segunda-feira, 30 de abril de 2007

Otávio Frias

Vou ser sincero: não leio e não gosto da Folha de S. Paulo. Prefiro muito mais os textos do Estadão e o acabamento mais simpático do jornal, do que o seu concorrente.

Entretanto, não há como negar a importância da Folha enquanto veículo de comunicação e com pesar me solidarizo com os colegas daquele jornal, consternados com a morte do diretor Otávio Frias.

Por não ser a pessoa mais avalizada para evidentemente falar dele, que nunca conheci, deixo então com o Flávio Gomes, que trabalhou lá por muito tempo, foi repórter de Educação e Ciência (trocando uma possível chance de escrever em Placar) e depois editor de Esporte.

O que esse povo não faz por 15 minutos de fama...

Aqui e ali, a gente sempre lê alguma coisa sobre o pessoal do BBB. Enche o saco e é maçante.

Imagine então se vivêssemos nos EUA, onde a febre do momento é o programa American Idol, aquele mesmo que Silvio Santos copiou e virou Ídolos, com seus jurados metidos a fodões e que não perdem a chance de humilhar os concorrentes.

Engraçado como aqui todo mundo tenta ser meio Simon Cowell - o jurado vilão do original gringo, temidíssimo pelos novatos por sua língua ferina e seus comentários maldosos. Mesmo com restrições, ele até gosta de alguns candidatos - que o diga Kelly Clarkson, aquela da melosa "Because of You", a vencedora mais famosa do programa.

Mas que tem gente em busca de mais do que meros 15 minutos de fama depois de American Idol, ah isso tem...

Exemplos não faltam.

- Jessica Sierra, competidora da quarta edição do programa, ganha por Carrie Underwood (who?), foi presa recentemente porque agrediu um homem em Tampa, Flórida, com um copo de vidro numa lanchonete.

- O excêntrico Sanjaya Malakar, o último calouro que causou sensação, foi eliminado do programa. Mas sua mãe já deu o que falar: foi presa por plantar maconha em casa. Antes fosse pra consumo próprio...

- Olivia Mojica, uma das finalistas da segunda edição, agora é protagonista de um filme pornô, onde faz e acontece com seu próprio namorado em seu apartamento. Quem viu o trailer, que já circula na internet, garante que ela e o garanhão fazem jus ao título do filme - "Hardcore Idol".

- Mas pior que ela, só o caso de Antonella Barba, uma concorrente eliminada há pouco mais de um mês sob suspeita praticamente comprovada de que ela tinha feito um ensaio, digamos, erótico demais para quem quer disputar um título de popstar.

Parafraseando o mestre Nelson Rodrigues, ela é "bonitinha, safadinha e ordinária".

E cá pra nós, se Irislene (ou Siri, sei lá como ela se chama), Fani, Carolini e Lemão querem promoção, aprendam com estas meninas do American Idol como é que se faz.

Que bicho é esse? - VIII

Mais um desafio proposto por mim, com a colaboração (mais uma) inestimável do nosso amigo Jonny' O - garimpeiro de boas coisas do automobilismo, como os confrades Joaquim, Werneck e Caíque.




É um belo carro, não acham? Então... alguém é capaz de saber que modelo é esse? Sinceramente não faço a menor idéia.

E Jonny, quanto ao Coca-Cola Nissan, vai lá nos pitacos e veja... tivemos um acertador.

A decadência de um artista

Desde que o mundo é mundo, assistimos diversas vezes o ocaso de artistas que tiveram em priscas eras o seu auge.

Elvis Presley, que morreu gordo e doente aos 42 anos de idade, foi um deles, enfiado naquelas roupas ridículas de shows igualmente ridículos, que inspiraram um grupo chamado Dread Zeppelin a fazer covers de Led e Elvis em ritmo de reggae e cujo vocalista, chamado "Tortelvis", se veste à imagem e semelhança do rei do rock em decadência.

Mas o que aconteceu com Jim Morrison é impressionante. Porque além de performer, poeta e cantor excepcional, e líder de um dos maiores grupos do rock em todos os tempos, o cara era bonitão, tinha todas as mulheres a seus pés, mas caiu de boca em ácido, haxixe e na bebida.

E terminou assim numa banheira de hotel em Paris, não com esta barba mefistofélica, mas gordo como no vídeo abaixo, onde ele canta "Alabama Song", "Back Door Man" e "Wishful Sinful".

Triste retrato da decadência de James Douglas Morrison.

domingo, 29 de abril de 2007

Suingue, balanço, funk... e não é Fernanda Abreu

Abertura de novela tem sempre alguma coisa inusitada.

No caso de Locomotivas, produção de 77 da Rede Globo para o horário das 19 horas, mais do que maquiar uma modelo para ela sair deslumbrante ao final da abertura da atração, o grande barato é a música.

Trata-se de Maria Fumaça, clássico do samba-soul-funk da lendária Banda Black Rio, liderada por Oberdan Magalhães (já falecido). Entre os músicos, despontaram feras como Cristóvão Bastos, Jamil Joanes, Luís Carlos, Barrosinho, Lúcio e Cláudio Stevenson.

Hoje a Banda Black Rio, que lançou ao longo de 31 anos apenas quatro trabalhos, está ainda na ativa graças ao filho de Oberdan, William - que assumiu a liderança natural do grupo.

Com vocês, a música-tema e a abertura, claro, de Locomotivas.

sábado, 28 de abril de 2007

Pisou na bola, bicho

Num fim de semana com poucas corridas (mentira! tem F-3, Troféu Maserati, Porsche, Nascar e Grand-Am), o Saco de Gatos será um pouquinho mais musical.

A bola da vez hoje é Roberto Carlos, não o lateral que ajeita a meia, mas o "Rei" da música popular.

Francamente não entendo a cisma de RC com o livro Roberto Carlos em Detalhes (Editora Planeta), fruto de 15 anos de pesquisa do autor, Paulo César de Araújo. Porque é uma bem-construída retrospectiva da vida do artista e, mais do que isso, uma tremenda homenagem com detalhadíssimas passagens de como a carreira de Roberto se desenhou desde os tempos de adolescente em Cachoeiro até a explosão da Jovem Guarda em São Paulo e daí para o estrelato nacional.

Fico tentando entender o que terá incomodado tanto a RC no livro. Alguns depoimentos que o têm como um comedor incorrigível? Talvez... mas Roberto devia se orgulhar disto. Afinal, estiveram com ele mulheres desejadíssimas como Nice Rossi, Myrian Rios, Maysa e Sônia Braga, entre muitas outras que lhe deram bola e foram conquistadas por seus olhos tristes e o charme característico do cantor.

A história sobre o acidente que lhe custou uma perna aos oito anos de idade? Quem sabe... mas o próprio Roberto não esconde que fala disto em O Divã, uma de suas mais belas canções dos anos 70. Ou seria a revelação da existência de uma namorada da qual muito pouca gente tinha conhecimento até hoje: Magda Fonseca, que ganhou músicas como A Volta e Quero Que Vá Tudo Pro Inferno?

O que se sabe é que, após uma audiência conciliatória realizada ontem em um Fórum da Comarca de São Paulo, a editora fica proibida de comercializar o livro, que já vendera, segundo as contas, mais de 30 mil exemplares. Porém, Roberto Carlos em Detalhes ainda está à venda nas melhores livrarias do ramo.

Garanta o seu livro, antes que acabe.

Mas, uma coisa é certa: que é uma tremenda pisada de bola do Roberto contra seus fãs e possíveis futuros admiradores, ah isso é.

***

Em tempo: falando em biografias, vem aí a de um notório desafeto do Rei: Tim Maia. Escrita por Nelson Motta (que o cantor chamava de Nelsomotta), ela sai em setembro pela Objetiva. Nas palavras do autor, o livro é "preto, gordo e cafajeste", com 500 páginas de ótimas histórias, tiradas sensacionais e situações inenarráveis do pai da soul music no Brasil.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Raridade global

Uma autêntica "Mosca Blanca": a abertura da transmissão do GP do Brasil de 1984, com o Heve de F-2 do Álvaro Buzaid transformado em F-1, de acordo com o que soubemos do camarada Pandini.

Reparem que, durante a apresentação das equipes e pilotos, com uma arte muito da sem-vergonha, para os padrões de hoje, a foto e os dados do Riccardo Patrese, então na Alfa Romeo, aparecem nada menos que duas vezes!

Mas vale a pena ver, rever e guardar.

Baby, baby, baby, baby, oooooooooh

Esqueçamos a voz falseada de Robert Plant.

Lembremos da maestria e classe de John Paul Jones no baixo.

A genialidade de Jimmy Page empunhando suas guitarras.

E, para complementar, ou para destruir, John Bonzo Bonham, o homem que colocava toda a fúria do universo num kit de bateria.

Com vocês, Achilles Last Stand e o Led Zeppelin ao vivo, no Knebworth de 1979.

Números, números e mais números

Neste mês de abril que se encerra dentro em pouco, este humilde blog recebeu quase 4 mil visitas vindas de diferentes cantos do planeta. O que, convenhamos, não é pouco.

Para nenhuma surpresa, da minha parte, Rio e São Paulo são as cidades com maior afluência de acessos. O estado de SP ganha do RJ, mas a capital carioca acessou mais que a paulista.

Esta mesma ferramenta me garante que no último dia 23, tivemos o recorde de page views do Saco de Gatos - 282 no total.

E que nada menos que 71 pessoas já visitaram entre 100 e 200 vezes o blog - provavelmente são estes os chamados "leitores fiéis".

Vinte e nove outros países, além do Brasil, já tiveram pelo menos um acesso ao Saco de Gatos - entre parênteses a região com mais acessos:

Portugal (Lisboa, com 24 acessos de um total de 73)

EUA (Califórnia, com 10 acessos de um total de 52)

Argentina (Distrito Federal, com 7 acessos de um total de 13)

China (Pequim, com 4 acessos de um total de 11) e Grã-Bretanha (Northamptonshire, com 7 acessos de um total de 11)

Espanha (Castilla y Leon e Catalunha, com 2 acessos cada de um total de 6) e Alemanha (Nordhein-Westphalen, com 2 acessos de um total de 6)

Depois vem Canadá (5), Japão e França (4), Áustria (3), Austrália, Bélgica e Itália (2), Colômbia, Paraguai, Chile, Martinica, Noruega, Índia, Hungria, Malásia, Dinamarca, Turquia, Venezuela, Honduras, Suíça e Jordânia (1).

Ao todo, 478 cidades do planeta, do Rio de Janeiro a Hyderabad.

Entre os sites e ferramentas de busca mais usados pra chegar até aqui está o blog do Fábio Seixas, com 566 visitas. Depois, o Google, o Orkut e o Blog do Pandini, entre tantos outros.

Números bem respeitáveis pra um bloguinho que tem 1 ano e 3 meses de vida, não é não?

Que bicho é esse? - VII

Pra começar muito bem o dia...

