderia francesa. E mesmo com a distância toda entre as duas sedes, Magny-Cours e Enstone, as duas tinham carros aerodinamicamente idênticos - tal como Red Bull e Toro Rosso. E ninguém na época chiou porque a Benetton usava motor Renault e a Ligier o Mugen, que tinha um centro de gravidade mais alto e 17 quilos a mais, gerando mais peso e um carro mais lento que o da escuderia das cores unidas.

Hoje a situação é igual: a Red Bull tem sua sede em Milton Keynes, na Inglaterra. A Toro Rosso é sediada em Faenza, nas antigas instalações da italiana Minardi. Mas a transferência de tecnologias é muito mais usada do que há 12 anos atrás. Um computador pode passar dados para outro em segundos, através de e-mails, transferência de dados e outros quejandos.

E além do mais, que moral a Williams tem em criticar as adversárias quando fala na "compra de chassis"? Ou do que se convencionou chamar do "direito de propriedade intelectual"?

Quando a FIA permitia isso no seu auge, nos anos 70, a Williams recomeçou do zero (Walter Wolf tomou tudo o que era dele) comprando o horroroso March 761 para o belga Patrick Neve correr. A equipe também já recorrera a este artifício em 1972, com chassis March 711 e 721 para José Carlos Pace e Henri Pescarolo.

A Williams hoje está assustada com sua própria inépcia, porque em 2006 fez uma temporada capenga, conqusitando apenas 11 pontos no Mundial de Construtores e teme repetir o vexame este ano. Sabem que a Red Bull não está para brincadeira e nem a Honda, já que o modelo da Super Aguri provavelmente será o RA106 do ano passado, com melhorias.

E a Spyker, evidentemente, já sabe que não poderá fazer muito e entra na onda da tradicional equipe inglesa tentando fazer barulho. Pilotos, não tem: nem Albers e tampouco Adrian Sutil vão levar o carrinho laranja à frente. E quando digo que eles serão a pior equipe do ano de 2007, parece que não estou me enganando.

Mas deixa o campeonato começar para ver se eu terei razão. O que importa é que temos um pouco de lenha na fogueira e não estamos falando do primeiro pelotão. E sim da turma da rabeira...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Um pioneiro das duas rodas


Morreu ontem aos 86 anos de idade o italiano Bruno Ruffo.

Ele vem a ser parte da primeira geração de pilotos - e campeões - da história do Mundial de Motovelocidade.

No ano de 1949, na estréia da modalidade, ganhou o campeonato das 250cc com uma Moto Guzzi.

Em 1950, foi campeão também de 125cc com uma Mondial e terceiro nas 250cc, onde foi novamente o número 1 do mundo em 1951.

Para quem não o conhecia, um pequeno registro da existência de um dos grandes nomes italianos das duas rodas em todos os tempos.

A década dos dinossauros do rock

O Século 21 marcou até agora em seus seis anos de existência alguns revivals de grandes bandas que entraram para a história do rock and roll.

Não dá para incluir os Doors no lote, embora eu seja um "doormaníaco", porque Jim Morrison, morto há 35 anos, é insubstituível. E John Densmore não aprovou o projeto caça-níqueis Doors Século 21, abandonando os amigos Ray Manzarek e Robbie Krieger. Logo ele, o baterista que era contrário às idéias do vocalista e sua postura do palco, hoje o defende com unhas e dentes. E depois de ver gente como Scott Stapp (do falecido Creed), Scott Weiland (do não menos falecido Stone Temple Pilots) e até Ian Astbury assassinando os clássicos da banda de L.A., ele não deixa de ter razão.

Por falar em Astbury, sim senhores, o Cult voltou! Mas a pujança do grupo foi esquecida em algum lugar e a banda é um mero pastiche do que foi um dia. Não sei se poderia incluir o The Who no mesmo lote, embora o grupo ainda tenha o excelente Pete Townshend e o grande vocalista Roger Daltrey. Mas a cozinha se perdeu: John Entwistle e Keith Moon não estão mais entre nós. Este último, aliás, foi substituído por Zack Starkey, que vem a ser filho do Beatle Ringo Starr.

