quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ai que saudades que eu tenho... V

Dizem que a morte dos desfiles de escola de samba para o povão no Rio de Janeiro deu-se com o surgimento do Sambódromo em 1984.

É... tal alternativa até pode fazer algum sentido hoje. Como sabemos bem, o evento hoje é mais pra turista ver, com ingressos caríssimos e participação popular só nas alas de comunidade em cada escola - e olhe lá. Povão mesmo como existiu até aquele primeiro desfile na "nova" Marquês de Sapucaí, porque hoje o espaço de cadeiras e frisas tinha uma "geral" feito o Maracanã, nunca mais.

E outra coisa que piorou foram os sambas. Hoje é cada coisa ruim que se ouve na avenida! Letras atendendo aos pedidos de patrocinadores, que hoje injetam milhões nas escolas porque logicamente sabem que ali em 80 minutos, num evento transmitido para centenas de países, existe um excelente veículo de promoção. A Nestlé que o diga...

O andamento cadenciado, com letras mais líricas e que certamente quem gosta de samba-enredo de boa qualidade não esquece, deu vez a coisas muito mais aceleradas, perto de 150 BPM!

Comparem por exemplo, no site O Desfile, os andamentos por exemplo da bateria da Unidos da Ponte e da Vila Isabel em 1984, com o que se ouve agora.

Nesse mesmo ano, além do brilhante samba da Vila, composto por (quem mais?) Martinho da Vila, Portela e Mangueira brilharam na avenida. Esta última, levantando a platéia com um desfile histórico, não só arrastou a multidão como deu a volta no sentido contrário.

Depois disso, não tinha que dar outra coisa: Mangueira campeã, ou melhor, supercampeã, após um jejum de 11 anos - desde "Lendas do Abaeté", em 1973, a verde-e-rosa não ganhava nada.

Oitenta e oito!

Recorde de pedidos de inscrição para as 24 Horas de Le Mans 2008! São oitenta e oito veículos divididos nas quatro categorias - duas de protótipos e duas de grã-turismo - que aparecem na lista do Automobile Club l'Ouest (ACO). Os franceses agora terão a duríssima tarefa de avaliar os pedidos e separar dos 21 já pré-classificados outros 44 concorrentes - trinta e quatro titulares e mais dez reservas. Portanto, vinte e três destes carros vão ficar de fora, esperando a vez para 2009.

Impressionante é a presença das categorias LMP1 e LMGT1, as principais de protótipos e GTs. Somadas, ambas dão 48 carros - quase um grid de Le Mans - com 26 LMP1 e 22 LMGT1.

No total, são 55 equipes diferentes com pelo menos um carro pedido para correr em Le Mans. É mole?

O Saco de Gatos faz uma projeção de quem está pleiteando e de quem já tem vaga assegurada para Le Mans '08.

LMP1

Audi Sport North America - Audi R10 TDi (2 carros confirmados)
Audi Sport Team Joest - Audi R10 TDi (2 carros)
Team Peugeot Total - Peugeot 908 HDi FAP (3 carros, tem 2 confirmados)
Pescarolo Sport - Pescarolo P01 Judd (2 carros, tem 1 confirmado)
AutoCon Motorsports - Creation CA06S Judd (1 carro confirmado)
Creation Autosportif - Creation CA07 AIM (2 carros)
Swiss Spirit - Lola B07/10 Audi (1 carro)
Team Oreca-Matmut - Courage LC70 Judd (2 carros)
Epsilon-Euskadi - Epsilon EE1 Judd (2 carros)
Dome International - Dome S102 Judd (2 carros)
Arena Motorsport International - Zytek 07S (1 carro)
Cars Tökai Dream 28 - Courage LC70 Mugen (1 carro)
Tökai Cars - Tokai YGK (1 carro)
Charouz Racing Systems - Lola B08/60 Aston Martin (1 carro)
Cytosport / Team Jota - Lola B07/17 Judd (1 carro)
Pescarolo Automobiles Magny-Cours - Pescarolo P01 (1 carro)
Rollcentre Racing - Pescarolo P01 (1 carro)

LMP2

RML - MG Lola EX265 AER (1 carro confirmado)
Quifel-ASM Team - Lola B06/10 AER Mazda (1 carro confirmado)
Barazi-Epsilon - Zytek 07S/2 (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Trading Performance - Zytek 07S/2 (1 carro)
Pescarolo Automobiles Magny-Cours - Pescarolo P01 Judd (1 carro)
PiR Competition - Pilbeam MP93-01B Judd (1 carro)
Racing Box - Lucchini LMP2 Judd (1 carro)
Welter Racing - WR LMP2 Zytek (1 carro)
Embassy Racing - Embassy WF01 Zytek (2 carros)
Racing For Thailand - Radical SR9 Judd (1 carro)
VM Motorsport / Equipe Verschuur - Porsche RS Spyder (1 carro)
Team Essex - Porsche RS Spyder (1 carro)
Speedy-Sebah Racing - Lola B08/80 Judd (1 carro)

LMGT1

Corvette Racing - Chevrolet Corvette C6-R (2 carros confirmados)
Aston Martin Racing - Aston Martin DBR9 (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Luc Alphand Aventures - Corvette C6-R (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Larbre Competition - Saleen S7-R (2 carros)
Team Modena - Aston Martin DBR9 (2 carros)
Jetalliance - Aston Martin DBR9 (2 carros)
Reiter Engineering - Lamborghini Murciélago GT-R (2 carros)
PSI Experience - Chevrolet Corvette C6-R (2 carros)
J-LOC - Lamborghini Murciélago GT-R (2 carros)
PK Carsport - Saleen S7-R (1 carro)
Carsport Phoenix - Chevrolet Corvette C6-R (1 carro)
Gigawave Motorsport - Aston Martin DBR9 (1 carro)
SRT - Chevrolet Corvette C6-R (1 carro)


LMGT2

IMSA Performance - Porsche 997 GT3 RSR (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Risi Competizione - Ferrari F430 (2 carros confirmados)
Team Felbermayr-Proton - Porsche 997 GT3 RSR (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Flying Lizard Motorsports - Porsche 997 GT3 RSR (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
AF Corse - Ferrari F430 (1 carro confirmado)
BMS Scuderia Italia - Ferrari F430 (2 carros inscritos, tem 1 confirmado)
Virgo Motorsport - Ferrari F430 (1 carro confirmado)
Autorlando Sport - Porsche 997 GT3 RSR (2 carros)
Thierry Perrier / Perspective Racing - Porsche 997 GT3 RSR (1 carro)
Spyker Squadron - Spyker C8 Laviolette (1 carro)
Speedy Racing - Spyker C8 Laviolette (1 carro)
JMB Racing - Ferrari F430 (2 carros)
GPC Sport SRL - Ferrari F430 (2 carros)
Drayson-Barwell - Aston Martin Vantage GT2 (1 carro)
RSV - Ferrari F430 (1 carro)
Tafel Racing - Ferrari F430 (2 carros)

A nova máquina do bicampeão




Testado antes do lançamento, tal como aconteceu com o novo Honda e o Williams FW30, o Renault R28 foi apresentado oficialmente hoje em Paris, capital da França. O novo carro da Régie promete ser uma franca evolução do modelo do ano passado - que esteve longe de ser competitivo na primeira metade da última temporada, melhorando muito do meio pro fim, especialmente com Heikki Kövalainen (agora na McLaren) ao volante.