Mister Joaquim dá mais uma vez o ar da graça e contribui com a foto de um belíssimo Protótipo com um tremendo logo da Ford em sua seção dianteira.

Cabe a vocês dizer: nome do carro, pilotos e ano em que ele apareceu nas pistas. E se alguém desconfiar do autódromo...

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Que bicho é esse? - VI

Um "bicho" made in Brasil, desta vez. Contribuição preciosíssima do mestre Joaquim.

Quem é capaz de desvendar que carro é esse da fotografia abaixo?

Só sei que é um protótipo beeeem bacaninha hein... E a largura do pneu traseiro?

Então, rapaziada, vamos bater a cabeça tentando descobrir?

terça-feira, 24 de abril de 2007

Feito música para os meus ouvidos

A notícia que vou reproduzir agora soa feito música para os meus ouvidos... e foi a melhor que eu podia ter nas últimas semanas, quando o assunto é... música!

A banda Los Hermanos comunica a decisão de entrar em recesso por tempo indeterminado.

Por conta disso não há previsão de lançamento de um novo disco.

A pausa atende a necessidade dos integrantes de se dedicarem a outras atividades que vieram se acumulando ao longo desses dez anos de trabalho ininterrupto em conjunto.

Não houve desentendimento ou discordância que tenha afetado nossa amizade tanto que continuamos jogando truco toda quinta-feira.

Por conta dessa decisão, mesmo após o término da turnê do "4", resolvemos fazer duas únicas apresentações no Rio de Janeiro, na Fundição Progresso nos dias 8 e 9 de junho.

Até lá.

Truco?!?

Isso lá é jogo que carioca joga?!?

Esses debilóides deveriam jogar é sueca.

Pensando bem, melhor não. Eu jogo sueca. E não sou debilóide.

Que bicho é esse? - V


A bagaça da foto está com a carenagem traseira desmontada do resto do veículo. Será que dificultei as coisas? Enfim, é o esquema de sempre: que carro é esse, que campeonato disputava, piloto, pista, et cetera...
Divirtam-se!

A aventura européia do Pradinho

Antônio Castro Prado foi um dos nossos maiores expoentes do automobilismo interno, até falecer tragicamente em Guaporé, no ano de 1981, durante o fim de semana da 6ª etapa da Fórmula 2 Brasil.

Por aqui, o piloto nascido em Ribeirão Preto correu de Alfa GTA da Jolly Gancia, BMW da Cebem, Divisão 3 e Divisão 1, Stock Car e Fórmula Supervê, antes da passagem à F-2, escudado pelo competente Anésio Hernandez no Polar-VW patrocinado pelo uísque Drury's.

Pradinho era favoritíssimo ao título, pois em 1980, praticamente sem oposição, vencera na última temporada em que a Supervê teve o apoio direto da Volkswagen. E naquela época, dizem, já tinha encomendado um Berta com motor Dodge igual ao dos argentinos para correr por aqui.

No entanto, o que pouca gente sabe é que em meados dos anos 70 ele teve uma experiência no automobilismo internacional. Levado para a Europa por Pedro Victor de Lamare, Pradinho andou com um March 742 BMW de Fórmula 2 em quatro corridas do Europeu de 1975 - Silverstone, Zolder, Nogaro e Vallelunga. Foi nono na pista belga, 15º na inglesa e na França e na Itália, não conseguiu classificação no grid.

E além disso, lá estava ele sucedendo PV como o representante brasileiro no Campeonato Europeu de Esporte-Protótipo 2 litros. Eis Pradinho andando em Brands Hatch, com seu March 75-S de motor BMW, pintado de amarelo, azul e verde.


Consta também nos alfarrábios que ele disputou uma prova do Mundial de Marcas, naquele mesmo ano. Se alguém souber qual...

Pra deixar muita gente de cabelo em pé...



Não preciso dizer o quanto essa vitória foi - e ainda é especial. Primeiro porque Nelson Piquet, depois de uma absurda desclassifcação em 1982, ganhou e levou o GP do Brasil de 83, guiando muito em Jacarepaguá.

E depois da bandeirada, vejam só o que é que toca...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Alexandre, o Grande


Na terra da antiga Constantinopla, Alexandre Barros mostrou a velha garra na terceira etapa do Mundial de MotoGP. Como foi bom ver o piloto mais experiente da Motovelocidade dando uma aula para as novas gerações!

Largando em décimo-terceiro, numa modesta quinta fila e entre 19 competidores, a priori Alex estava mais para o segundo pelotão do que para o primeiro. Ele tornou a tese totalmente furada ao ganhar quatro posições na largada, saltando para nono - e depois graças ao strike promovido por Olivier Jacque - que tirou de ação uma Honda, uma Suzuki e uma Yamaha (isso é que é detonar a concorrência...), foi para oitavo.

Não satisfeito, partiu pra cima de Nicky Hayden, o atual campeão, e o ultrapassou. Com o mau rendimento da Yamaha de Valentino Rossi, graças ao pneu traseiro que perdia aderência, ganhou a sexta posição. Duelou de forma agressiva com John Hopkins e Marco Melandri. E passou os dois.

Por pouco não chegou ao pódio, superando uma das máquinas oficiais de fábrica - a de Loris Capirossi, que perdeu o controle da moto na chamada Curva do Pânico e quase caiu. Na freada, o anão italiano deu o troco e ficou com a terceira posição.

Mas a corrida de Alexandre foi uma lição e tanto. Primeiro, que não se pode subestimar a experiência de um piloto que, em outubro, completa 37 anos de idade. E em ótima forma, livre (ao menos por enquanto) de lesões.

Segundo, porque Barros merece todo nosso apreço por se manter como nosso cavaleiro solitário num dos esportes mais difíceis e competitivos do mundo, desde 1986. Tirando sua breve experiência de uma temporada nas Superbikes, são 20 anos peregrinando pelas pistas mundo afora.

E num circuito que valoriza a técnica e a categoria do piloto, Alexandre Barros mostrou de novo que pode ser Alexandre, o Grande.

Em tempo: Casey Stoner venceu pela segunda vez no ano e lidera o Mundial da MotoGP.

Caos em banho-maria

Bom, vou me pôr à vontade para comentar a primeira corrida da Stock Car em Interlagos.

Para quem viu no Autódromo deve ter sido muito bom. Porque na TV, foi uma tragédia. A transmissão foi ruim, abaixo da crítica. Parece que quanto mais a Stock fica importante, mais se enfia os pés pelas mãos.

Você viu a ultrapassagem que deu a liderança a Ricardo Maurício? Não?!?

Nem eu.

Pois é... ficam mostrando três replays de acidentes e se esquecem do principal...

Enfim, deixemos isso de lado. A corrida em si não foi das melhores. Houve poucas brigas e o pneu nacional que estreou na V-8 principal em nada contribuiu para o desempenho dos carros. Muito pelo contrário: depois da quinta volta, os tempos subiam incrivelmente e coube aos pilotos um verdadeiro exercício braçal e de extrema paciência para manter seus carros firmes no traçado de Interlagos.

No fim das contas, nenhuma surpresa: as equipes mais competentes e com melhor histórico no circuito deram as cartas - vitória da Mattheis com Ricardo Maurício (a primeira dele na Stock), com a Avallone terminando em segundo graças a Felipe Maluhy e a Red Bull Racing, cujo comando é de Amir Nasr, debutando com um terceiro e um quarto lugares. Daniel Serra foi, disparado, o melhor estreante do fim de semana, inclusive com a pole.

Aliás, o fato de quatro pilotos egressos da Stock Light terem ido para a superpole tem muito a ver com a adaptação que todos eles trouxeram de quando corriam com o pneu nacional na categoria de acesso. Para eles, fez muita diferença.

Vamos ver como será Curitiba. Só espero que seja uma corrida menos morna do que a prova de abertura do campeonato.

Cadê?

Sexta-feira, o site oficial da Stock Car apareceu repaginado e com uma programação visual bastante duvidosa.

E com um detalhe: só tem as equipes e os pilotos da Stock V-8 principal!

Cadê a turma da Light? E o pessoal da Júnior?

Como se já não bastasse, vão ser marginalizados também na grande rede?

Francamente...

E tem mais: aparece a foto dos 50 pilotos, equipe de cada um, número do carro, vitórias (inclusive com o total errado de triunfos do Ingo Hoffmann) e quetais.

Mas... não tem o currículo de nenhum deles. E nem a foto do carro de cada um!

Será que valeu tanto a pena para a Stock Car se associar à Nextel?

By the way, alguém da categoria deveria fazer uma visitinha neste endereço para aprender a respeitar o torcedor e principalmente o internauta.

Machismo

Manchete nada tendenciosa na página da Stock Car neste fim de semana:

"Mulherada entende pouco de carro, mas engrossa torcida."

Ah, sim...

Gostaria de saber o que Bia Figueiredo, Fernanda Parra, Katherine Legge, Danica Patrick, Sarah Fisher, Milka Duno, Erin Crocker, Maria Cristina Rosito, Suzane Carvalho, Letícia Zanette, Liz Halliday, Amanda Stretton, Vanina Ickx, Jutta Kleinschmidt e tantas outras achariam disso.

Com certeza, enforcariam o infeliz autor da pauta.

domingo, 22 de abril de 2007

A Itália é azul e negra!


Com inteira justiça, o único clube grande da Itália que nunca foi rebaixado é campeão. Aliás, bicampeão. A Inter de Milão selou uma conquista esperada e mesmo fora de casa, derrotou o Siena por 2 x 1.

O herói do título foi Marco Materazzi, que vive uma fase excepcional na zaga interista e na seleção italiana. Outrora cobrado, criticado, espiaçado, ele foi decisivo na temporada 2006/2007. Voltou da Copa da Alemanha com moral redobrada e jogou muita bola. Fez gol de bicicleta, de pênalti, cabeça e com os pés, em bola rolando. É certo que continuou tão temperamental como antes, mas mostrou mais cabeça e controle.

O zagueiro foi um dos muitos que foram bem este ano. O goleiro Toldo foi sempre seguro, assim como Júlio César. Stankovic, de uma regularidade impressionante, como Vieira e Cambiasso. Ibrahimovic e Crespo, decisivos.

Entre os outros brasileiros, Maxwell e Maicon se sobressaíram no segundo semestre e Adriano, às voltas com problemas extracampo, foi potencialmente menos importante que no ano passado.

A campanha da Inter foi incontestável. Em 33 partidas, somente uma derrota, no meio de semana, para a Roma por 3 x 1.

Ironicamente, a mesma Roma que tirara o título da Inter foi derrotada neste fim-de-semana por outra equipe cujo uniforme é praticamente idêntico ao do bicampeão: a Atalanta de Bérgamo, que venceu o confronto pelo mesmo placar - 2 x 1.

Mui justamente, a conquista do bicampeonato foi dedicada a quem merece: o grande zagueiro Giacinto Facchetti, morto no início do ano e braço-direito do dono do clube, Massimo Moratti, que reconhece no ídolo que jogou 476 partidas com a camisa neroazzurra um exemplo de amor à Inter.