Emocionante, todavia, foi o regresso do Cream aos palcos para uma turnê de reencontro, trinta e sete anos depois do prematuro fim do maior power-trio que já existiu. Em priscas eras, Jack Bruce dava show com seus vocalises e suas intervenções no baixo; e Ginger Baker, um monstro na bateria. Mas foi Eric Clapton, muito mais seguro do que nos anos 60, quem deu as cartas nos shows do Royal Albert Hall e do Madison Square Garden. Afinal de contas, Bruce é dono de um fígado recém-transplantado. E Baker sofreu com uma artrose que quase pôs fim à sua bem-sucedida carreira musical.

E o que dizer do retorno triunfal dos Mutantes à cena musical? O grupo, que se perdeu em meio a várias formações nos anos setenta (e há quem diga que Sérgio Dias tinha contactado a formação do disco "Tudo Foi Feito Pelo Sol", com Antônio Pedro no baixo, Rui Motta nas baquetas e Túlio Mourão nos teclados, que já ensaiava para os shows que marcariam o retorno do grupo), reviveu com Arnaldo Baptista, Serginho e Dinho Leme da formação original que ainda tinha Rita Lee e Liminha. Vieram Zélia Duncan e ótimos músicos de apoio a reboque. O grupo fez um show muito bem-sucedido no Barbican em Londres, dezenas de outras apresentações no exterior, tocou pra mais de 50 mil no dia do aniversário de São Paulo e emocionou os fãs cariocas - inclusive eu - no primeiro show depois de 30 anos no Rio.

Agora que o ano parece começar de vez nesta terrinha de loucos (ah, é verdade... o carnaval vem aí), eis que somos surpreendidos com uma apresentação do The Police tocando "Roxanne" na abertura da 49ª premiação do Grammy. Yeah, babies... acho que é o que muita gente queria ver de novo: Sting, Andy Summers e Stuart Copeland reunidos depois de mais de 20 anos - e podem preparar a grana: o grupo virá com certeza ao Brasil. O país fará parte da turnê mundial que começa no dia 28 de maio, com uma apresentação em Vancouver, no Canadá.

E outro dinossauro do rock promete reviver este ano: o Creedence Clearwater Revival (não, pelo amor de Deus, nada de Revisited, nunca mais!), graças a John Fogerty, que já recebeu o "sim" dos antigos companheiros de grupo Stu Cook e Doug Clifford para tocarem no festival Glastonbury, em junho próximo.

Acha que acabou? Li outro dia em "O Globo" que Robert Plant e Jimmy Page não descartam um retorno juntos aos palcos. E desta vez com John Paul Jones e toda a sua classe de baixista. Seria a volta do grande Led Zeppelin? A conferir...

Tem mais por aí. Roger Waters, ou Rogério Aquático, na versão do impagável Falcão como compositor de "Atire o gato na parede", vai tocar o lendário disco "Dark Side Of The Moon" do Pink Floyd, que por 32 anos initerruptos se incluiu na lista dos 100 álbuns mais vendidos de cada mês na lista da Billboard. O show no Rio é dia 23 de março, uma sexta-feira, na Praça da Apoteose, a 140 contos o ingresso. Ele toca em São Paulo no dia seguinte, no Morumbi, com preços variando de 140 a 500 reais.

Você tem fome de música, como eu? Então aproveite... e delicie-se com o banquete do regresso dos dinossauros do rock.

Touro de um chifre só

Li hoje que a Scuderia Toro Rosso (a Globo vai continuar chamando de STR e o Sportv também, fazer o quê...) confirmou que Vitantonio Liuzzi segue na equipe em 2007.

Uma decisão acertada. Tenho simpatia pelo piloto italiano, ele é aguerrido, veloz e gosta de dar espetáculo. No melhor e no pior, pois suas rodadas e batidas foram grandes atrações no ano passado, na estréia da escuderia dirigida por Gerhard Berger.

O austríaco ficou devendo o nome do segundo piloto. O horroroso Scott Speed tem boas chances mas, sinceramente, acho que Berger deveria dar uma oportunidade a Tiago Monteiro. O português perdeu sua vaga na Spyker para Adrian Sutil (who?) e prefere ficar fora, fazendo o que se chama de "ano sabático", a ser apenas piloto de teste. Monteiro recebeu várias propostas para desempenhar este papel mas prefere trabalhar nos bastidores captando patrocínios que lhe possibilitem retornar em 2008.

E aí, quem merecia ser o companheiro de Liuzzi?

a - Speed

b - Monteiro

c - outro piloto, quem sabe Mika Hakkinen

Os F-1 que nunca correram - XIV

No último post da série, sobre o First, eu fechei dizendo que o chassi ressuscitou com outro nome na Fórmula 1.



