terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

O lindo dia chegou

Eu estou a pelo menos 450 km de São Paulo.

Mas esta noite, eu me senti no Morumbi, vendo de pertinho o U2 tocar e cantar para uma fenomenal e vibrante multidão de 75 mil pessoas.

Comentei hoje cedo com duas colegas de trabalho que o show deles seria disparado muito superior ao dos Rolling Stones. Por mais que os dinossauros levassem 1,2 milhão de espectadores à Praia de Copacabana - num show muito competente, diga-se de passagem - o U2 carrega consigo uma carga emocional tão grande, mas tão grande, que faz ir às lágrimas qualquer coração de pedra.



Não que o meu seja. Sou um manteiga derretida por excelência. Ao cantar "Sometimes You Can't Make It On Your Own", em homenagem ao pai, Bono levou este que vos escreve às lágrimas. Lendo a tradução da música em seus primeiros versos, parecia a encarnação de tudo, mas tudo mesmo, o que vivi com o meu pai nos últimos 20 anos antes de sua morte.

Também me emocionei com "I Still Haven't Found What I'm Looking For", uma das mais marcantes canções do grupo. E com o final, na messiânica "40".

Sem contar os momentos magníficos como nos clássicos "New Year's Day", "Sunday Bloody Sunday", "Bullet The Blue Sky", "Misterious Ways" e tantas outras. Só senti falta de "I Will Follow" e "Walk On". Mas será que mais alguém além de mim se deu conta disso?

O U2 é um grupo ímpar. Jamais perderam a dignidade em 28 anos de estrada - embora, aqui e ali, derrapassem em busca de novos caminhos, como no contestado disco "Pop". The Edge é um guitarrista fantástico. Trocou de instrumentos pelo menos quinze vezes, revezando com diversos modelos - Gibson Les Paul, Fender Stratocaster e a raríssima Rickenbacker. Adam Clayton e Larry Mullen fazem uma "cozinha" discreta e sempre competente.

E o que dizer de Bono? O show do Morumbi mostrou todas as facetas do cantor. Líder, sedutor, carismático, condutor das multidões, símbolo de luta pelas minorias, Paul Hewson já está entronizado como um dos maiores da música e do rock and roll em todos os tempos.

E quando ele e seus colegas perguntam como em "Sunday Bloody Sunday", por quanto tempo terão que cantar esta canção... a gente tem a resposta na ponta da língua: para sempre.

PS.: até vou relevar o fato de, como no sábado, o show do U2 ser transmitido com um delay considerável e com intervalos comerciais. Nem vou falar de novo que a presença do Zeca Camargo seria dispensável. Mas depois de duas horas de delírio, não dá pra encontrar senões num dia histórico. Um lindo dia...

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi...
Eu sou de SC, e assiti o U2 pela
TV...amei!!
Marcia!!

Ps: Tu deve ta se perguntado quem é essa maluca? rs*
bem... eu estava procurando um blog aqui net...e eu sempre cai nesse... Eu pensei... vamos ver o que tem aqui? rs*
Li quase todos os posts...alguns gostei... outros não...rs*
Bem... é isso!!!
Um belo final de semana pra ti...
Marcia!!!