Aceleradas e madrugadas

Bom dia, torcida amiga. São 5h45 (hora de Brasília) e já estou aceso e acordado para acompanhar o Mundial de Motovelocidade - e trabalhando, diga-se de passagem. Daqui a pouco acontece a 3ª etapa do campeonato em Istambul e Valentino Rossi, o multicampeão, sai na pole position.

Enfim, enquanto as motos não roncam, em Houston aconteceu a quarta etapa da American Le Mans Series, na pista montada no Reliant Park. A exemplo do que aconteceu em Long Beach, os LMP2 deram muito trabalho aos Audi Turbodiesel. O primeiro recado foi a pole de David Brabham, com o Acura da Highcroft Racing. E na corrida, graças à ótima autonomia dos Porsches e também dos Acuras, a Audi perdeu - de novo.

O final foi sensacional, com Timo Bernhard sustentando uma enorme pressão de Bryan Herta, da Andretti Green, e também de Rinaldo Capello, com o Audi LMP1. Após 2h45min de corrida, os três cruzaram separados por apenas 1,3 segundo. Sensacional!

A GT1 apresentou o filme de sempre: Corvette em primeiro, Corvette em segundo. Jan Magnussen e Johnny O'Connell venceram desta vez - a primeira do ano, quebrando a invencibilidade de Olivier Beretta e Oliver Gavin.

Em contrapartida, quem continua numa boa é a Risi Competizione, com a Ferrari F430. Jaime Melo Júnior e Mika Salo ganharam de novo - a quarta prova consecutiva no ano e a sexta, contando com Petit Le Mans e Laguna Seca no ano passado. Um resultado verdadeiramente fantástico para o piloto brasileiro - que para quem não sabe, é contratado de fábrica da Ferrari.

***

Em Phoenix, também nos EUA, a Nascar fez sua oitava corrida do ano - terceira do COT, o Car Of Tomorrow. Pole e vitória para Jeff Gordon, que nunca tinha ganho no oval do Arizona e com esse triunfo igualou ninguém menos que Dale Earnhardt em número de vitórias. Tony Stewart e o excepcional Denny Hamlin fecharam os três primeiros - todos a bordo do modelo Chevy Impala SS.

Juan Pablo Montoya foi discretíssimo desta vez e classificou-se apenas em 33º. No campeonato, até que ele não está mal - é o 16º, enquanto Gordon assumiu a liderança da temporada com 74 pontos de avanço para Jeff Burton.

Próxima parada: Talladega. E essa eu não vou perder, no domingo que vem, às cinco da tarde.

sábado, 21 de abril de 2007

O jogo dos 10 erros do Fluminense

1º - perdida a tão sonhada vaga para a Libertadores na última rodada contra o Palmeiras, a diretoria demite Abel Braga, o menos culpado pela derrocada do time;

2º - contrata de forma desenfreada jogadores de baixo nível técnico, como Evando e Cláudio Pitbull, traz um um Pedrinho totalmente desacreditado e com um sem-fim de contusões permeando a carreira e aposta em Ivo Wortmann, um técnico sem carisma;

3º - demite Ivo e traz o horroroso Paulo Campos;

4º - contrata Oswaldo de Oliveira e após ótima campanha no Brasileirão pré-copa, demite o treinador - dizem que por pressões do patrocinador;

5º - traz Antônio Lopes, o técnico com o pior aproveitamento dos que trabalharam em 2006. O time vence só um jogo com ele e Lopes depois é demitido;

6º - chamam Paulo César Gusmão, que salva (salva?) o time (time?) do rebaixamento e, pior, o prestigiam para o começo do ano;

7º - afastam Marcão do elenco - erro capital;

8º - contratam 17 jogadores, alguns bons, outros apostas. O time não engrena e PC Gusmão é demitido;

9º - dão o cargo de técnico a Joel Santana, que após o empate vexatório contra o Bahia, também é demitido;

10º - nesse período de novembro/2005 a abril/2007, o Flu perdeu a vaga para a Libertadores, ficou fora da semifinal dos dois últimos Estaduais (fez a pior campanha da história nesse ano), foi eliminado da Sul-Americana com direito a um ridículo gol contra do Tuta, eliminado da Copa do Brasil ano passado pelo Vasco e lutou para não cair à Série B em 2007.

O primeiro semeste já era. O que será do próximo?

Um novo jogo dos 10 erros?

Viver de passado...

Será que é só isso que vai restar aos tricolores?



Bom... pelo menos nesses tempos nós fomos felizes e soubemos disso. Pena que o maior time da história do Fluminense não faturou um bicampeonato nacional, esbarrando no timaço do Inter em 75 e num limitadíssimo Corinthians no ano seguinte.

Filho de peixe...

Atolado até o pescoço de vôlei feminino - a decisão entre Rexona/Ades e Finasa/Osasco foi de arrepiar - só agora posso falar da Stock Car, que começa a temporada neste domingo em Interlagos.

A categoria atingiu um nível de profissionalismo e gigantismo que é impressionante. São 27 equipes (acredito) e havia 49 carros na pista durante a classificação.

E aí está o grande calcanhar de aquiles da temporada: uma lista com 27 pilotos - os 25 melhores do ano passado, mais o campeão e o vice da Stock Light, que terão vagas cativas em todas as 12 corridas do calendário.

É válido? Com certeza. Aliás, nenhum campeão da Stock, a exemplo do que ocorre na Nascar, não deveria ficar fora de qualquer corrida. Mas eu faço um senão a esta regra: acho que poderia haver, a cada três ou quatro corridas, uma reavaliação desta lista de "privilegiados". Como faz a Nascar.

No início do campeonato, só para exemplificar, Joe Nemechek estava fora dos 35 melhores - mas lá é diferente. Quem classifica é o carro, não o piloto. Assim como ele, Michael Waltrip e tantos outros estavam nas mesmíssimas condições.

Sei lá... de repente o melhor fosse colocar as 15 melhores equipes com dois carros cada e oito pilotos se classificariam por tempo.

Eu não sou o dono da verdade, mas com certeza vai rolar muita polêmica ao longo do ano inteiro. Só para ilustrar: Ruben Carrapatoso e Felipe Gama, que estiveram participando do certame de 2006, não vão correr. E nem Enrique Bernoldi e Ricardo Zonta, ambos com passagem pela Fórmula 1 e tudo.

A pole é de um estreante com um sobrenome de responsa: Daniel Serra, filho do tricampeão Chico Serra, com o Bora da Red Bull - equipe chefiada por Amir Nasr. Ele superou por 0s096 a Felipe Maluhy, da Avallone, que sempre consegue ótimos resultados em classificação no Autódromo de Interlagos.

Por ironia, a última fila terá justamente Chico, que é tricampeão da categoria e larga ao lado de Duda Pamplona - claro, os dois e mais Guto Negrão foram beneficiados pela "regra dos 27".

O atual detentor do título, Cacá Bueno, sai apenas em décimo-nono - ou seja, exatamente na metade do pelotão de 38 pilotos.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

"Eu vou pro Rio de Janeiro ver o escrete brasileiro jogar"

O Joaquim deu a dica e cá está. Um vídeo curtinho, mas muito bacana, de Sérgio Sampaio - provavelmente um ou dois anos antes de seu falecimento - tocando entre amigos e cantando "Cala a boca, Zebedeu", outra de suas ótimas músicas que permeou o primeiro disco do cantor, lançado pela Philips em 1973.

E como bem dito pelo nosso amigo, Sérgio é primo de Raul Sampaio, que compôs "Meu Pequeno Cachoeiro", que Roberto Carlos gravou e tornou sucesso.

Saudades da Gang 90

A morte de Júlio Barroso, há vinte e poucos anos, resultou no fim do nosso primeiro e grande grupo de new wave - Gang 90 e Absurdettes.

Júlio era o frontman de um grupo onde o destaque, mais do que sua presença de palco e sua vitalidade e simpatia, eram as meninas que faziam o coro, o chamado vocal de apoio.

Eram May Pinheiro (May East), Luíza Cunha (que depois se casaria com Guilherme Arantes), Alice Pink Pank (uma holandesa que namorou Júlio e depois Lobão) e Denise Barroso, irmã de Júlio.

O grupo começou em apresentações na lendária e finada danceteria Paulicéia Desvairada, de Nelson Motta e lançou-se nacionalmente no festival MPB-Shell de 1981 com "Perdidos Na Selva", emplacou músicas como "Nosso Louco Amor" - já com Herman Torres no baixo e Taciana Barros nos vocais, subsituindo Luíza Cunha - e "Telefone", essa cujo vídeo posto aqui abaixo.

Cotidianas da quinta

Parece que uma outra loira ficou com inveja da Angélica e resolveu:

"Na próxima semana, cinco revistas vão ter minha foto na capa e eu vou ser mais notícia que a vinda do irmãozinho do Napinha Joaquim".

É... Eliana também entra para o rol dos famosos-separados. Eu até conheci o Eduardo Guedes no ano passado, quando ele esteve no autódromo de Interlagos pra acompanhar os bastidores da última corrida da Stock Car e fazer matéria para o programa do Britto Jr. e da monumental Ana Hickmann, onde ele participa. E foi simpático - até disse que assistia o Sportv e gostava de corridas.

Sabe-se lá porque é que casamentos de gente conhecida não dão certo. Ciúmes? Incompatibilidade de gênios e/ou agendas? Frescuras? Drogas? Pederastia? Tudo é possível...

Como bem escreveu meu xará Borges no blog dele, o ótimo Estado de Circo (tem link ali do lado), Eliana vai rapidinho esquecer essa fase onde sossegou o periquito (melhor dizendo, a periquita) e agora vai ser habitué da Caras, como já o são Deborah Secco e Adriane Galisteu, sempre notícia porque estão "apaixonadas" ou "separadas".

Eu hein... já pensaram se cada um de nós usasse uma revista pra dizer que está apaixonado por alguém?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Isso é que é!


E aí, moçada esperta? Que modelo de Nissan Protótipo é esse com as cores da Coca-Cola? E quem será que pilotava essa beleza no Japonês do Grupo C?

Tive o cuidado de editar a fotografia pra não deixar brecha pra outra dica valiosa...

Aproveitando o ensejo...

Lanço o desafio...



Quem é o piloto que está ao volante desse carro, o campeonato ao qual ele pertence e o circuito?

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A Ferrari que tinha tudo pra ser... e não foi (culpa de um alemão aí!)

O amigo de messenger Warlord, fã de heavy metal e automobilismo, tem me abastecido de ótimas fotos que pouco a pouco vou postar no blog. Mas a desse carro é acompanhada de uma história bem interessante.


Quem conhece, sabe que esta é uma Ferrari F50, modelo que sucedeu a lendária F40, que chegou a correr por aqui (lembram?) no Hollywood Granturismo que teve provas em Curitiba e Brasília, vencidas ambas por Nelson Piquet e Johnny Ceccotto, a bordo do McLaren GTR BMW.