Pois bem: eis aí o Life L190, uma das maiores "bombas" que a categoria máxima já conheceu nos últimos tempos.

O idealizador do projeto foi Franco Rocchi, engenheiro que construíra por 30 anos os motores da Ferrari. Foi ele quem revitalizou junto com Mauro Forghieri o projeto 312 B3, impulsionando as conquistas de Niki Lauda e Jody Scheckter nos anos setenta. Com problemas cardíacos, saiu da Ferrari em 1979 e virou artista plástico. Pintor bissexto, o engenheiro conheceu Ernesto Vita, que o ajudou a tornar realidade um plano louco de Rocchi: um motor novo em folha, para a Fórmula 1.

A idéia de Rocchi era original, ao montar três bancadas de quatro cilindros em cada uma (e não quatro de três - obrigado pela correção, Pandini), formando não um motor em formato de "V" como a grande maioria, mas de "W". Sem dúvida, um conjunto insólito e inédito até no automobilismo, num ano onde até os motores boxer estavam de volta com o projeto Motori Moderni-Subaru, da também italiana Coloni.

O australiano Gary Brabham topou o desafio de tentar classificar o carro no começo do ano. Péssima decisão: em Phoenix, tomou 34 segundos de Roberto Pupo Moreno, com o horroroso EuroBrun. E em Interlagos, sequer marcou tempo. Resultado: o piloto desistiu da empreitada.

A solução foi "ressuscitar" Bruno Giacomelli, experiente piloto italiano então com 38 anos de idade, com passagens pela McLaren, Alfa Romeo e Toleman entre 1977 e 1983. Pensava Rocchi que, com toda a bagagem dele, a equipe estaria a salvo de novos vexames.

Mas o chassi não "casava" com o motor W-12 e a Life foi colecionando um fracasso após o outro. Giacomelli era invariavelmente mais de 15 segundos mais lento que o melhor tempo das pré-qualificações. Pior do que isso, quando só completava uma volta e o motor quebrava na segunda. Ou quando o carro sequer saía dos boxes e o Life ficava a ver navios.

Rocchi desistiu do próprio projeto depois do GP da Itália. Em Portugal, apareceu com um motor Judd V-8 montado em seu carro, mas a mudança não deu em nada. Sem qualquer patrocínio que garantisse a equipe nas provas finais do campeonato, no Japão e na Austrália, a Life sumiu do mapa depois da etapa da Espanha, em Jerez de la Frontera. A equipe foi o maior desastre do ano.

O engenheiro aposentou-se pouco depois e morreu em 1996, aos 72 anos de idade.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

51, uma boa idéia

O Automóvel Clube do Oeste soltou hoje a lista de 51 inscritos para a temporada inteira de 2007 da Le Mans Series. Isto não significa, porém, que todos os carros divulgados vão correr em todas as provas. Haverá nomes adicionais em diversos eventos, inclusive nas Mil Milhas.

Foram selecionados 26 protótipos nas classes LMP1 e LMP2 e 25 Grã-Turismos, divididos nas categorias LMGT1 e LMGT2. Algumas escuderias que pretendiam entrar no campeonato ficaram chupando o dedo e vão ter que esperar o próximo ano.

Na LMP1, são catorze máquinas de grande potência e cilindrada. Destaque absoluto para a Peugeot e seu protótipo 908 movido a diesel. Serge Saulnier misturou as duplas: Nicolas Minassian correrá com Marc Gené e Stéphane Sarrazin fará dupla com o luso Pedro Lamy.

Henri Pescarolo tornou-se construtor também e recebeu encomenda para vários carros. Três deles estão oficialmente inscritos na LMP1: os dois de sua escuderia e o da Rollcentre Racing, todos com o novíssimo motor Judd de 5,5 litros.

Ameaçada de não correr, a Création Autosportif conseguiu se inscrever com apenas um carro para 2007 e Jamie Campbell-Walter é por enquanto o único piloto confirmado.

A Courage Competition traz novidades. Mantém o chassi LC70, mas troca de fornecedores de motor, câmbio e pneus. Saem a Mugen M-Tech, a Ricardo e a Yokohama. Entram a AER com o motor turbo 3,6 litros, a X-Trac e a Michelin.

Chamberlain Synergy e Racing For Holland continuam com os mesmos equipamentos de 2006 e Giovanni Lavaggi, que estreou (mal) seu LS1 Ford na última prova do ano passado, em Jarama, vai seguir na categoria.