A Renault busca em 2008 a volta não só aos pódios como também ao topo da F-1 e para isso traz de volta o bicampeão mundial Fernando Alonso. A acompanhá-lo, Nelson Ângelo Piquet, cuja estréia é cercada por intensa expectativa. Afinal, ele carrega um sobrenome tricampeão do mundo e vem de resultados muito bons na base, principalmente kart, F-3 e GP2 - onde só perdeu em 2006 para Lewis Hamilton.

O layout permanece o mesmo, com a duvidosa combinação de laranja, azul e branco dos patrocinadores ING e Elf. Novos apoios surgiram com o retorno de Alonso para trazer mais combustível financeiro à equipe. De diferente mesmo em relação ao carro de 2007, o R28 tem um desenho novo de suspensão dianteira, uma aerodinâmica mais refinada, a caixa de câmbio feita para durar quatro corridas e a infame asa ponte - ou boca-de-bagre, se você preferir - na dianteira.

Além da presença do presidente mundial da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, o lançamento contou com a presença de Flavio Briatore, dos pilotos titulares e dos test-drivers. E aí veio a surpresa: Lucas di Grassi, tido como carta fora do baralho - pois não pertence mais ao Renault Driver Development (RDD) - surgiu uniformizado e garantido como o piloto de testes principal e reserva imediato de Alonso e Piquet. Romain Grosjean e Ben Hanley, ambos da GP2, serão os outros pilotos encarregados da mesma função que Lucas, mas sem dúvida com mais obrigações na categoria de acesso que disputarão neste ano.

A propósito, Grosjean foi contratado pela ART Grand Prix e já lidera a GP2 Asian Series.

Fim dos testes em Sebring e a Peugeot fica à frente da Audi

Se a Peugeot precisava de um alento para as 24 Horas de Le Mans e a Le Mans Series, os testes de inverno em Sebring mostraram que os franceses podem estar ao mesmo nível da Audi. O protótipo 908 Coupé partilhado por Stéphane Sarrazin / Pedro Lamy / Nicolas Minassian fechou os três dias de testes com o melhor tempo - 1'42"801, que se traduz no novo recorde de volta para a ALMS em Sebring.

O melhor tempo do Peugeot foi cerca de oito décimos de segundo melhor que o Audi R10 que teve na direção quatro pilotos: Allan McNish / Dindo Capello / Tom Kristensen / Mike Rockenfeller. A diferença entre os dois protótipos turbodiesel e o Lola da Intersport, o terceiro LMP1 que andou, foi covardia: quase sete segundos!

Na LMP2, para surpresa geral, o melhor tempo da divisão foi do Acura de Bryan Herta / Christian Fittipaldi. Os Porsches da Penske lideraram alguns treinos, mas com tempos insuficientes para superar o evoluído protótipo japonês. A Dyson decepcionou e a B-K Motorsports conseguiu marcas bastante consistentes com o Lola / Mazda.

Entre os GTs, houve apenas um carro da LMGT1, o Aston Martin de Antonio Garcia / Chapman Ducote / Jaime Câmara, que obteve tempos razoáveis. Performance excepcional, mesmo, foi da Ferrari da Risi Competizione, com Jaime Melo Jr. ao volante, virando o tempo de 2'01"1.

A expectativa agora é pela corrida inaugural que acontece em 15 de março na mesmíssima pista de Sebring. E, espera-se, com um grid supercompetitivo. Os possíveis participantes são os seguintes:

LMP1

Audi Sport - Audi R10 TDi, com 2 carros
Peugeot Sport - Peugeot 908 HDi FAP
AutoCon Motorsports - Creation CA06S Judd
Creation Autosportif - Creation CA07 AIM
Intersport Racing - Lola B06/10 AER
Team Cytosport - Lola B06/10 AER ou Lola B07/17 Judd

LMP2

Penske Motorsports - Porsche RS Spyder, com 2 carros
B-K Motorsports - Lola B07/46 Mazda
Dyson Racing - Porsche RS Spyder, com 2 carros
Andretti-Green - Acura ARX-01B
Highcroft Racing - Acura ARX-01B
Lowe's Fernandez Racing - Acura ARX-01B
Barazi-Epsilon - Zytek 07S/2
Horag Racing - Porsche RS Spyder

LMGT1

Corvette Racing - Chevrolet Corvette C6-R, com 2 carros
Bell Motorsports - Aston Martin DBR9

LMGT2

Risi Competizione - Ferrari F430, com 2 carros
Corsa Motorsports - Ferrari F430
Tafel Racing - Ferrari F430, com 2 carros
JMB Racing - Ferrari F430
Farnbacher Loles Motorsports - Porsche 997 GT3 RSR, com 1 ou 2 carros
Rahal Letterman - Porsche 997 GT3 RSR
Flying Lizard Motorsports - Porsche 997 GT3 RSR, com 2 ou 3 carros
Konrad Motorsports - Porsche 996 GT3 RSR
Autoracing Club Bratislava - Porsche 997 GT3 RSR
Doran-Kuttner - Ford GT-R
Robertson Racing - Ford GT-R
Team Trans Sport - Ford GT-R
LG Motorsports - Corvette C6 Z06
Team Drayson-Barwell - Aston Martin DBRS9
Panoz Team PTG - Panoz Esperante, com 1 ou 2 carros

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ai que saudades que eu tenho... IV

Eu torço pra uma escola de samba que tem o pavilhão em verde, branco e dourado: é a Imperatriz Leopoldinense, oito vezes campeã do carnaval carioca - a última em 2001.

E por tabela, enorme simpatía por uma agremiação cujas cores são as mesmas da escola de Ramos: o Império Serrano, que em número de títulos está apenas um à frente da Imperatriz.

Isso tudo com sua enorme tradição... pois o Império é berço de bambas: Silas de Oliveira, Jorginho do Império e D. Ivone Lara, só pra citar alguns. Não... Mano Décio da Viola não está no rol - pois foi um dos fundadores da Imperatriz. Mas a escola de Madureira, desde um vexaminoso enredo sobre os caminhoneiros, em 1991, vive um sobe-e-desce sem fim. Em 2008, está no Acesso, desfilando no sábado.