Cabe aqui um parêntese. Eu fui, aliás, na coletiva de apresentação do evento no Meridien do Rio, quando trabalhava no Jornal do Brasil. E a assessoria de imprensa era da InPress, do falecido jornalista Ivandel Godinho, seqüestrado e morto de forma cruel.
Fecha parêntese.

Enfim... depois que a F40 foi para o espaço como carro de corrida, a Ferrari planejou a ascensão imediata da F50 para sucedê-la nas pistas. O carro da foto acima já estava praticamente pronto não só para correr no FIA GT como na American Le Mans Series, desafiando Corvette, Saleen e Chrysler Viper.

Estranhamente o projeto foi abortado e por uma simples razão: o fim do desenvolvimento da F50, que oneraria o orçamento do Reparto Corse da Scuderia Ferrari, serviu para ajudar a pagar o salário de um tal de Michael Schumacher. A Marlboro pagava grande parte do bolo, mas a Ferrari tinha que complementar de qualquer jeito o astronômico salário do alemão. E então a F50 de corrida dançou.

Em 2001, estreou a Ferrari 550 Maranello, mas o desenvolvimento do carro ficou a cargo de duas empresas particulares de preparação: a Prodrive e a Michelotto. O resto, como sempre dizem, é história.

Obra-prima argentina

Um gol para deixar alucinado qualquer locutor - inclusive ao da TV árabe Al-Jazeera, que comparou a jogada de Lionel Andrés Messi ao antológico gol de Diego Maradona na Copa de 1986, na partida entre Argentina e Inglaterra.

O vídeo anterior, lamentavelmente, foi excluído do Youtube a pedido da Audiovisual Sport, geradora das imagens da Liga de Fútbol Profisional de España.

A obra-prima foi assinada pelo jovem craque portenho, na partida semifinal da Copa do Rei contra o Getafe. O gol foi o segundo na goleada de 5 x 2.

Vale a pena ver, rever e guardar. E de brinde, agora, o gol do Maradona na seqüência.

Pura magia do futebol mundial em 21 anos.

Cotidianas da quarta

Nesta terra onde babaçu abunda, a imprensa que vive de fofoquinhas faz a festa.

Hoje fui comprar a Rolling Stone e a nova edição da Racing e me deparei com a seguinte situação numa banca de jornal:

Enfileiradas, como soldados do exército, uma... duas... três revistas cuja capa tratava DO MESMO assunto - a gravidez de Angélica, que vai dar a Joaquim um irmão ou irmã.

E o que é que eu tenho a ver com isso?

Simples... vida de jornalista é foda, no mau sentido é claro. Até pra quem cobre esse negócio de artista e fofoca - que é um mercado muito forte (lamentavelmente) na mídia mundial. E falta criatividade a esse pessoal, não é não? Três revistas, três capas, o mesmo assunto, não há Cristo que agüente.

Qual será o palpitante assunto da próxima semana? A enésima separação da Ana Maria Braga?

Fala sério...

***

A zona se instaura na Cidade Maravilha Purgatório da Beleza e do Caos. Estava eu em Copacabana para dar uma passada na clínica de estética onde minha mãe trabalha, e na Miguel Lemos as lojas estavam às escuras. A Nossa Senhora de Copacabana, principal e complicada via do bairro, também. Não tive jeito: subi os DOZE andares de escada, com o joelho doendo e a respiração ofegante. Pelo menos dei um afago na minha querida mãe.

***

Momentos de terror, again. Não bastasse o tiroteio inenarrável nas imediações do Morro da Mineira ontem, nesta quinta o pau quebrou entre polícia e bandidos no Pavão-Pavãozinho. Uma hora é Zona Norte. Outra, Zona Sul. Até quando isso vai continuar?

Será que o governo vai ter que fazer "acordo" como na Eco-92, pensando na integridade de todos os envolvidos no Pan?

Título adiado

A tarde seria de festa no Giuseppe Meazza, em Milão. Hoje, a Internazionale chegaria a mais um Scudetto na partida contra a vice-líder Roma. Aquela mesma Roma que fora massacrada nas quartas-de-final da Liga dos Campeões pelo Manchester United, num incrível 7 x 1.

Mas infelizmente o futebol tem seus caprichos. A Inter, invencível há 31 partidas no certame, vem capitulando há algum tempinho. Senão vejamos: um empate sem gols com a Reggina, fora de casa, que até não foi de todo mau. Domingo passado, novo empate - desta vez em 2 x 2 contra o Palermo, que abriu 2 x 0 no primeiro tempo e não teve competência para derrubar o então invicto.

Eis que a espiaçada, a humilhada e pisoteada Roma faz o que parecia impossível: venceu a Inter em Milão por 3 x 1, quebrou a invencibilidade do time neroazzurro e adiou o título por pelo menos mais uma rodada.

O que dói é que até os 43 do segundo tempo, o título estava ganho e a invencibilidade mantida. Perrotta abriu o placar no fim da primeira etapa para os visitantes e a Inter empatou de pênalti, com Matterazzi.

E então, já com a taça praticamente na mão, começou o pesadelo. Totti cobrou falta aos 44, a bola tocou em Figo e enganou Júlio César. O árbitro Trefoloni deu exagerados e cruéis cinco minutos de acréscimo e aos 50, Cassetti chutou da linha da grande área e deu a vitória que resgata a moral dos romanos.

Pelo menos até a próxima rodada, quando a Inter - que soma 81 pontos contra 68 dos rivais - pode ser campeã no jogo contra o Siena, fora de casa, no Estádio Artemio Franchi.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Por dentro da telinha

Habemus uma nova emissora de televisão - em parte. Começou hoje às 18 horas a história da TV JB, projeto idealizado por Nelson Tanure - dono do Jornal do Brasil e da Gazeta Mercantil.

Os dois veículos de comunicação são a base do novo canal, que vai mixar jornalismo e entretenimento, com programas e apresentadores conhecidos do público.

O Palco JB, tradicional atração da rádio FM, migra para a telinha. A primeira atração, que está no ar enquanto posto no blog é Jorge Vercilo - aquele que tem a voz semelhante ao Djavan e que tocou primeiro na JB.

Boris Casoy, ausente da televisão desde sua saída da Record, é o âncora do Telejornal do Brasil. E (argh!) Clodovil Hernandez terá sua atração - o talk-show Por Excelência, misturando gravações externas e tomadas do seu próprio gabinete - aquele cuja reforma custou R$ 200 mil, além de entrevistas com deputados e senadores. Durma-se com um barulho desses...

A TV JB terá programação apenas e tão-somente de 18h à meia-noite, por enquanto, até que a emissora engrene. Algumas das atrações independentes como o Sabbá Show do inacreditável Daniel Sabbá conseguiram sobreviver. Não se sabe, por exemplo, o destino do Samba de Primeira, de Jorge Perlingeiro.

Mas a mudança dos rumos da emissora, que um dia já foi Rede OM e depois Central Nacional de Televisão (CNT), matou o programa Mesa Redonda, que por 14 anos se manteve firme na programação. Aqui no Rio, a atração era comandada pelo "Verdadeiro Garotinho" José Carlos Araújo, que levou sua tropa para a Bandeirantes, para comandar a edição carioca do programa Jogo Aberto.

***

E por falar em TV, na guerra declarada contra a Globo - que já resultou na compra dos direitos dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres - a Record contratou a correspondente internacional Heloísa Villela, radicada nos EUA há 17 anos. Informações davam conta que a Globo queria transferir a repórter para o Brasil e ela não queria. A proposta da Record, que vai encaixá-la no escritório de Washington, caiu como uma luva para Heloísa.

Assim, ela engrossa a lista de ex-jornalistas da campeã de audiência, que já perdeu para Record nomes como Celso Freitas, Silvestre Serrano, Lúcio Sturm, Arnaldo Duran e Rodrigo Vianna - este último demitido pouco depois da cobertura das eleições 2006.

Os F-1 que nunca correram - XVI

Voltamos com todo o gás na série dos carros de Fórmula 1 que nunca correram em nenhum grande prêmio.

O décimo-sexto da listagem é de uma das muitas equipes que passaram pela categoria e cujo nome era formado por uma sigla.

Automobiles Gonfaronaises Sportifes - AGS

Fundada por Henri Julien em 1969, a AGS se especializou na construção artesanal de modelos de Fórmula 3 e Fórmula Renault antes do grande salto - a F-2 européia.

Em 1980, Richard Dallest surpreendeu a todos ao conquistar duas vitórias com o JH17 dotado de motor BMW, algo que não acontecia desde a época dos Martini e Elf-Renault. Até 84, quando a categoria foi extinta, a AGS foi participante regular do campeonato e no ano seguinte, com a criação da Fórmula 3000, Henri Julien botou um carro na pista, primeiro com Philippe Streiff e depois com Dallest.

Em 1986, o Jolly Club entrou na Fórmula 1 associado à AGS, inscrevendo o JH21C modificado com motor Motori Moderni V-6 Turbo para Ivan Capelli correr nos GPs da Itália e Portugal, abandonando ambas as provas.

No ano seguinte, com a mudança do regulamento que voltou a permitir os motores de aspiração normal, a AGS comprou unidades do Ford Cosworth e construiu em sua oficina o insólito JH22, montado sobre o chassi do Renault RE40 de 1983, com assoalho de madeira compensada. Pascal Fabre, medíocre piloto francês, não conseguiu nada além de fazer quilometragem e largar entre os últimos. Ou em último.

Para o GP do Japão, chamaram Roberto Moreno. E o brasileiro, mercê a desclassificação de Ayrton Senna na Austrália, chegou em sexto e marcou o primeiro ponto da história da equipe.

Moreno seria naturalmente o titular em 1988 mas, sem qualquer patrocínio, deu lugar a Streiff, que ficaria tetraplégico após um acidente grave na curva do Cheirinho em Jacarepaguá, num teste de pneus.

Depois disso, tudo o que a AGS conseguiu foi mais um sexto lugar, com Gabriele Tarquini no GP do México de 1989. A partir daí, começou a lenta agonia da escuderia. O catastrófico JH24, que só correu no Brasil com Yannick Dalmas, deu lugar ao JH25, que melhorou um pouquinho a situação da equipe - que mesmo assim colecionou sete desclassificações com os dois carros ao longo do ano.

O carro voltou em 1991 na versão B, revisada, participando de três provas com Gabriele Tarquini e, mesmo com a situação financeira precária, a AGS lançou seu último carro, aquele que nunca correu.


Aqui acima, vemos o modelo JH27, com Gabriele Tarquini tentando inutilmente a classificação para o GP da Itália, onde o carro estreou. O carro era muito ruim e foi impossível conseguir um lugar entre os 26 do grid. Tarquini perdeu a paciência e se demitiu da AGS, trocando com Olivier Grouillard na Fondmetal.


