Como um grande apaixonado por esportes a motor, lamentei muito a saída de Alexandre Barros do Mundial de Motovelocidade.
Aos 35 anos, tido e havido como o mais experiente da tropa no ano passado, o piloto infelizmente não conseguiu um lugar condizente com seu currículo. A MotoGP fechou as portas para veteranos como ele e Max Biaggi e, enquanto este ficou a pé (por enquanto), Alex conseguiu encontrar motivação para continuar competitivo.
A fórmula da juventude para o piloto é o Mundial de Superbikes, onde competem motos derivadas de modelos de série. A máquina de Barros é a Honda CBR1000RR (foto abaixo).
Ele assinou contrato para ser o piloto do Team Klaffi, chefiado pelo antigo piloto de side-cars Klaus Klaffenbock. A princípio, a equipe teria dois pilotos, mas o segundo - o alemão Max Neukirchner, que correra ano passado - foi dispensado para que a escuderia desse prioridade a Barros.
A negociação se arrastou por um longo tempo e isso impossibilitou a Alexandre conhecer melhor seu equipamento. Em dois dias, 500 km de testes, muito pouco para se avaliar a competitividade de uma máquina.
Por isso, não me surpreendi quando, no primeiro treino oficial, ele foi apenas o sexto colocado, atrás de Troy Bayliss (que corria com ele na Camel Honda, na MotoGP), Régis Laconi, Troy Corser (atual campeão), Chris Walker e Sebastién Gimbert. Todos, diga-se, com experiência prévia nestas motos.
Melhor para Barros é que ele foi o único piloto Honda no top ten. O bicampeão James Toseland, contratado a peso de ouro para ser o número um da marca da asa dourada, foi apenas o 19º colocado.
Agora é torcer por um bom desempenho do brasileiro no segundo treino e na Superpole, que define as quatro primeiras filas do grid. E toda a sorte do mundo pra ele em 2006!
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