Bons tempos em que os imperianos podiam lutar por títulos. Como em 83, com o enredo "Mãe baiana mãe", samba da parceria campeã no ano anterior, formada por Beto Sem Braço e Aluízio Machado.

Testes em Sebring: segue o duelo Peugeot x Audi

Na terça-feira em que foi sacudida pelo anúncio da volta de Gil de Ferran ao automobilismo - não só como dono de equipe mas também como piloto, pelo que se soube - a ALMS teve em Sebring o segundo dia de testes de inverno da pré-temporada 2008.

E como vem sendo praxe, Audi e Peugeot duelam palmo a palmo com seus carros turbodiesel pela primazia dos melhores tempos. O que impressiona é a disposição da Penske em fazer do Porsche RS Spyder, mais uma vez, uma tremenda ameaça - em especial nas provas mais curtas, com até 2h45min de duração.

Ontem, em três sessões, cada uma das marcas acima citadas ficou com o melhor tempo. Mas quem fechou o dia na frente foi a Peugeot, com o 1'42"801 conseguido na segunda sessão, à tarde.

Nesta quarta, os ensaios se encerram com mais três períodos de treinos. E aí as equipes a partir de agora vão ter alguns testes privados em circuitos pré-selecionados neste período de definção de contratação de pilotos.

As marcas do dia:

1. Minassian / Lamy / Sarrazin
Peugeot 908 HDi FAP (LMP1)
1'42"801 (sessão 2)

2. Capello / McNish / Kristensen / Rockenfeller
Audi R10 TDi (LMP1)
1'43"639 (sessão 2)

3. Herta / Fittipaldi
Acura ARX-01B (LMP2)
1'44"542 (sessão 2)

4. Maassen / Long
Porsche RS Spyder (LMP2)
1'45"214 (sessão 1)

5. Dumas / Bernhard
Porsche RS Spyder (LMP2)
1'45"258 (sessão 2)

6. Brabham / Sharp / Johansson
Acura ARX-01B (LMP2)
1'45"598 (sessão 2)

7. Smith / Dyson
Porsche RS Spyder (LMP2)
1'46"164 (sessão 2)

8. Diaz / Fernandez
Acura ARX-01B (LMP2)
1'46"364 (sessão 1)

9. Devlin / Bach
Lola B07/946 (LMP2)
1'46"558 (sessão 2)

10. Franchitti / Leitzinger
Porsche RS Spyder (LMP2)
1'46"730 (sessão 2)

11. J. Field / C. Field / Berry
Lola B06/10 (LMP1)
1'48"242 (sessão 1)

12. Garcia / Câmara / Ducote
Aston Martin DBR9 (LMGT1)
1'58"442 (sessão 2)

13. Melo / Salo
Ferrari F430 (LMGT2)
2'01"192 (sessão 1)

14. Müller / Ehret / Farnbacher / Tafel
Ferrari F430 (LMGT2)
2'02"111 (sessão 3)

15. Hand / Auberlen / Sutherland / Milner
Panoz Esperante (LMGT2)
2'02"801 (sessão 2)

16. Jeannette / Mowlem
Ferrari F430 (LMGT2)
2'04"548 (sessão 2)

17. Melo / McGarrity
Ferrari F430 (LMGT2)
2'06"459 (sessão 2)

Clip da semana - "Arrombou a festa"

Esse post é porque sei que muita gente que lê o blog - e em especial a Alessandra Alves - adoram a Rita Lee. Eu já gostei mais, confesso. E nos anos 70, a verve irônica da rainha do rock brasileiro estava afiadíssima. Ela comprova isso em "Arrombou a festa", dividida com Paulo Coelho, que rompera com Raul Seixas.

Com o auxílio luxuoso do Tutti Frutti - Lee Marcucci, Emilson Colantônio e Luiz Sérgio Carlini - ela soltou o petardo que foi um megasucesso em 1977 porque a cantora, antes do lançamento do compacto, foi presa por posse de maconha. Rita saiu de presidiária na capa e "Arrombou a festa" rapidamente ganhou as rádios e as pistas do país.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ai que saudades eu tenho... III

Lá vamos nós com mais um carnaval do passado. E num tempo em que a Portela era uma escola respeitada e fortíssima candidata a títulos. Em 1980 ela venceu pela última vez num empate com Beija-Flor e Imperatriz. E lutou pelo bicampeonato ano seguinte com o belíssimo enredo "Das maravilhas do mar fez-se o esplendor da noite", com samba composto por David Correa, um dos maiores vencedores de disputas de samba da história do carnaval carioca, nos últimos 40 anos.

Mas em 81, não teve pra Portela ou pra qualquer outra escola. Sozinha, a Imperatriz foi campeã. Bicampeã.

Há 30 anos...

Ainda há tempo porque o dia 29 não terminou. Então é hora de hora de homenagear Emerson Fittipaldi por seu histórico pódio com o Copersucar Fittipaldi F5A há três décadas, num calorento domingo no autódromo de Jacarepaguá - que recebia em 1978 o GP do Brasil pela primeira vez.

Com uma performance extraordinária desde os treinos, o bicampeão mundial deu um show na 2a. etapa do campeonato, mesmo correndo com o carro-reserva após a quebra do eixo-piloto do titular quando saía dos boxes. Durante a corrida, ele conseguiu ultrapassagens históricas e emocionantes sobre o Lotus 78 de Mario Andretti e a Brabham BT45 de Niki Lauda. Foi muito mais festejado, lógico, do que o vencedor na ocasião: o argentino Carlos Reutemann, que venceu de ponta a ponta.

Emerson, na época, comeu o pão que o diabo amassou em razão do seu pioneirismo que, junto com o irmão Wilsinho e ao dinheiro da Copersucar, proporcionou-nos até hoje a única equipe sul-americana que correu na história da Fórmula 1.

Valeu Ratão! Hoje e sempre o ídolo eterno de quem realmente gosta de automobilismo!

Os aforismos do síndico

Não me canso de ler "Vale Tudo - o som e a fúria de Tim Maia", a excelente biografia do papa do soul e do funk brasileiro, escrita por Nelsomotta, que é como o jornalista era carinhosamente chamdo pelo síndico.

Como todo mundo já cansou de saber, Tim era temido pelos técnicos de som do país inteiro, exigente com os músicos que com ele tocavam, não tinha vergonha de se apregoar como "doidão" e além de tudo tinha um humor como poucos, repleto de frases e aforismos que entraram para a história.

Olha só algumas das expressões que são puro Tim Maia...