O francês nem chegou a esquentar o lugar, pois no GP da Espanha a AGS fez sua última aparição na Fórmula 1. O segundo piloto da equipe, Fabrizio Barbazza, foi junto com o único carro inscrito para o GP do Japão, mas na véspera do primeiro treino foi decretada a falência do time e a AGS fechou melancolicamente suas portas, com um retrospecto de 47 corridas disputadas e apenas dois pontos somados.

Cotidianas da terça

Este país, que já anda muito sem graça, perdeu um pouco do riso com a morte de Nair Bello.

A comediante de 75 anos faleceu depois de uma agonia de cinco meses em coma num hospital da capital paulista.

É pena que as novas gerações de humoristas não cheguem aos pés de gente como Nair, Ronald Golias, Brandão Filho, Roni Cócegas, Ivon Curi, Geraldo Alves, Walter D'Ávila, Costinha e os ainda vivos José Vasconcellos e Jorge Lorêdo.

Ontem, no Vídeo Show - que aposentou a trilha sonora da abertura depois de 26 anos - pra quem não sabe, é um trecho de Don't Stop Til' Get Enough, faixa de abertura do excelente "Off The Wall" de Michael Jackson (1979) - deu pena ver Jorge Dória conversando com Lúcio Mauro Filho, entrevado numa cama e com a parte direita do corpo paralisada e a fala afetada por um acidente vascular cerebral sofrido há quase dois anos.

***

Mas, como já bem dito por ai, a lembrança dos programas do fim de semana não será o talento e o riso fácil que Nair Bello provocava na gente. É (graças a Deus) o término da dupla Sandy & Júnior, que por intermináveis 17 anos castigaram nossos ouvidos com canções medíocres, shows bizarros e um não menos bizarro programa de TV que teve como mérito revelar ao mundo a beleza de Fernanda Paes Leme, filha do jornalista Álvaro José.

***

Para terminar, a manhã foi caótica em alguns bairros do Rio de Janeiro. Quem mora em Laranjeiras, como eu, sofreu com o trânsito louco em razão da interdição do Túnel Santa Bárbara, por dois motivos:

O primeiro, um acidente no sentido Zona Sul que envolveu oito veículos.

O segundo, um tremendo tiroteio nos morros das imediações do Catumbi, que foram invadidos por traficantes dos morros da Mangueira e do Alemão. Tem gente escondida da polícia até no cemitério. Velórios e enterros foram suspensos para evitar um festival de balas perdidas - uma delas atingiu um passageiro de um ônibus, quando rumava hoje para o trabalho.

É essa cidade que quer ter o Pan 2007.

O Globo também erra

Errou o repórter Walmor Freitas em sua matéria que abre a seção de Esportes em O Globo nesta terça-feira, falando do ótimo goleiro Gatti, da Cabofriense.

O homônimo portenho citado na matéria nunca jogou por aqui. Hugo Gatti tinha exatamente o visual citado na matéria - cabelão loiro e fitinha na cabeça - mas foi goleiro do Boca Juniors nos anos 70. E daqueles bem presepeiros, estilo Chilavert, provocando pra valer a torcida adversária. Nos anos 90, inclusive, Gatti jogou pela seleção argentina de Masters - naqueles torneios promovidos pelo Luciano do Valle.

O goleiro ao qual provavelmente a matéria queria se referir era Miguel Ángel Ortiz, que jogou no Atlético Mineiro e tinha um visual insólito: cabelão grande, fitinha na cabeça e bermudão até próximo do joelho. Ortiz jogou o Campeonato Brasileiro de 1976 e no ano seguinte, foi defenestrado do Atlético porque entregou o ouro contra um time pequeno. E enquanto esteve no Galo, também deixou sua marca de artilheiro - converteu sete cobranças de pênalti.

Viu, Rogério Ceni? Não foi Chilavert que fez escola como goleiro-artilheiro. Foi Ortiz.

Aliás, agradeço a quem descobrir fotos dos dois goleiros e me enviar para postagem no blog.

Botando o bloco na rua

O cantor capixaba Sérgio Sampaio morreu há mais de 10 anos. Tido como "maldito", deixou para a MPB a participação em discos como Sessão das 10, produzido e idealizado por Raul Seixas, e grandes músicas.

Uma delas foi inscrita no último Festival Internacional da Canção (FIC), em 1972. E foi sem dúvida o maior sucesso de sua carreira.

"Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua"

Que tem um registro em vídeo, no DVD (até o ano passado inédito) que veio junto com a gravação remasterizada do festival Phono 73, da Philips, no Anhembi.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Mea culpa

Não, não se trata de uma confissão de culpa.

Pelo menos da minha parte.

A expressão em latim é o título de um dos melhores livros lançados nesse ano. A quebra do silêncio que permeava a vida de um dos homens mais comentados dos últimos 30 anos, que se envolveu num dos crimes mais rumorosos deste país.

Refiro-me à Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street.


Doca Street: o recomeço após a condenação e um livro sensacional

Hoje perto de completar 73 anos, Doca reuniu toda a coragem que lhe foi possível para contar toda a história que o levou a matar, com quatro tiros, Ângela Diniz - a Pantera de Minas - com quem tinha um caso que praticamente acabou com seu segundo casamento.

Foi uma relação frenética, marcada pelo coquetel que embalava o grand monde dos endinheirados nos anos 70: sexo, álcool e muitas drogas - principalmente maconha e cocaína. Para acabar com o bode, champagne Veuve Clicquot e suco de laranja de manhã. Era esse o combustível de uma paixão proibida - porque Ângela era amiga da esposa do Doca, a milionária Adelita Scarpa - e avassaladora.

Mas que como todo caso assim, acaba mal. Muito mal. Em 30 de dezembro de 1976, na casa em que estava em Búzios, os dois tiveram uma discussão. Ângela teria chamado Doca de corno e dito que para continuar com ela, teria que dividi-la na cama com outras mulheres e outros homens. Derrubou a pasta do amante e a pistola dele caiu. Doca pegou a arma e atirou. E matou Ângela.

Fugiu, mas entregou-se. Preso, foi julgado no Fórum de Cabo Frio - pois Búzios ainda era um distrito da cidade litorânea - em 1979. Defendido por Evandro Lins e Silva, Doca foi condenado a apenas dois anos, com direito a sursis e sob a alegação da "legítima defesa da honra", depois de um embate histórico entre o lendário jurista e um de seus grandes pupilos - Evaristo de Moraes Filho, pela acusação.

Saudado como herói, Doca ficou muito pouco tempo em liberdade. Tentou retomar a vida normal, trabalhando em São Paulo vendendo carros, já que se desligara de sua empresa que construía pontes e silos - a Brasilos, para se envolver com Ângela. Mas o primeiro julgamento foi anulado e uma nova sentença seria anunciada, em 1981 - novamente em Cabo Frio.

Desta vez, ele desceu à condição de vilão. As feministas, criadoras do movimento Quem ama não mata - que originou na época uma minissérie de muito sucesso na TV Globo - pediam a condenação expressa de Doca, acusado a reboque de seu crime de ser gigolô, playboy e traficante.


Doca matou, sim. Merecia ser punido, sim. Mas não era nem gigolô e traficante. Muito menos playboy, pois como já dito, tinha seus próprios negócios e no pouco tempo de liberdade, nunca deixou de trabalhar.

Foi condenado, enfim, a 15 anos de prisão. E durante trinta meses, cumpriu a pena em regime fechado, na Frei Caneca, onde era protegido dos criminosos da maior facção do Rio de Janeiro, a Falange Vermelha. A família dele tinha também excelentes relações com o falecido bicheiro Castor de Andrade. E tamanha influência permitiu a Doca Street ter um mínimo de conforto, que incluía televisão na cela, ventilador, boa comida e água quente no chuveiro. E não só para ele: todos os seus protetores usufruíam das regalias.

Daí em diante, passou a regime de prisão semi-aberta e graças à condicional, podia trabalhar e dormir em casa, já vivendo com Marilena, sua terceira esposa. Mas nada de bobagens, senão a porta da cadeia era a serventia da casa. A pena expirou há 10 anos, e mesmo depois de tanto tempo, Doca confessa que não consegue tirar da memória a cena de Ângela estirada no chão frio de uma casa de praia, sem vida.

O livro, escrito a pedido de seu filho mais velho - e que por iniciativa de Doca Street seria um depoimento a Fernando Morais, que por problemas de agenda, recusou o trabalho (mas depois leu emocionado os originais, de uma só levada) - é uma espécie de libertação de um fantasma que insiste em acompanhá-lo não só desde 1976, mas com certeza desde que se deixou encantar por uma jovem morena que se dizia "bonita, rica e boa de briga."


De fato, ela era tudo isso. Só que naquela véspera de fim de ano, não teve nem como se defender.

O carro da pegadinha


Desta vez quase (eu disse quase) consegui ser cruel. Mas os olhos atentos dos amigos Jonny O' Quest e FelipeW - e por que não dizer, do Caíque - conseguiram perceber que era um Gebhardt JC843/02, correndo numa prova da bizarra Intersérie em Most, na hoje Eslováquia. Até acertaram o nome do piloto - o suíço Rüdi Jauslin.

Na foto acima, eis o carro em sua versão original, como foi concebido em 1983, disputando uma corrida no circuito de rua de Norisring com o sueco Kenneth Persson ao volante. Na ocasião o bólido tinha motor Toyota e na Intersérie foi equipado com um motor Ford Cosworth muito mais potente e dotado de aerofólio traseiro, como se viu na imagem do post abaixo.

Os carros construídos por Günther Gebhardt resistiram no Mundial de Grupo C até 1991, quando a categoria já agonizava. Anos depois, foram reutilizados na Intersérie e depois surgiram até alguns protótipos Spyder para disputar a International Sports Racing Series - ISRS, que depois virou o FIA Sportscar Championship.

Que bicho é esse? - IV


Mais um enigma: que carro é esse, quem é o piloto, a pista e a categoria que essa trapizonga disputava?

Aguardo a participação da galera!

Qualquer semelhança...


A foto aí acima mostra o novo troféu para o campeão brasileiro da Stock Car, agora com o pomposo nome de Copa Nextel - igualzinho (só no nome) à Nascar.

Mas, vem cá... não lembra um outro troféu, de um filme-desenho muito famoso?

Um corpo que cai

Alfred Hitchcock que me perdoe... mas para falar do ocorrido com Doris Giesse, só apelando para o título de um de seus filmes mais famosos.

É impressionante o ocaso enfrentado por ela. Há alguns anos, depois de despontar no extinto Jornal de Vanguarda, da Bandeirantes, apresentou o Fantástico e chegou a ter um programa só dela, Doris Para Maiores, no início dos anos 90 - que assim como a saudosa TV Pirata funcionou como embrião do Casseta & Planeta, Urgente!

Ela saiu da Globo, ainda trabalhou no SBT e na Record, mas nos últimos anos, andou sumidíssima da mídia. E esse sumiço lhe custou caro. Em 2002, confessou ser alcóolatra, além de passar fome e tentar suicídio - um sintoma claro de profunda depressão. Doris chegou a pedir emprego no ar porque o marido dela (ou ex, não sei) não a deixava trabalhar.