As novidades são o Lola Audi Turbo da Swiss Spirit e a escuderia tcheca Charouz Racing Systems, que já contratou o doidaço Tomas Enge para guiar o Lola Judd.

A LMP2 mistura novidades técnicas, duas escuderias recém-chegadas e muito equilíbrio entre os 12 carros inscritos. Seis times - Pierre Bruneau, RML, Bruichladdich Radical, Binnie Motorsports, Horag Racing e ASM Team - estão com os mesmíssimos carros do ano passado.

A Barazi-Epsilon, campeã de equipes em 2006, trocou o Courage pelo Zytek 07S. A Kruse ataca com o chassi Pescarolo e motor Judd. Por sua vez, a JN Investissments (Saulnier Racing) vem de Courage AER Turbo.

As novidades são o regresso da Noel del Bello Racing e as estréias da T2M (Dome com motor Mader) e da Embassy Racing (Pilbeam Judd).

Com apenas oito veículos inscritos, a categoria LMGT1 pode causar a impressão de que existem só times fracos na disputa. Não é verdade. Provavelmente como no ano passado, esta subdivisão poderá ser a mais equilibrada de todas.

Encabeça a lista de inscritos o Saleen do Team Oreca, que terá os mesmos pilotos de 2006 - Stéphane Ortelli e Soheil Ayari. Um carro idêntico foi inscrito pela escuderia italiana Racing Box, que estréia no campeonato.

Três Aston Martin vão para a guerra - dois da Larbre e outro do Team Modena, onde vai correr a única mulher do campeonato, a escocesa Liz Halliday. A Luc Alphand Aventures inscreveu dois Corvettes, um modelo C6-R e outro C5-R, mais antigo, onde só franceses correrão.

E, ora vejam, ainda haverá uma Ferrari 550 Maranello no campeonato, inscrita pelos austríacos da Goldentime Racing. Sem dúvida, apenas para fazer número no grid.

Os organizadores tiveram muito trabalho para fazer a triagem na categoria LMGT2. Isso ficou claro pela quantidade de pretendentes que ficaram de fora: as escuderias Red Racing e James Watt Automotive dançaram. A Spyker perdeu uma vaga, Proton Felbermayr, Autorlando e GPC Sport também. Ao todo, são dezessete carros inscritos.

Os Porsches 997 GT3 RSR se constituem em maioria, com seis unidades. Há também cinco Ferrari F430 GT, três Panoz Esperante GTLM, dois Spyker C8 GT2 e - novidade absoluta - o Corvette Z06 inscrito por uma equipe da Dinamarca.

Algumas das equipes vão estrear ou regressar ao campeonato: Scuderia Villorba Corse, Chad Peninsula Panoz, Markland Racing, Speedy Racing Team e JMB Racing.

Em um mês mais ou menos, haverá o teste coletivo marcado para Paul Ricard, duas semanas antes da estréia oficial em abril, nos 1000 km de Monza.

Adocemos pois as nossas bocas, porque muitos desses 51 carros estarão no Brasil em novembro, para as Mil Milhas...