"Tá todo mundo à vontade aí? Porque nós aqui já estamos!"
(proferida na estréia do seu show 'O som e o sonho de Tim Maia' no Teatro da Praia em Copacabana, 1971 - "estar à vontade" era um código de maconheiros na época)

"O bauru é muito bom, mas o que eu queria era um bauruzinho... um baurete."
(num show em Bauru, interior de SP e dividido com os Mutantes. Tim fez o gesto de 'empinar pipa' e foi salvo da secura por um hippie doidaço)

"Fiz uma dieta rigorosa, cortei álcool, gorduras e açúcar. Em duas semanas, perdi 14 dias."
(em 1973, quando ousou perder peso num tratamento 'revolucionário' numa clínica em Bonsucesso, onde só tomava caldinhos, papas, sucos e comia folhas)

"John Lennon é uma besta e Raul Seixas, a cópia xerox da burrice."
(na época em que se converteu ao Racional Superior, da seita Universo em Desencanto e gravou dois discos repletos de funk e soul - com pitadas de lavagem cerebral - que ele renegaria até o fim da vida)

"Porra, mermão, já começou? Até na casa do governador o som é uma merda?"
(em 1976, de volta à fase soul, na festa de aniversário da filha do governador Chagas Freitas)

"O problema do gordo é que ele quando beija, não penetra. E quando penetra, não beija."
(quando passou dos três dígitos de peso, nos anos 70)

"Esse cara faz esses arranjos quatro-quatro-meia e assim não dá pra cantar!"
(reclamando do arranjador Miguel Cidras para Guti Carvalho, durante a gestação do disco 'Tim Maia Disco Club'. Ele e Miguel saíram na porrada e o argentino foi despedido. Em seu lugar, entrou Lincoln Olivetti)

"Manda o povo descer que eu faço o show aqui na praça!"
(para Nelsomotta, por telefone, quando disse que não subiria no bondinho do Pão de Açúcar para cantar no Noites Cariocas)

"Edulobo, quando você falou em besta-fera, já vi que ia sobrar pra mim!"
(reclamando com muito bom humor do compositor Edu Lobo, que convidou-o para gravar a belíssima canção 'A bela e a fera', para o disco 'O grande circo místico'. E Tim arrebenta!)

"Todo mundo é corno, eu sou corno..."
(sábias palavras do mestre da cornitude)

"O segredo do meu sucesso é o equilíbrio: metade das minhas músicas são esquenta-sovaco e a outra metade é mela-cueca."
(idem)

"Esse espanhol é do ETA (exploradores do talento alheio), é um escravagista, ele merece!"
(confabulando com Tibério Gaspar sobre uma 'operação punitiva' ao empresário Chico Recarey, dono do Scala. Num show, Tim convidou garis, mendigos, flanelinhas, garagistas e porteiros e os colocou na primeira fila!)

"O meu vestido não ficou pronto."
(ironizando Gal Costa, que deu esta desculpa para não gravar com Tim o clipe de 'Um dia de domingo', para o Fantástico, da Globo)

"Ganhar pra foder com o Tim Maia é fácil... quero ver é dar pro Sebastião."
(comentário que fazia com os amigos, porque ele sempre se servia de prostitutas e pedia que elas só o chamassem por Sebastião. Antes, durante e depois.)

"Aí pessoal... dizem que o Nelson Gonçalves parou... parou de fazer show em São João de Meriti, né?"
(em show no Canecão, sarcástico como nunca, sobre o comentário do veterano cantor e sua luta para vencer o vício da cocaína)

"A diferença entre eu e o Dicró é que no meu show todo mundo vai e eu não vou; no dele, ele vai, mas não vai ninguém."
(atirando no pagodeiro Dicró, que teria dado razão ao Canecão no cancelamento de um show de Tim em fins de 1986)

"Com aquele som maravilhoso, eu garanto que não ia faltar nem reclamar. E ia cantar até o fim."
(sobre o Rock in Rio, para o qual não foi convidado)

"Tudo é tudo... e nada é nada."
(assim filosofou Tim Maia num show no People, em 1988)

"Que beleza, um show de Tim Maia pelo preço de um grama de pó."
(na sua estréia no People)

"Uma fileirinha, dois tapinhas e duas doses... senta o pau, Vitória Régia!"
(idem)

"Édipo, você é glorioso. A Vera Fischer é a coisa mais linda do mundo!"
(elogiando Felipe Camargo, que estava com sua então mulher na platéia de um show de Tim no Hotel Nacional, 1989)

"Não fumo, não bebo, não cheiro, mas às vezes minto um pouquinho."
(a frase imortal de Tim Maia)

"O que nós temos de melhor no Brasil são a música, o futebol, o jogo do bicho, a batata doce e o baseado - temos que exportar isso. E ainda temos o Maguila, que vai matar o Mike Tyson. De susto, mas vai."
(em sua divertdíssima entrevista de lançamento de sua 'candidatura' a prefeito da Barra da Tijuca pelo PLG - Partido Liberou Geral)

"Eu quero parabenizar o presidente Collor, que está fazendo a campanha 'Diga Não às Drogas'. Eu acho que é isso mesmo, deixa pra quem gosta, porque já está escasso nas bocas!"
(em 1990, no show de bossa nova na boate Un, Deux, Trois, de seu "canalha de estimação" Chico Recarey)

"Só gravei bossa nova para sacanear o João Gilberto."
(em entrevista a Luis Antônio Giron, então na Folha de S. Paulo)

"Tudo que sei sobre tóxicos aprendi nos livros."
(em entrevista histórica a Ruy Castro, publicada pela Playboy)

"Então você é uma aerovelha!"
(sacaneando uma aeromoça que se recusava a lhe dar gelo para o uísque que, por conta própria, levou para uma viagem de avião. É sabido que Tim odiava andar de avião desde que em 1970 cheirou uma carreira de cocaína no banheiro de um Samurai da VASP e saiu de maca da aeronave)

"É só ele começar um songbook que o cara morre. Esse negócio de biografia também é um pé-na-cova."
(sobre a insistência de Almir Chediak em fazer um songbook com suas músicas)

"Eu tô aqui fazendo esse show pra Brahma, mas eu gosto mesmo é de um guaraná Antarctica."
(falou da concorrente, à la Vicente Matheus e perdeu um pacote de 60 shows que estavam sendo fechados com a cervejeira. Os shows foram para... Roberto Carlos, com quem Tim brigou no começo da carreira)

"Eu gostaria de fazer uma homenagem ao meu urologista, o Dr. Edson, que me deixou ereto para o resto da vida."
(em pleno Prêmio Sharp de Música, em referência à operação que foi submetido em razão de uma infecção no saco escrotal)



O novo desafio de Gil de Ferran

Notícia surpreendente de que tomei conhecimento hoje: Gil de Ferran, bicampeão da ChampCar e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, vai se envolver no projeto Acura (leia-se Honda) na American Le Mans Series. Um quarto protótipo Acura ARX-01B será inscrito a partir da terceira etapa em Long Beach para a nova equipe, que se chamará Ferran Motorsports.