Aliás, esse marido dela é jornalista e ao entrevistá-la para uma revista, passou o rodo na Doris, literalmente.

O acidente que a mandou para o hospital neste domingo com um corte profundo na perna direita e fratura no cotovelo esquerdo aconteceu em Perdizes, bairro de São Paulo. Foi dito por um assessor que ela "teria escorregado e caiu ao segurar o gato de seus filhos".

Será mesmo?

domingo, 15 de abril de 2007

Pitacos velozes

Num fim de semana repleto de eventos automobilísticos em todo o mundo, só dá pra resumir todo o resto num post só. Então, vamos aos pitacos velozes!

GP2

Nicolas Lapierre se deu bem com o grid invertido na segunda etapa do Bahrein. Oitavo na corrida do sábado, pulou na frente e de lá não saiu mais. O piloto da DAMS, a exemplo de Luca Filippi, venceu sua primeira corrida na categoria. Os brasileiros não foram bem e não pontuaram.

A1GP

A Alemanha é a campeã da Copa do Mundo de Automobilismo, com os resultados da prova da China. A Grã-Bretanha, com Robbie Kerr, venceu a primeira prova e a segunda foi ganha por Jonny Reid, pela Nova Zelândia. Os germânicos, durante o ano, foram muito bem representados por Nico Hülkenberg - cuja carreira já é gerenciada por Willi Webber - e Christian Vietoris, de apenas 17 anos. O Brasil seguiu sua trajetória medíocre e nem Vítor Meira deu jeito, abandonando as duas etapas.

Fórmula Nippon

Nada de pontos para João Paulo de Oliveira e Fábio Carbone na segunda etapa do certame em Suzuka. Só deu japa no pódio e a vitória foi de Satoshi Motoyama. Com duas provas cumpridas, liderança para Tsugio Matsuda, que tem 16 pontos.

Fórmula 3

Triunfo brazuca em Suzuka. Roberto Streit, que está em seu terceiro ano no Oriente, cumpriu um bom fim de semana. Fez um terceiro lugar na primeira prova da rodada dupla e venceu a segunda. A próxima etapa é em Motegi, no fim de semana do aniversário do dono deste blog, dias 19 e 20 de maio.

ChampCar

Depois de um início de temporada desastroso, Sebastién Bourdais deu as cartas e venceu em Long Beach, na segunda prova do campeonato. O tricampeão deixou Oriol Servia - que de última hora substituiu Paul Tracy em segundo e o líder do campeonato Will Power em terceiro. Bruno Junqueira colecionou mais pontos - foi um razoável sexto colocado.

Fórmula Atlantic

Mais uma vitória brasileira do fim de semana veloz. Raphael Matos dominou uma corrida acidentadíssima, com 31 carros na pista e mostrou que se tiver oportunidade, vai brigar pelo título. Luiz Mussi estreou pela Gelles e foi um modesto 20º colocado.

World Series

A categoria que corre com chassis Tatuus e motores Renault estreou com rodada dupla em Monza. No sábado, vitória de Mikhail Aleshin, da Rússia. Neste domingo, foi a vez do mexicano Salvador Durán atingir o topo do pódio. O único brasileiro inscrito, Carlos Iaconelli, não marcou pontos.

Le Mans Series

Com 46 carros no grid, a Le Mans Series deu a largada para a temporada 2007 na disputa dos 1000 km de Monza. Como previsto, a Peugeot venceu, com Marc Gené e Nicolas Minassian. Mas não em dobradinha. Um problema de câmbio tirou da disputa o outro carro, com Pedro Lamy e Stéphane Sarrazin - que ainda chegaram em terceiro. Entre os dois protótipos 908 Diesel chegou o Pescarolo-Judd de Jules Boullion e Emmanuel Collard.

Na classe LMP2, o brasileiro Thomas Erdos enfrentou problemas no trecho final de corrida, mas chegou em segundo na sua divisão. Didier Theys/Eric van de Poele/Fredy Lienhard venceram com um Lola-Judd. Na LMGT1, ganhou o Corvette de Alphand/Policand/Goueslard e na LMGT2, triunfo da Ferrari de Hernandez/Bonetti/De Simone.

Copa Clio Brasil

Eduardo Garcia fez a pole, mas foi Wagner Cardoso, da equipe Officer, quem venceu a segunda corrida da Copa Clio Brasil em Londrina, no Paraná. José Córdova, vitorioso na abertura em Curitiba, desta vez não completou.

Marcas

No Brasileiro de Marcas, que também correu em Londrina e realizou a exemplo da Copa Clio sua segunda corrida, deu César Bonilha de ponta a ponta, deixando o campeão de 2006 Fábio Ebrahim em segundo. Geraldo Sermann chegou em terceiro e lidera.

Endurance

Vitória de um protótipo Aldee Spyder com motor VW na abertura do campeonato em Londrina. José Hofig Ramos e Maicon Tumiate triunfaram na corrida de 3 horas de duração, sobrepujando o Mitsubishi Lancer campeão do ano passado, tripulado por Edu Souza Ramos e Leandro de Almeida. Apenas 22 carros largaram. É muito pouco...

TC2000

Mais de 24 mil pessoas lotaram o Circuito de Bahia Blanca para ver a terceira etapa do campeonato. Matías Rossi, o atual campeão, dominou o fim de semana, vencendo a prova classificatória e a corrida de fundo com seu Chevrolet Astra. Cacá Bueno só deu uma volta com seu Honda e abandonou. Gabriel Ponce de León, da Ford, lidera o campeonato.

O senhor do deserto


O GP do Bahrein não foi nem sombra do que se esperava. Também pudera: Lewis Hamilton só tentou atacar no final. Kimi Raikkönen fez uma corrida burocrática e Fernando Alonso teve uma atuação totalmente sem brilho.

Aí alguém perguntaria: "Isto empana a vitória do Felipe Massa?"

Evidente que não, pois o brasileiro da Ferrari pôs a casa em ordem desde a sexta-feira. Quem mostrou desde o início que tinha condição e carro para vencer era ele, não os adversários. E ele deixou claro durante todas as 57 voltas que os erros da Malásia não o influenciaram e que a equipe ainda o apóia. Não foi à toa que Jean Todt, pelo rádio, elogiou a performance de Felipe dizendo que fora uma "corrida de campeão".

Não chega a tanto. Mas, sem pressão alguma, ele mostrou que pode ser um vitorioso no difícil epicentro da Fórmula 1.

Quem também mostrou brilhantismo à altura de Massa foi Nick Heidfeld. Aliás, o alemão tem tido um começo de temporada extraordinário. É verdade que ele não sai da quarta posição e nas três primeiras provas do ano, só deu Ferrari e McLaren no pódio. Mas ele é o dínamo que coloca a BMW como terceira força entre os construtores e, pombas!, deu um passadão em Fernando Alonso que envergonhou Ron Dennis e tirou um sorriso franco do sisudo Mario Thiessen.

Nota 10 para o Falcon, que vai obscurecendo o veloz e promissor Robert Timmy Kubica.

Barrichello, coitado, se arrastou para ser décimo-terceiro com a carroça da Honda, já apelidada jocosamente de Eca-Honda. E não é pra menos: o RA107 é péssimo. Nem Madre Teresa de Calcutá dá jeito e os engenheiros, que não são milagreiros, terão que se debruçar no túnel de vento e tentar salvar o carro até o Canadá, quando a versão B do mundinho de Rubens ficar pronta.

Mas o mais legal do fim de semana, depois de uma corrida bem meia-boca é olhar a classificação do campeonato e constatar:

1º Fernando Alonso, Kimi Raikkönen e Lewis Hamilton - 22 pontos; 4º Felipe Massa - 17 pontos; 5º Nick Heidfeld - 15 pontos.

É... três pilotos rigorosamente empatados em pontos, mas com Alonso levando vantagem em razão de uma vitória e um segundo lugar. Algo que não acontecia desde a primeira temporada da história da F-1, em 1950.

E ainda tem quem sinta falta do Schumacher!

Como diz o mestre Edgard Mello Filho, vão caçar um serviço!

sábado, 14 de abril de 2007

Going To California


Acabo de assistir à terceira corrida da American Le Mans Series, pelo Speed (tecla SAP neles!) - e com a ancoragem competente de Leigh Diffey na transmissão, ajudado por Calvin Fish (quem acompanha automobilismo desde os anos 80 há de lembrar desse cara) e Brian Till nas reportagens.

E após 1h40 de prova, a mais curta do ano, a surpresa maior de 2007: a Audi perdeu!

Sim... o invicto protótipo R10 Turbodiesel também tem suas fraquezas. Pista de rua não é o forte do carro, batido inapelavelmente pelos Porsches e protótipos com motores Honda (Acura), cuja relação peso/potência é melhor em pistas mais travadas.

Some-se a isso uma situação infeliz no meio da corrida, quando Emanuele Pirro liderava depois de uma ultrapassagem de tirar o fôlego sobre Dario Franchitti até ser atingido pelo Porsche GT2 de Jörg Bergmeister. Com um pneu furado, o italiano perdeu duas voltas até chegar aos boxes e a equipe processar a troca.

E não foi só isso. Graças a escassez de bandeiras amarelas - houve só uma, na 12ª volta - o outro Audi, de Capello / McNish, precisou fazer um pit em bandeira verde e perdeu mais tempo que os rivais.

A Penske, que processou suas trocas no primeiro terço de corrida, avançou célere para os primeiros lugares e conquistou uma saborosa e merecidíssima vitória com o Porsche RS Spyder - a segunda do modelo na classificação geral de uma corrida (a primeira tinha sido em Mid-Ohio).

Os vitoriosos foram Romain Dumas / Timo Bernhard, com Ryan Briscoe / Sascha Maassen completando a dobradinha. E mais: Andy Wallace / Butch Leitzinger ainda chegaram em terceiro porque o Lola Acura de Adrián Fernandez e Luis Díaz ficou sem combustível na última volta.

A Audi, sem concorrência na classe P1, limitou-se a ganhar na sua divisão, com McNish e Capello amargando um sétimo lugar na geral. O Corvette de Beretta / Gavin ganhou na GT1 o duelo doméstico contra Magnussen / O'Connell e na GT2, pela sexta prova seguida, vitória do Ferrari da Risi Competizione, com Jaime Melo e Mika Salo.

Melo é piloto de fábrica da Ferrari. Por que não sonhar em vê-lo como test driver do carro de Fórmula 1 daqui a alguns anos?

Não é impossível...

Robinho é o catzo!

Aleluia!

Ficamos livres de ouvir que Lewis Hamilton é o Robinho no fim de semana do GP do Bahrein.

A explicação: quem narra a corrida pela Globo é Cleber Machado. E pelo visto o narrador é sensato o bastante para não se deixar levar por tal babaquice.

Hamilton não é Robinho. Hamilton é o cara!