LMP1

3 SCUDERIA LAVAGGI MON
Lavaggi LS01 Ford
Giovanni Lavaggi (ITA) TBA

5 SWISS SPIRIT SUI
Lola B07/10 Audi FSI Turbo
Jean-Denis Deletraz (SUI) Marcel Fassler (SUI)

7 TEAM PEUGEOT TOTAL FRA
Peugeot 908 Hdi-FAP
Nicolas Minassian (FRA) Marc Gené (ESP)

8 TEAM PEUGEOT TOTAL FRA
Peugeot 908 Hdi-FAP
Stéphane Sarrazin (FRA) Pedro Lamy (POR)

9 CREATION AUTOSPORTIF GBR
Creation 07/01 Judd
Jamie Campbell-Walter (GBR) TBA

10 ARENA INTERNATIONAL MOTORSPORT GBR
Zytek 07S
Stefan Johansson (SWE) Tom Chilton (GBR)

12 COURAGE COMPETITION FRA
Courage LC70 AER Turbo
Jean-Marc Gounon (FRA) Guillaume Moreau (FRA)

13 COURAGE COMPETITION FRA
Courage LC70 AER Turbo
Alexander Frei (SUI) Jonathan Cochet (FRA)

14 RACING FOR HOLLAND HOL
Dome S101.5 Judd
David Hart (HOL) Jan Lammers (HOL) Jeroen Bleekemolen (HOL)

15 CHAROUZ RACING SYSTEMS CZE
Lola B07/10 Judd
Jan Charouz (CZE) Stefan Mücke (ALE) Alex Yoong (MAL)

16 PESCAROLO SPORT FRA
Pescarolo Judd
Harold Primat (SUI) TBA

17 PESCAROLO SPORT FRA
Pescarolo Judd
Emmanuel Collard (FRA) Jean-Christophe Boullion (FRA)

18 ROLLCENTRE RACING WITH DEUTSCHE BANK X-MARKETS GBR
Pescarolo Judd
Joao Barbosa (POR) Martin Short (GBR) Phil Keen (GBR)