Os pilotos serão oportunamente divulgados e, quem quer que seja, serão muito bem escolhidos e orientados. Gil é um dos mais corretos, profissionais e provavelmente um dos dez melhores pilotos brasileiros em todos os tempos no automobilismo internacional.

A inscrição de um novo LMP2 para a categoria, o maior envolvimento da Honda na American Le Mans Series e as novidades recentes como a entrada de um Aston Martin, a estréia do Ford GT-R e do Corvette na classe LMGT2 encherão sem dúvida de brilho o certame estadunidense.

Tremei, Federer!

Tremei, Roger Federer! O ano começa com um revés para o suíço que domina o ranking da ATP e vinha de 14 semifinais consecutivas em Grand Slam - o conjunto dos quatro principais torneios de tênis do planeta: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open. E o seu algoz acaba com a taça de campeão em Melbourne: Novak Djokovic, 20 anos, conquista seu primeiro grande título - que os especialistas consideram ser o primeiro de muitos.

O amigo do Globoesporte.com, Alexandre Cossenza, diz em sua recente coluna que o sérvio atingiu a maturidade. Concordo plenamente. Novak veio de uma temporada francamente ascendente, onde se notabilizou não só pelo excelente jogo, como também por um humor fora do normal, capaz de tirar até a russa Maria Sharapova do sério.

E não é pra menos: Djokovic faz uma imitação sensacional da tenista que, por coincidência, venceu na madrugada do sábado passado a final feminina. O sérvio é praticamente perfeito na caracterização de Sharapova: o jeito dela quicar a bolinha amarela, os trejeitos... nada ficou impune e ela não gostou...



Mas não destaco só o título de Djokovic. O sósia de Muhammad Ali, o francês Jo-Wilfried Tsonga, foi sem dúvida a grande zebra do Australian Open, sapecando um 3 x 0 em cima de Rafael Nadal na outra semifinal. A nova geração do tênis está, realmente, muito bem servida de novos nomes e rostos. E Tsonga, além de muito bom jogador, vai conviver com esta feliz comparação pelos próximos anos de sua carreira.

29 de janeiro

Nesta terça-feira, 29 de janeiro, comemora-se o Dia do Jornalista.

Então, aproveito o ensejo para cumprimentar meus amigos blogueiros e colegas de profissão.

Parabéns Alessandra, Flavinho, Fábio Seixas, Bruno Vicaria, L-A. Pandini, Victor Martins, Américo, Rafa Lopes, Grün, Fred Sabino, Ico, Chitão, Cacá, Glauce, Maurício Noriega e Lédio Carmona.

Além de um abraço especial para os mestres Reginaldo Leme, Cláudio Carsughi e Marcus Zamponi.

Graças a Deus ainda existe gente digna e honrada nesta profissão que, se por vezes é pessimamente remunerada, ainda nos traz algumas recompensas nesta vida.

Sonhando com um ano melhor


A ordem é esquecer o ano que passou. Hoje, na sede de Brackley, a Honda apresentou o layout do novo carro - o RA108 - que já andou semana passada em Valência. O carro concebido por Jörg Zander e Loic Bigois, antigos integrantes de BMW e Williams, ganha um visual bem mais limpo, com a introdução do branco e sem esquecer da preocupação com a ecologia.

Sem um risco do péssimo carro de 2007, Zander e Bigois se preocuparam em implementar soluções a princípio bem mais simples e visivelmente o RA108 não segue a tendência dos outros novos modelos, com penduricalhos em excesso e a copiadíssima asa-ponte da McLaren. Mas Nick Fry, o diretor geral, garante que até março tudo muda.

"Até Melbourne, muita coisa nova será implementada nesse carro", disse o dirigente, ladeado por Ross Brawn na apresentação do RA108. O grande reforço da Honda para este ano é, sem dúvida, o inglês que se notabilizou pelo trabalho de estrategista e principal braço-direito de Michael Schumacher na Benetton e principalmente na Ferrari.

Além dos pilotos titulares - Rubens Barrichello e Jenson Button, os mesmos desde 2006 - a Honda confirmou que terá três test-drivers: o italiano Luca Filippi, o britânico Mike Conway (ambos da GP2), e o austríaco Alexander Wurz, que em junho vai correr as 24 Horas de Le Mans pela Peugeot.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

ALMS abre trabalhos para o ano de 2008

A maratona de Daytona acabou. Mas alguns pilotos emendaram a corrida com a abertura dos treinos de inverno oficiais da American Le Mans Series que começaram nesta segunda e vão até quarta em Sebring, também na Flórida.

Os trabalhos foram abertos com o início de um duelo que promete marcar o ano todo: Audi e Peugeot, cada qual com um carro, estão marcando presença em Sebring com o que tem de melhor. A marca alemã trouxe Mike Rockenfeller, Tom Kristensen, Rinaldo Capello e Allan McNish, enquanto os franceses tem Nicolas Minassian, Pedro Lamy e Stéphane Sarrazin para andar com o 908 Coupé na pista estadunidense.

A Audi fez o melhor tempo dos dois treinos livres de hoje, mas a diferença entre ela e a Peugeot foi mínima: apenas um décimo de segundo. A classe LMP1 tem apenas mais um inscrito, o Lola AER da Intersport Racing, que apareceu no treino matinal, anndou pouco e não voltou no treino da tarde.

Na LMP2, os treinos começaram com o Acura da Highcroft ditando o ritmo, mas na parte da manhã os Porsches da Penske não tinham dado o ar da graça. Quando entrou na pista, o carro de Romain Dumas / Timo Bernhard cravou logo a terceira marca, a meio segundo do tempo do Audi.

O dia foi de uma boa notícia para a classe LMGT1, que parecia fadada a um evento-solo dos Corvettes C6-R oficiais de fábrica: a Bell Motorsports confirmou presença em todo o campeonato de 2008 e não foi só isso: compareceu com o Aston Martin DBR9 ao primeiro dia de treinos, com Antonio Garcia, o brasileiro Jaime Câmara e Chapman Ducote. Entretanto, na segunda sessão do dia, o carro entrou na pista apenas para um "shakedown", cumprindo sete voltas e marcando o pior tempo do dia.

Na LMGT2, algumas ausências pontuaram o teste: exceto Ferrari e Panoz, nenhuma outra marca esteve representada nas duas primeiras sessões. Isto não empanou o bom desempenho da Risi Competizione, dona da melhor marca do dia com o carro pilotado por Mika Salo e Jaime Melo Júnior. O brasileiro também esteve na segunda F430 com Kevin McGarrity, fazendo o terceiro tempo na classe durante a segunda sessão.