Em três corridas, já cravou dois pódios e larga na primeira fila mais improvável de todas em 2007. Afinal de contas, seria lógico que Kimi Raikkönen e Fernando Alonso colocassem seus companheiros de equipe no bolso. Mas Caetano Veloso tinha razão.

"Alguma coisa está fora da ordem".

E Massa continua muito rápido nos treinos. Resta saber se terá a mesma performance na corrida.

Diga-se de passagem, quem prestou bastante atenção no treino e o Flavinho Gomes foi um deles, percebeu que na hora inteira da qualificação só se falou no piloto brasileiro.

Caberiam sem dúvida outros assuntos em 60 minutos:

- A impressionante diferença de desempenho entre Mark Webber e David Coulthard nos treinos;

- Quatro carros com motores Ferrari nas seis últimas posições. Donde se conclui que Spyker e Toro Rosso têm projetos falhos ou ruins mesmo;

- A lenta e gradual evolução da Honda, com Barrichello - pela primeira vez no ano - largando na frente de Jenson Button;

- A Aguri dando pau na matriz de novo, em ótima performance de Anthony Davidson;

- Williams, do limbo para as primeiras filas, a grande surpresa do início do ano;

- A esperada decepção da Renault.

É muito assunto, claro. Mas dá pra falar de pouquinho em pouquinho. Agora, só do Felipe como se a F-1 fosse só ele e os outros 21 pilotos não existissem, é demais.

Um exemplo, como muito bem citado pelo Flavinho, é a presença do Luciano Burti nas transmissões. Ele torce deslavadamente para a Ferrari - isso é notório em seus comentários nada imparciais. Até acrescenta na parte técnica, mas torna-se irritante pela situação descrita acima.

Como minha vó já dizia, um incomoda muita gente... dois incomodam muito mais.

Deu Filippi na GP2

Acabo de saber pelos sites especializados que Luca Filippi dominou como quis a abertura da GP2 no Bahrein. O italiano, estreando pela Super Nova, largou na pole position e venceu sossegadíssimo.

Xandinho Negrão, que era um ótimo segundo no grid, ao que consta bateu com Andreas Züber logo na segunda curva e depois abandonou. Sérgio Jimenez fez o que lhe foi possível, terminando em 15º e Antonio Pizzonia foi um medíocre 17º colocado.

Impressionante foi a estréia de Bruno Senna, que nem de longe tinha um dos melhores carros da pré-temporada. O piloto da Arden, sobrinho de Ayrton, foi consistente e inteligente, chegando na quarta colocação, imediatamente à frente de Lucas di Grassi, da campeã ART Grand Prix.

Ah... a turma da iSport completou o pódio da primeira rodada barenita, com Glock em segundo e Züber em terceiro.

A pole da prova de amanhã, com grid invertido do primeiro ao oitavo é da... Durango!

A pior equipe do ano passado já ganhou um ponto com Borja García. E a primazia da pole position.

O Sportv, que fechou o pacote de transmissão ao "apagar das luzes", exibe as duas provas em VT. A de hoje, às 17h45 e a de amanhã, às nove da noite - pouco antes do compacto do GP do Bahrein que a emissora também exibe.

Do fundo do baú

Estádio Olímpico de Montreal, Canadá. O ano é 1977. Emerson, Lake & Palmer, em turnê, colocam no palco juntos com o trio de rock progressivo, 65 integrantes de uma Orquestra Sinfônica.

O resultado é uma sensacional versão de "C'est La Vie", clássico do grupo.

Só conferindo no vídeo.

Aliás e já ressalvando...

Se a Odepa pisa na bola e dá de ombros com a questão de atrasos nas obras, é bom que se abra o olho com a FIFA.

Um ano antes, como já é praxe, o Brasil (que é candidato único à Copa de 2014) deverá sediar a Copa das Confederações.

A entidade máxima do futebol não vai tolerar atrasos em nenhuma obra. Tudo terá que estar pronto para 2013 - do contrário a competição será realizada em outro país, o que seria vergonhoso para a CBF e nosso futebol.

Pensando bem... vergonha é uma palavra que não consta no vocabulário de qualquer dirigente esportivo por aí. Com honrosas e raríssimas exceções.

Teeeempo esgotado

Se as minhas contas não falham, estão faltando 90 dias para os Jogos Pan-Americanos.

Muito bem.

Preconiza a cartilha da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), comandada por Don Mario Vazquez Raña, que qualquer dos aparelhos esportivos erguidos ou reformados para o evento já devem estar PRONTOS e operando ainda que em fase de teste para a competição.

Não foi assim há quatro anos em Santo Domingo, na República Dominicana.

E nem será aqui no Rio de Janeiro, claro.

Aliás, tem alguma coisa pronta para o evento? Alguém sabe me dizer?

É estranha a condescendência da Odepa. E não surpreende a irresponsabilidade do CO-Rio, que muito prometeu e quase nada cumpriu.

O cronograma de obras é piada. O superfaturamento das mesmas é vergonhoso. E nada veio à tona. Ainda.

Quando vier - e se vier - saiam de baixo. Vai ser uma bomba sem tamanho e o bordão do Sílvio Santos cairá como uma luva nas pretensões de gente como CEM e Ruy Cezar.

O prazo deles como homens públicos estará mais do que esgotado. Aliás, faz tempo que está vencido e eles não sabem.

Rede de intrigas e injustiças

Estou naqueles dias em que acordo no pique, então vai post atrás de post nessa manhã de sábado.

Em dois dias praticamente consecutivos, nos deparamos com notícias muito parecidas nos jornais, internet e televisão.

Duas crianças morreram praticamente da mesma maneira, abandonadas por seus pais dentro de carros trancados.

Policiais e - pior - magistrados participavam de rede de corrupção envolvendo bicheiros e uma deputada que foi inspetora no Rio foi flagrada em conversa comprometedora após grampeamento do seu telefone.

Há do leitor dizer... "é, faz parte do nosso cotidiano, tudo isso que está escrito aí acima".

Não. Não está. Ou melhor: não deveria.

Que pais são esses que negligenciam seus próprios filhos e acabam lhes tirando a vida em situações no mínimo insólitas? Esquecer criança dentro de carro?!? Como pode um negócio desses?

Não tem desculpa: nenhuma criança, por mais rebelde que seja, não merece isso, nem sob punição, castigo ou qualquer coisa que o valha.

***

Quanto à corrupção, lamentavelmente esta é uma instituição universal. Não é só privilégio do Brasil. E vira e mexe, algum desses nichos de ladroagem é desbaratado. Ontem, a operação chamada de "Hurricane" (Furacão) varreu de baixo do tapete uma rede que fazia negociatas a fim de obter liminares à máfia dos caça-níqueis.

Entre os 25 presos, despontam três magistrados, um titular do Ministério Público, alguns advogados, vários policiais e os bicheiros Turcão, Anísio e Capitão Guimarães.

Que vem a ser presidente da Liga das Escolas de Samba. E Anísio é o presidente de honra da Beija-Flor... se bobear, vão descobrir também que houve compra de jurado pro carnaval desse ano.

Enfim, voltando ao assunto anterior. Além das prisões, alguns bens e muito dinheiro foram arrestados. Os 30 carros - quase todos importados - foram para um armazém do Cais do Porto, porque na Polícia Federal não cabia tanta máquina junta. A frota é avaliada em US$ 2,5 milhões - mesma quantidade de dinheiro que foi achada na casa de alguns dos envolvidos.

Bom, não estamos mais no tempo do vovô, que guardava dinheiro no colchão. Mas... não é suspeito ter US$ 47 mil em casa, com tanto banco para guardar essa grana toda?

***

A Polícia do Rio não participou da operação. Dizem que pra não vazar a informação de que o "Furacão" passaria, pois temiam a fuga de alguns dos indiciados.

Sábia decisão, porque por aqui a situação vai de mal a pior.

Lembram de Álvaro Lins (de triste memória) e o chamado "grupo dos inhos"?

Eles voltaram à tona como merda que bóia na água, através de novas e importantes denúncias de desmandos e escândalos.

A inspetora e hoje deputada federal pelo Estado do RJ, Marina Maggessi (PPS), foi flagrada numa conversa altamente comprometedora, onde ela sugeria que um policial desse um tiro no meio das fuças de um delegado. Isso foi em 31 de outubro, antes que assumisse o seu mandato como parlamentar. E o policial da conversa grampeada é ligado ao grupo de Álvaro Lins.

"Vontade de matar não é crime", teria dito a inspetora.

Olha... se eu sou o Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara, mandaria a sra. Marina Maggessi já, para o Conselho de Ética.

Matar não é crime?

É... pensando bem, num país como este, onde o ladrão de galinha é quem vai pra cadeia e gente como Maluf, com provas mais do que evidentes de que o hoje deputado federal é um tremendo ladrão, continua solta por aí.

BMG = Babou, Mil Gols!

Virou obsessão. O Vasco não esconde que, custe o que custar, nem que seja num reles amistoso, Romário fará o milésimo gol. E a diretoria foi pela via mais fácil: em vez de reforçar o time, que é fraco, mostrou a porta da rua para o técnico Renato Gaúcho.

Renato Portaluppi é guerreiro desde que a carreira de boleiro começou há mais de 20 anos. Filho caçula de uma família enorme de irmãos, foi padeiro e depois aprendeu a arte do drible jogando no seu tricolor do coração - o Grêmio.

Depois a história, todo mundo conhece. Foi campeão por onde passou como jogador: o próprio Grêmio, Flamengo, Cruzeiro, Fluminense, e por aí vai. Tornou-se treinador quando a idade já pesava nos ombros e rapidamente se imiscuiu como uma das revelações do ofício. Pôs o Flu numa semifinal de Brasileiro em 2002 e foi sexto com o Vasco ano passado.

Tanto em 2002 no tricolor, como agora em São Januário, Renato teve que apagar incêndios e administrar vaidades. Claro que Romário sempre teve privilégios, isso é latente. Mas... a ponto de jogar um bom trabalho fora, aí já é demais.

Nota zero para o rotundo presidente vascaíno que - tomara! - perderá se assim houver justiça, a eleição marcada para breve, onde Roberto Dinamite é o seu opositor.

E, cá pra nós... que treinador em sã consciência há de aceitar um convite pra trabalhar no Vasco, num ambiente tão conturbado e sabendo que a próxima partida do clube é só em maio?

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Que bicho é esse? - III


Mais um desafio para vocês: que protótipo é esse? Quem são os pilotos? Qual a pista e em que ano essa bagaça correu?

Isso aqui ô ô...

O exotismo fashion dos deputados e senadores está fora de combate. Esta e outras leis que em nada contribuem para o desenvolvimento nacional, como a exclusão da segunda-feira como dia útil (se Garfield fosse parlamentar, comemoraria...) foram votadas e aprovadas, deixando de lado tantas outras questões importantes que permeiam o Congresso.