19 CHAMBERLAIN SYNERGY MOTORSPORT GBR
Lola B06/10 AER Turbo
Gareth Evans (GBR) Bob Berridge (GBR) Peter Owen (GBR)

LMP2

20 PIERRE BRUNEAU FRA
Pilbeam MP93 Judd
Marc Rostan (FRA) Pierre Bruneau (FRA) Simon Pullan (GBR)

24 BINNIE MOTORSPORTS USA
Lola B05/40 Zytek
Bill Binnie (USA/GBR) Allen Timpany (GBR) Chris Buncombe (GBR)

25 RML GBR
MG Lola EX 264 AER Turbo
Thomas Erdos (BRA) Mike Newton (GBR)

27 HORAG RACING SUI
Lola B05/40 Judd
Fredy Lienhard (SUI) Didier Theys (BEL) Eric Van De Poele (BEL)

28 TEAM BRUICHLADDICH RADICAL GBR
Radical SR9 AER Turbo
Tim Greaves (GBR) Stuart Moseley (GBR) Robin Liddell (GBR)

29 T2M MOTORSPORT JAP
Dome S101.5 Mader
TBA TBA

31 NOEL DEL BELLO RACING FRA
Courage LC75 AER Turbo
Christophe Tinseau (FRA) TBA

32 BARAZI - EPSILON FRA
Zytek 07S
Juan Barazi (DEN) Michael Vergers (HOL)

35 SAULNIER RACING ESP
Courage LC75 AER Turbo
Jacques Nicolet (FRA) Alain Filhol (FRA) Bruce Jouanny (FRA)

40 ASM TEAM POR
Lola B05/40 AER Turbo
Miguel Païs Do Amaral (POR) TBA

44 KRUSE MOTORSPORT GER
Pescarolo Judd
Tony Burgess (CAN) Jean De Pourtales (FRA) Norbert Siedler (AUT)

45 EMBASSY RACING GBR
Pilbeam MP93 Judd
Warren Hughes (GBR) Neil Cunningham (NZL)

LMGT1

50 TEAM ORECA FRA
Saleen S7-R
Stéphane Ortelli (MON) Soheil Ayari (FRA)

54 ASTON MARTIN RACING LARBRE FRA
Aston Martin DBR9
Fabrizio Gollin (ITA) Gabriele Gardel (SUI) Christophe Bouchut (FRA)

55 ASTON MARTIN RACING LARBRE FRA
Aston Martin DBR9
Steve Zacchia (SUI) Gregor Fisken (GBR) Gregory Franchi (BEL)

59 TEAM MODENA GBR
Aston Martin DBR9
Antonio Garcia (ESP) Liz Halliday (GBR)

61 RACING BOX ITA
Saleen S7-R
Pier Giuseppe Perazzini (ITA) Marco Cioci (ITA) Salvatore Tavano (ITA)

68 GOLDENTIME RACING TEAM AUT
Ferrari 550 Maranello
Norbert Walchofer (AUT) TBA

72 LUC ALPHAND AVENTURES FRA
Corvette C6-R
Luc Alphand (FRA) Jérôme Policand (FRA) Patrice Goueslard (FRA)

73 LUC ALPHAND AVENTURES FRA
Corvette C5-R
Jean-Luc Blanchemain (FRA) Sébastien Dumez (FRA) Vincent Vosse (BEL)

LMGT2

76 IMSA PERFORMANCE MATMUT FRA
Porsche 997 GT3 RSR
Raymond Narac (FRA) Richard Lietz (AUT)

77 TEAM FELBERMAYR PROTON GER
Porsche 997 GT3 RSR
Marc Lieb (GER) Xavier Pompidou (FRA)

78 SCUDERIA VILLORBA CORSE ITA
Ferrari F430 GT
Alex Caffi (MON) Denny Zardo (ITA)

81 TEAM LNT GBR
Panoz Esperante GTLM
Lawrence Tomlinson (GBR) Richard Dean (GBR)

82 TEAM LNT GBR
Panoz Esperante GTLM
Tom Kimber-Smith (GBR) Danny Watts (GBR)

83 GPC SPORT ITA
Ferrari F430 GT
Sergio Hernandez (ESP) Philip Peter (SUI) Johnny Mowlem (GBR)

84 CHAD PENINSULA PANOZ GBR
Panoz Esperante GTLM
John Hartshorne (GBR) Michael McInerney (GBR) Sean McInerney (GBR)

85 SPYKER SQUADRON HOL
Spyker C8 Spyder GT2R
Jarek Janis (CZE) TBA

88 TEAM FELBERMAYR PROTON GER
Porsche 997 GT3 RSR
Horst Felbermayr Jr (AUT) Christian Ried (GER) Thomas Gruber (AUT)

89 MARKLAND RACING DEN
Corvette C6 Z06
Henrik Møller Sørensen (DEN) Kurt Thiim (DEN) TBA

90 FARNBACHER RACING GER
Porsche 997 GT3 RSR
Pierre Ehret (GER) Lars Erik Nielsen (DEN) Dirk Werner (GER)

92 PERSPECTIVE RACING FRA
Porsche 997 GT3 RSR
Philippe Hesnault (FRA) Nigel Smith (GBR) Anthony Beltoise (FRA)

93 AUTORLANDO SPORT ITA
Porsche 997 GT3 RSR
Roberto Plati (ITA) Paolo Maurizio Basso (SUI) Giampaolo Tenchini (ITA)

94 SPEEDY RACING TEAM SUI
Spyker C8 Spyder GT2R
Iradj Alexander-David (SUI) Andrea Chiesa (SUI)

96 VIRGO MOTORSPORT GBR
Ferrari F430 GT
Robert Bell (GBR) Allan Simonsen (DEN)

98 ICE POL RACING TEAM BEL
Ferrari F430 GT
Yves Lambert (BEL) Christian Lefort (BEL)

99 JMB RACING MON
Ferrari F430 GT
TBA TBA

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Safra 1966 é da boa!

"Panela velha é que faz comida boa", é o que normalmente os homens dizem quando vêem uma balzaquiana arrebentando corações e vice-versa.

"É como vinho, quanto mais envelhecido, melhor", outro chavão que as pessoas usam para às vezes elogiar ou ironizar uns aos outros.

Pois bem. No esporte, quando alguém passa, vá lá... dos 35 anos, já é taxado de velho. De 40 então... já vira Matusalém.

E o que dizer de Romário? O cara fez 41 anos tem menos de duas semanas, voltou a jogar no Vasco e em sua segunda partida sai do banco de reservas pra encaçapar três gols no pobre Volta Redonda. Três gols, diga-se, em três oportunidades.

Quando o baixinho diz que "Deus apontou pra mim e disse 'esse é o cara'", não está exagerando.

Pelas contas do próprio, ele já atingiu a marca de 990 gols na vida, embora para isso esteja contando nas estatísticas dele até os tentos no Dente-de-Leite do Olaria. Mas a imprensa precisa de notícias, o esporte precisa de heróis e Romário, fabricado ou não, é um desses heróis. Sei que muitos não querem que ele alcance uma marca que só Pelé conseguiu. Azar de quem não quer isso: Romário é predestinado. E ele vai chegar lá.

Até hoje vejo sua presença provocar reações iracundas de ódio e incontidas de amor, entre os torcedores dos três clubes do Rio em que jogou: tanto no Vasco, quanto no Flamengo e no Fluminense, as opiniões são antagônicas.

Se eu tivesse que ficar com uma fase do baixinho, ficaria com aquela do Barcelona e da Copa dos EUA, onde ele era, disparado, o melhor atacante do planeta. No tricolor, ele já chegou com 36 anos e mesmo assim mostrou seu faro de gol e oportunismo em ocasiões decisivas - embora, como em algumas outras ocasiões, tenha deixado um rastro de desconfiança porque amarelava em alguns jogos.

Mesmo já na faixa dos enta, sinceramente, não existem atacantes tão bons e que saibam melhor aproveitar os "atalhos" da grande e da pequena área como ele. Certo, parfeiro?

É... essa safra 1966 é da boa, mermão!