Os tempos combinados de hoje:

1. Capello / McNish / Kristensen / Rockenfeller
Audi R10 TDi - LMP1
1'43"821 (sessão 1)

2. Minassian / Sarrazin / Lamy
Peugeot 908 HDi FAP - LMP1
1'43"974 (sessão 1)

3. Dumas / Bernhard
Porsche RS Spyder - LMP2
1'45"155 (sessão 2)

4. Brabham / Sharp / Johansson
Acura ARX-01B - LMP2
1'45"638 (sessão 1)

5. Maassen / Long
Porsche RS Spyder - LMP2
1'45'877 (sessão 2)

6. Herta / Fittipaldi
Acura ARX-01B - LMP2
1'45"923 (sessão 2)

7. Fernandez / Diaz
Acura ARX-01B - LMP2
1'46"511 (sessão 2)

8. Smith / Dyson
Porsche RS Spyder - LMP2
1'47"065 (sessão 1)

9. Franchitti / Leitzinger
Porsche RS Spyder - LMP2
1'47"235 (sessão 2)

10. J. Field / C. Field / Berry
Lola B06/10 AER - LMP1
1'51"427 (sessão 1)

11. Bach / Devlin
Lola B07/46 Mazda - LMP2
1'52"193 (sessão 2)

12. Melo Jr. / Salo
Ferrari F430 - LMGT2
2'02"047 (sessão 2)

13. Müller / Farnbacher / Ehret / Tafel
Ferrari F430 - LMGT2
2'02"227 (sessão 2)

14. Melo Jr. / McGarrity
Ferrari F430 - LMGT2
2'03"267 (sessão 2)

15. Hand / Auberlen / Milner / Sutherland
Panoz Esperante - LMGT2
2'03"310 (sessão 2)

16. Mowlem / Jeannette
Ferrari F430 - LMGT2
2'05"784 (sessão 2)

17. Garcia / Ducote / Câmara
Aston Martin DBR9 - LMGT1
2'09"622 (sessão 2)

Ai que saudades que eu tenho... II

Mais um carnaval das antigas, do tempo em que Hilton Gomes era o condutor da transmissão da Globo, não tinha o falatório que infesta os desfiles de hoje em dia e principalmente, quando Martinho da Vila concorria e ganhava na Vila Isabel.

Foi o que aconteceu em 1980. Em parceria com Rodolpho, Beto Sem Braço, Tião Graúna, Gemeu e Aluízio Machado, ele fez o samba para o enredo "Sonho de um sonho", talvez o melhor daquele ano e um dos melhores da história do carnaval carioca.

A Vila ficou em segundo junto com a União da Ilha e na época houve um tríplice empate entre Imperatriz, Portela e Beija-Flor. Será que a história seria diferente se houvesse dois julgadores para cada um dos quesitos, em vez de um só como na ocasião?

O dilema do esquema

Gostam de cutucar a onça com vara curta... "reclamaram" tanto que lá vai mais uma postagem sobre o Fluminense. E, na real, não é pra elogiar o time. Haja visto que depois de um empate em 2 gols com o Macaé, que soa como derrota, elogios são dispensáveis.

O grande problema, e acho que todo mundo percebeu, é a suposta ousadia do Renato, escalando três atacantes - coisa que nunca mais deu certo no futebol, porque no antigo 4-3-3, havia dois extremas que faziam as jogadas de velocidade e um centroavante "matador". Quando a Holanda de Rinus Michels mostrou que o caminho para um futebol bem jogado era a rotação entre os atletas, ali foi a morte deste esquema.

A dificuldade que o Flu teve em ganhar do Duque de Caxias, principalmente pela participação pífia de Gustavo Nery na lateral-esquerda e de Fabinho no meio-campo, marcando pessimamente, foi a senha. E o jogo de sábado mostrou que realmente a fase do camisa 6 não é boa e, pior, as subidas dos laterais e o excesso de atacantes sobrecarrega os marcadores. Ygor levou um drible inaceitável de um jogador do Macaé. Coisa que não pode acontecer de novo.

Outra coisa: nome não pode assegurar escalação automática entre os titulares. Renato já deveria ter percebido que Gustavo Nery está muito mal e Júnior Cesar, que era o dono da posição ano passado, merece voltar - pelo menos por enquanto. Que com três atacantes, não dá pra se jogar - e que se houver alguém pra ser sacado, que seja Dodô, a peça mais nula em campo no sábado.

Torço pra que Renato reveja seus conceitos. Essa semana será chave para o futuro do Fluminense não só no Estadual como também para seu início de campanha para a Libertadores, pois se ele continuar com o dilema do esquema, sei não viu...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Ai que saudades eu tenho...

Pode não parecer, mas eu gosto de carnaval, sambas-enredo, marchinhas e quejandos.

Se for "das antigas", melhor ainda. Ainda mais nestes tempos de sambas de condomínio, que na avenida viram verdadeiras marchinhas safadas e enredos repletos de citações a patrocinadores. Até cheguei a destacar um da Acadêmicos do Pro... (ops!) Grande Rio, que tinha nomes de produtos da Nestlé.

Enfim, isto não vem ao caso. Até porque de agora até quarta-feira de cinzas o blog será inundado por vídeos curtinhos de desfiles de carnaval dos anos 70 e 80.

Vou começar com uma escola pela qual tenho enorme simpatia e que nos anos 70 se destacou pela irreverência e ótimos sambas: a União da Ilha, aqui com o enredo "O Amanhã", de 1978. No fim do vídeo, não estranhem, tem a Império da Tijuca no seu carnaval de 1986. Mas vale acompanhar: o samba sobre a Tijuca é ótimo.

Divirtam-se.


Sede de bons filmes

Ano passado, fui ver Tropa de Elite três vezes. Esse ano, mal janeiro termina e já vi duas vezes o novo fenômeno de bilheteria do cinema nacional: Meu nome não é Johnny. E estou preparando o espírito pra ir uma terceira vez. De preferência antes do carnaval.

O bom filme tem que provocar este tipo de reação no público. Tem que pegar o espectador à unha, instigar, provocar questionamentos e deixar bordões ou frases grudadas feito chiclete na nossa cabeça. Haja visto o que Capitão Nascimento e seus comandados fizeram na produção conduzida por José Padilha. Ainda tenho certeza que "Tropa de Elite" teria representado melhor o Brasil numa disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, em vez do filme de Cao Hamburger que não chegou à lista final.

