segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Não podia perder essa chance...

Não escondo de ninguém: não gosto do Flamengo.

Como todo tricolor que se preza, é o clube por quem mais tenho asco. Nesse "ranking", o segundo colocado hoje é o Corinthians, depois o Vasco, única e exclusivamente por causa do Eurico Miranda.

Por que odiar o Flamengo? Porque é inverídica a história de que eles tenham surgido do Fluminense. Ora, eles eram um grêmio de regatas quando rebeldes saídos da sede do tricolor migraram para as hostes flamengas. Isso em 1911. O Flamengo existia desde 1895. Logo, filho feio não tem pai.

Outra: a camisa é horrorosa. Uma combinação de cores que remete a um frango de macumba, um despacho na encruzilhada. Piora quando milhares usam a mesma peça de roupa. É uma coisa sem graça, sem expressão nenhuma.

Nas Laranjeiras não: abusamos das variações cromáticas. Temos o manto sagrado tricolor, o branco, o grená e também uma camisa laranja, nunca aprovada pelo Estatuto do Fluminense, mas confeccionada em razão do centenário do glorioso clube de Álvaro Chaves e que vendeu como água.

Bom, voltando ao Flamengo, o que eu queria dizer é o seguinte: eles foram fazer uma mini-excursão ao Uruguai na última semana e o saldo foi o de sempre. Dois jogos, duas derrotas, para o Peñarol e o Nacional.

Ora, todo mundo sabe que o futebol uruguaio de ponta se resume aos seus jogadores que, atraídos pelos euros e dólares, deixam o país cisplatino em busca de fama e fortuna. A pindaíba é tão grande que o atual campeão do Uruguai é um clube do interior - o Rocha FC.

E o Flamengo, que se diz uma força acima do bem e do mal, não consegue administrar sequer as crises internas que já começam a rondar seu elenco, que já não é lá essas coisas em termos de qualidade.

Após a derrota de sábado para o Nacional, ficou evidente que o grupo está rachado em dois. No primeiro, está a patota do ex-corinthiano Renato que, vamos e venhamos, não passa de um jogador mediano. Do outro, os traidores que saíram do Fluminense, Diego "Dumbo" Souza à frente, com Toró e Juan completando a tropa.

Era nítido que mais cedo ou mais tarde rolaria uma ciumeira. Os traidores recebiam em dia nas Laranjeiras e provavelmente têm os mesmos privilégios na Gávea. A "turma do Renato" achou que eles não jogaram com o empenho suficiente em Montevidéu e partiram para a porrada. O dirigente Kléber Leite afirma que todos os envolvidos no deprimente episódio serão punidos.

Agora, quanta diferença para o Fluminense. Renato Gaúcho, quando veio para o tricolor em 95, nunca foi saudado com epítetos relativos à sua passagem pelo rival. Pelo contrário, sempre teve nosso carinho e terá gratidão eterna por dar-nos um título em pleno ano de centenário do Flamengo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não gosta do Corinthians mas gosto do seu blog...
Corinthiano não tem dessa de peso na consciência e dor de cotovelo, somos amantes do que é bom, especialmente do bom futebol, por isso não nego assistir uma bela partida entre dois rivais... pena que no campeonato carioca até a grande final se torna uma grande PELADA!