Já a partir de hoje, nada de chapéus de couro, lenços, botas ou bombachas. Os adereços eram utilizados por parlamentares como o paraense Edigar Mão Branca (PV) e o gaúcho de fronteira Pompeo de Mattos (PDT), que usa uma vistosa bombacha para "impor respeito".

- É meu traje de gala, tentou justificar.

Mas o mais extravagante e bizarro de todos os deputados sequer foi atingido. O costureiro Clodovil Hernandez, que no dia da posse estava vestido à moda antiga com chapéu, terno creme, sapato bicolor e bengala, gastou R$ 200 mil na reforma de seu gabinete e nem por isso foi admoestado pela casa.

E ele ainda vai ganhar um programa na TV Câmara.

Não posso deixar de perder.

É FOGO!

O eletrizante clássico da semifinal da Taça Rio teve contornos dramáticos.

Uma virada histórica do Botafogo no primeiro tempo. Duas expulsões com cartão vermelho direto - uma de cada lado: Túlio, do Bota, por supostas ofensas ao árbitro e André Dias, do Vasco, que jogou só quatro minutos e levou um tremendo esporro do técnico Renato Gaúcho.

Que não esmoreceu e pôs de novo outro atacante, Allan Kardec.

Como bem disse um repórter, esse teve a ajuda dos espíritos, pois aos 37 do segundo tempo, subiu no meio dos zagueiros e empatou o jogo, de novo.

Romário, que ficou por um fio de cabelo para marcar o milésimo, desabou no gramado ao fim do jogo: câibra. E como gol em cobrança de pênalti não conta...

Dodô fez a primeira cobrança e quando Morais enfiou o pé direito na bola, brilhou a estrela de Júlio César - o novo pegador de pênaltis do futebol brasileiro.

Juninho ampliou e Dudar, pobre coitado, em vez de bater um penal, soltou um tiro de meta... para fora!

Juca fez 3 x 0 e Roberto Lopes diminuiu o vexame vascaíno. Até Luciano Almeida dar números finais: 4 x 1 Botafogo nos pênaltis.

Com o Vasco eliminado, o gol mil do Baixinho fica para maio, quando o Vasco fizer seu primeiro jogo no Brasileirão.

Será?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

JOGAÇO AÇO AÇO!

Que jogo é esse que termina 4 x 3 para o Botafogo, no primeiro tempo?

Um clássico incrível, eletrizante, emocionante, nervoso... faltam adjetivos para descrevê-lo.

O Vasco começou a 300 por hora. Fez um gol logo a um minuto com Renato e aos três, depois de um tranco faltoso de Morais em Túlio, o mesmo Renato lançou Abedi e Júlio César nada pôde fazer.

A reação do Fogão não tardou: Luciano Almeida entrou no meio dos zagueiros e diminuiu.

O ritmo do jogo seguiu acelerado, mas o Botafogo se arrumou e Zé Roberto, que foi um dos destaques, empatou a peleja.

Romário, figura apagada no jogo todo, praticamente não tocou na bola e teve a chance da consagração, do milésimo gol da carreira mas... o destino mais uma vez lhe foi cruel: o zagueiro Jorge Luiz fez grande jogada, cruzou... e marcou! Por um pentelhésimo, o artilheiro não fez o gol, de cabeça.

Será que Romário vai maldizer seu 1,68 metro?

Enfim... se o artilheiro do Vasco passou em branco, o do Botafogo, não. De novo no meio da frágil defesa cruzmaltina, Dodô cabeceou com estilo para empatar. E Lúcio Flávio, em cobrança de falta onde muitos dizem que o goleiro Cássio pulou atrasado, virou o jogo!

Olha... é um jogo tão inverossímil quanto um Fla-Flu de 1995.

Na ocasião, o jogo terminou 4 x 3 - mas ao fim de 90 minutos. Pelo que me recordo, o Fla começou na frente com Mazinho Lima. Ézio, o Super-Ézio, empatou aos 10. Sávio botou o rubro-negro na frente aos 17 e seis minutos depois, Renato empatou. Marquinhos, aos 32 do primeiro tempo, voltou a dar vantagem ao Flamengo.

Mas no segundo tempo, brilhou a estrela do limitado Rogerinho. Aos três, ele empatou o jogo e aos 43, pegando a defesa flamenga de calça curta, ele empatou o jogo na segunda das três vitórias do Flu sobre o seu maior rival naquele ano - um ano, aliás, onde Kléber Leite trouxe Romário, Edmundo, Branco, Luxemburgo... e não ganhou NADA.

Cartão-postal de fachada

Tornou-se universal aquela fotografia tirada do alto, com a visão espetacular do Rio de Janeiro fazendo crer que esta é de fato a Cidade Maravilhosa.

Maravilhosa?

Do alto é uma coisa... no asfalto, a realidade é nua, crua, cruel.

O governo de Sergio Cabral completou 100 dias banhado em sangue. Um de seus seguranças foi assassinado, o carro dele carbonizado. Li rapidamente em alguns jornais que houve comemoração de bandidos em razão da morte do segurança. Abalado, o governador pediu ao presidente Lula uma intervenção nessa situação de caos em que o Rio de Janeiro se encontra.

Caos que lamentavelmente presenciei em parte na noite de ontem.

Saí para um prosaico rodízio de pizzas no Largo do Machado, a 3 minutos de carro da minha casa. Estava com amigos num táxi quando de repente, vimos diversos policiais vindo na nossa direção com fuzis, metralhadoras e pistolas. Ouvimos os primeiros disparos e, lógico, nos assustamos.

De dentro do carro, víamos dezenas de transeuntes correndo desesperadamente em busca de um lugar seguro. Pedimos pro motorista tocar rapidinho até a Parmê do Largo do Machado, pagamos a corrida e entramos, correndo também.

Depois dessa, imaginem se houve ânimo para comer direito no rodízio?

Só nos acalmamos quando perguntamos ao gerente o que tinha acontecido. Ele sabia muito bem: uma falsa blitz fora montada para assaltar diversas pessoas e roubar carros. A polícia chegou a fechar inclusive as duas saídas do metrô para que os bandidos não fugissem para lá e assim evitar maior tumulto.

Uma decisão até certo ponto sábia. Mas... e os disparos a esmo, que podiam ferir quem estava NO MEIO DA RUA?

E não temos a quem apelar. Um governo está apenas começando e, coitado, ganhou de herança um estado falido, cortesia dos "Garotinhos" marido e mulher, que passaram aqui pertinho no Palácio Laranjeiras, com administrações desastrosas.

O outro, municipal, levou a cidade ao limite do desvario, com a saturação do transporte, a saúde péssima (notaram que estamos em abril e temos epidemia de dengue?), a educação deficiente e, pior do que isso, a megalomania para realizar um evento esportivo de quinta categoria - os Jogos Pan-Americanos.

Estamos, com o perdão da expressão, fudidos e mal-pagos.

Lamentavelmente, o Rio de Janeiro é apenas um cartão-postal... de fachada.

terça-feira, 10 de abril de 2007

O Leão que ainda ruge


Nigel Mansell vai voltar ao automobilismo de competição no próximo dia 6 de maio.

O inglês, hoje com 53 anos de idade, correrá a segunda etapa do FIA GT em Silverstone, com uma Ferrari F430 Berlinetta, da classe GT2. O carro é da Scuderia Ecosse, chefiada por Stuart Roden (na foto acima, à direita).

Mansell treinou em Knockhill, na Escócia, no último dia 5, na companhia de Chris Niarchos e Andrew Kirkaldy, dois dos pilotos titulares da equipe. Entusiasmou-se tanto que não resistiu ao convite para guiar o carro para valer em Silverstone. E em duas semanas, vai participar do teste coletivo que a Pirelli promoverá no Autódromo do Estoril, em Portugal.

"Faz 17 anos que não guio uma Ferrari. Vai ser muito divertido porque a categoria tem muita gente da Fórmula 1. E todos vão querer me fazer comer poeira", comentou o Leão.

É claro que todo mundo sabe que Mansell já fez algumas corridas recentemente, na GP Masters. Mas enquanto a categoria dos "velhinhos" da F-1 é um amistoso de luxo, o buraco na prova do FIA GT vai ser muito mais embaixo.

E com certeza, bem divertido - ainda mais quando se trata de Nigel Ernest James Mansell.

Ah... o parceiro dele ainda não foi definido.

Que bicho é esse? - III

Não vou fazer como o Bruno Vicaria e xingar quem acertar o segundo post consecutivo - no caso, o Pandini. Então é o seguinte: quero que digam que carro é esse, quais os pilotos, a equipe e a prova que essa máquina disputou.

Tá lançado mais um desafio... arrisquem!

Coisas que irritam profundamente

A imprensa é tida e havida como o quarto poder, graças à suposta influência que exerce na opinião pública.

Entretanto, uma grande parte dela, aliada a uma exposição quase que diária dos fatos na mídia, torna alguns eventos e situações pra lá de sacais.

Um exemplo claro disso é o milésimo gol do Romário. Tudo bem que até aqui no Saco de Gatos tem enquete sobre o tema. Mas é uma só, e não variações sobre o evento. Só quero saber o que acham: se o gol será de pênalti, na grande área, na pequena e até (de brincadeira) contra.

Mas falar disso toda hora irrita profundamente.

Até o Baixinho já perdeu a paciência. Falou poucas e boas, detonou o parfeiro de ataque Leandro Amaral, o peixe Renato Gaúcho e tamanha foi a repercussão de sua entrevista no Correão, em Cabo Frio, que nenhum jogador ou membro da comissão técnica do Vasco vai poder dar entrevista até antes do jogo desta quarta, contra o Botafogo...

Que estrago hein, Romário?

A paciência alheia é testada ao máximo quando muda-se o assunto, mas não o tema: esporte. Mais precisamente a Fórmula 1.

A cantilena da imprensa festiva que aponta Felipe Massa como piloto campeão do mundo em 2007 já encheu. Ao mesmo tempo, chamar todo brasileiro que desponta no automobilismo como "o novo Ayrton Senna" é uma forçada de barra sem tamanho. E não há quem agüente.

Pior que isso, só a insistência em apelidar Lewis Hamilton de Robinho. Mais chato ainda: aturar referências à exaustão ao britânico durante mais de uma hora e meia de transmissão no GP da Malásia.

Chamá-lo assim é depreciar o piloto da McLaren, como pessoa e como o primeiro negro a chegar e fazer história na categoria máxima. Depois de 43 anos, ele bateu a marca de Peter Arundell e se tornou o estreante com o melhor desempenho num início de campeonato.

Guardem bem o que vou dizer aqui: esse menino tem estrela. É uma gota num oceano de pessoas que com certeza vão se mirar no exemplo que ele tem dado para poderem sonhar também com uma vaga na Fórmula 1. Hamilton mostra que há espaço sim, para as chamadas minorias, dentro de um esporte "elitista" como o automobilismo.

Robinho...?

Ah, façam me o favor! Recuso-me a pronunciar esse apelido. Isso me irrita profundamente.