Em "Meu nome não é Johnny", a realidade carioca é posta a nu outra vez e talvez seja isto que esteja atraindo tantos espectadores ao cinema. Em vez do BOPE, treinamentos tático-militares de guerra e a corrupção policial, vemos como se comporta a classe média-alta, na figura de um jovem que acaba entrando no submundo das drogas como usuário e traficante. Situações das mais interessantes aparecem ao longo da produção, prendendo a atenção do espectador.

Selton Mello tem atuação destacada e Cléo Pires aparece como uma ótima coadjuvante, assim como Cássia Kiss na pele da severa juíza que condena João Guilherme Estrella - hoje produtor musical e compositor - à uma passagem por uma instituição penal hospitalar do Desipe.

Não vou contar muita coisa. Afinal, nada mais chato do que comentar detidamente o filme e tirar de você que me lê neste exato momento a vontade de ver um bom filme. E não dê ouvidos ou olhos às críticas ácidas, como a que vi na revista Rolling Stone deste mês, que teve muito má vontade com "Meu nome não é Johnny". Afinal, não se pode agradar sempre.

Eu recomendo. Vai na minha que é bom.

Trinta e um anos depois...

A sexta-feira passada foi especial. Pra começar, era o primeiro dia das minhas merecidas férias, que vão durar até 25 de fevereiro.

Estava eu "pilotando" meu notebook quando pisca no meu msn a querida amiga Inez. Depois do oi de sempre ela me pergunta:

- O que você vai fazer hoje?

E eu respondi com naturalidade:

- Eu pretendia ir ao aniversário de um amigo.

O amigo em questão é Rafael Lopes, do Globoesporte.com. E certamente o "rachador" Fred Sabino estaria lá. Mas o convite da Inez era irrecusável: ir digrátis pro Morro da Urca ver a Noite da Bossa Nova.

Nada mais justo: afinal, eu gosto do gênero, que é um dos símbolos do Rio de Janeiro e que em 2008 completa exatos 50 anos. E cá pra nós, milhões de anos-luz melhor que essa bosta chamada funk.

E tinha mais: fazia 31 anos que eu não subia no bondinho pra ir ao Morro da Urca. Fui ao Pão de Açúcar com seis anos de idade e só. No auge do Noites Cariocas que Nelsinho Motta inventou e revolucionou a vida noturna carioca, eu não tinha idade pra poder assistir os históricos shows de Tim Maia, Titãs, Blitz e outros.

Quando chegamos, Mariana de Moraes (a neta de Vinícius) já tinha encerrado seu show num espaço anexo ao anfiteatro principal, onde as atrações principais se exibiriam.

Por volta de meia-noite entrou no palco o Bossacucanova, grupo que tem Marcelinho da Lua nas picapes e Cris Delanno esbanjando simpatia nos vocais. A banda reinventa - como seu próprio nome denuncia - clássicos da Bossa em versões mais aceleradas, dançantes e muito boas de se ouvir.

E eles contaram com a participação de diversos convidados: a própria Mariana de Moraes deu sua canja, seguida por Roberto Menescal (um dos precursores da Bossa), Marcos Valle - que apareceu de surpresa quando o grupo começou a tocar sua versão para "Samba de Verão", Fernanda Takai e também Carlinhos Lyra.

Destaco a ótima versão do Bossacucanova para "Essa moça tá diferente", clássico de Chico Buarque gravado em disco com a participação do Simoninha. E o final apoteótico, quando eu já estava lá fora, pegando um copo de cerveja, foi regado por "A minha menina", dos Mutantes. Saí correndo em delírio e fui acompanhar a música, cantando alto e com alegria.

Intervalo e por volta de 1h30 entrou Celso Fonseca, liderando uma ótima banda com um senhor naipe de metais, um antigo tecladista da banda Black Rio e dois gaúchos no baixo e na bateria. Nomes, por favor, não me perguntem: não lembro deles.

Celso, que é guitarrista fixo dos discos de Gilberto Gil há anos, interpretou e tocou com grande competência para uma platéia já meia-boca, mas animada. Ele fez uma ótima versão para "Surfboard" do mestre Antônio Carlos Jobim e arriscou até a infame "Se ela dança eu danço", do não menos infame MC Marcinho. Depois de uma ótima participação de Marcos Valle, que voltou para dividir com Celso três ou quatro músicas, o show foi encerrado com uma excepcional cover de "Maria Fumaça", clássico da Banda Black Rio.

Ainda encarei a discotecagem de Nado Leal, mas aí se havia 80 pessoas era muito. Caí fora e vim dormir, exausto mas feliz porque graças a Deus tenho certeza de que gosto de música. De música de verdade, diga-se.

E olhando o meu Rio lá do alto do morro, com aquela visão sem igual da orla carioca, fico pensando como é que tem gente tão incapaz para comandar esta cidade de beleza ímpar e indescritível...

Boa semana a todos!

Inaceitável

Cadê os meus leitores fiéis que não estão votando no meu blog para o prêmio iBEST na categoria variedades?

O Saco de Gatos caiu para trigésimo-terceiro no ranking, com menos de 1% dos votos! Tanto quanto o blog de Olavo de Carvalho! Isso é inaceitável!

Vamos levar o blog pra cima!

Vote aqui. Não vai te fazer mal!

E deu Ganassi... de novo




Já é algo rotineiro: a Chip Ganassi Racing vence pelo terceiro ano consecutivo as 24 Horas de Daytona, na abertura da temporada 2008 da Grand-Am.

Pegando gosto pela coisa, Juan Pablo Montoya já encarou pela segunda vez a prova e nas duas, chegou na frente. Ano passado, com Pruett e Salvador Durán. Desta vez, estavam com ele e Pruett outro mexicano - Memo Rojas Jr. - e o escocês Dario Franchitti, o novo contratado de Ganassi para a Nascar.

Aliás, o que mais pode ser dito sobre o que JPM faz no automobilismo?

Venceu em Indianápolis, em Monza, em Mônaco e agora em Daytona. Le Mans é o limite!

O colombiano continua fazendo falta à Fórmula 1, embora muita gente não ache. E tenham certeza, vai aprontar horrores na Stock Car estadunidense em 2008.

A vitória da Ganassi não foi fácil. Das 695 voltas percorridas, o quarteto que pilotou o Lexus Riley liderou 252 - um quarto, praticamente, do total. Houve 24 bandeiras amarelas também e eles cruzaram com duas voltas de vantagem sobre o quarteto formado por Jimmy Vasser / Jimmie Johnson / Alex Gurney / Jon Fogarty - estes dois últimos os campeões do ano passado.

Os brasileiros tiveram participação destacada. Apenas Thomas Erdos, que dividia um Pontiac Fabcar com outros quatro pilotos, abandonou. Vítor Meira andou forte, mas seus companheiros de equipe não estiveram à altura e o Porsche Crawford da Vision ficou fora dos 20 primeiros colocados.

Hélio Castroneves, por seu turno, andou muito bem com o Pontiac Riley da Penske-Taylor, em conjunto com Ryan Briscoe e Kurt Busch, chegando em terceiro no geral - uma posição à frente de Ricardo Zonta (que vai correr em Le Mans com a Peugeot) / Nic Jönsson / Darren Turner.

Mas o melhor desempenho foi de Raphael Matos, que contribuiu para a vitória da Mazda na classe GT, com o RX-8 da equipe Speedsource. Ele dividiu o carro com Nick Ham / David Haskell / Sylvain Tremblay, derrotando o esquadrão de pilotos e carros oficiais da Porsche para terminar em nono na geral - um excelente resultado.


Classificação final:


1. Franchitti/Montoya/Pruett/Rojas
Lexus Riley 695

2. Fogarty/Gurney/Johnson/Vasser
Pontiac Riley 693

3. Briscoe/Busch/Castroneves
Pontiac Riley 689

4. Jonsson/Turner/Zonta
Pontiac Riley 688

5. Angelelli/Taylor/Taylor/Valiante
Pontiac Riley 687

6. Negri/Patterson/Rahal/Wilson
Ford Riley 680

7. Gavin/Krohn/van de Poele
Pontiac Riley 678

8. Goossens/Hunter-Reay/Matthews/O'Connell
Pontiac Riley 676

9. Ham/Haskell/Matos/Tremblay
Mazda RX-8 664

10. Ballou/Lally/Miller/Westbrook
Porsche GT3 Cup 657

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Rapidas e rasteiras

O moleque é bom - Campeão europeu de Fórmula 3, contratado pela ART e piloto de testes da Renault, Romain Grosjean larga na pole position para a primeira prova da Série Asiática da GP2 em Dubai, nos Emirados Árabes. Bruno Senna é o segundo no grid, Alberto Valério larga em décimo-quarto e Diego Nunes em décimo-sétimo. Os dois últimos estréiam na categoria. Boa sorte a eles!

Quorum fraco - A Speedcar, uma espécie de Stock Car Asiática, estreou junto com o programa da GP2 em Dubai. Apenas 14 carros compuseram o grid e a corrida teve vitória fácil de Gianni Morbidelli (alguém lembra dele?), que já correu na F-1. Üwe Alzen e Matthias Lauda (!!!) compuseram o pódio. Alesi, Herbert, Katayama e Johansson, os outros que correram na categoria máxima e estão na Speedcar, ficaram devendo. Haverá amanhã uma segunda corrida.

De malas prontas? - A morte da ChampCar parece iminente e o caminho poderá ser este se acontecer da Newman-Haas-Lanigan, um dos pilares daquela categoria estadunidense, se transferir para a IRL. O inglês Dan Clarke, que não era da equipe mas negocia com uma equipe deste outro campeonato, garante que na ChampCar "os pilotos não conseguem sequer receber pra correr". Por sua vez, Carl Haas garante que "a possibilidade de mudança existe e estamos estudando alternativas". Será?

Trocando de casa - Após brilhantes participações no WTCC com uma Alfa Romeo de 2006 no ano passado, James Thompson terá um novo carro: o Honda Accord. A equipe continuará sendo a mesma, a N. Technology, em parceria com a JAS Autosport, que prepara os carros no BTCC - o campeonato britânico. E tudo com suporte oficial de fábrica... a disputa promete!

O adeus do sueco - Morreu hoje em sua residência aos 55 anos o sueco Anders Olofsson. Vice-campeão europeu de F-3 em 1977 (à frente de Nelson Piquet), ele foi piloto da Nissan por muitos anos, ganhando também as 24 Horas de Spa. Há dez anos, foi vice-campeão das 24 Horas de Le Mans pilotando um Gulf-McLaren GTR em parceria com Jean-Marc Gounon e Pierre-Henri Raphanel. Descanse em paz...

Negri faz história em Daytona




É do brasileiro Oswaldo Negri Jr. (à direita na foto) a pole position para a edição 2008 das 24 Horas de Daytona, que largam sábado na pista da Flórida, abrindo a temporada da Grand-Am. Com o Ford Riley da Mike Shank Racing, que teve bom desempenho nos testes de inverno, o piloto superou o companheiro de equipe A. J. Allmendinger - dando à escuderia uma dobradinha inédita na primeira fila do grid.

"Não podia haver melhor forma de começar nossa parceria com a Ford e eu não sei dizer o quanto estou feliz com essa pole position", afirmou Negri - que terá como parceiros o companheiro de sempre, Mark Patterson, além dos pilotos da ChampCar Justin Wilson e Graham Rahal. Allmendinger correrá com Ian James, John Pew e Burt Frisselle.

Na classe dos protótipos, onde a MSR está inscrita, outros pilotos brasileiros também já estão confirmados entre os 15 primeiros do grid: Hélio Castroneves, com Ryan Briscoe e Kurt Busch, larga em 13o. no Pontiac Riley da Penske-Taylor Racing. E Ricardo Zonta, que nos testes bateu o Pontiac Lola da Krohn Racing, viu o carro ser trocado pelo Riley "velho de guerra". Nic Jönsson classificou o carro que ele, o brasileiro e Darren Turner dividirão, na décima-quinta posição.

Na divisão dos GTs, com 43 inscritos, o Mazda RX-8 da Speedsource foi o destaque: Sylvain Tremblay fez a pole position e colocou o carro japonês na frente de todos os outros do grupo, entre eles os favoritíssimos Porsches. O brasileiro Raphael Matos, que correrá na Indy Pro Series em 2008 e é piloto contratado da Mazda nos EUA, faz parte do quinteto.
Os 15 melhores de cada categoria são os seguintes:
DP
1. Negri / Patterson / Rahal / Wilson - Ford Riley #60 Mike Shank Racing
1'40"793
2. Allmendinger / Frisselle / James / Pew - Ford Riley #6 Mike Shank Racing
1'40"802
3. Goossens / Hunter-Reay / Matthews / O'Connell - Pontiac Riley #91 Riley-Matthews Motorsports
1'41"041
4. Angelelli / W. Taylor / R. Taylor / Valiante - Pontiac Riley #10 SunTrust Racing
1'41"161
5. Wilkins / Braun / Ranger / Frisselle - Ford Riley #61 AIM Autosport
1'41"413
6. Pruett / Montoya / Rojas / Franchitti - Lexus Riley #01 Telmex Chip Ganassi Racing
1'41"505
7. Donohue / Law / Rice - Porsche Riley #58 Brumos Porsche
1'41"764
8. Dalziel / Duno / Enge / Primat - Pontiac Riley #11 SAMAX
1'41"878
9. Cullen / Gregoire / Plumb / Wahl / Shovlin - BMW Riley #7 Sigalsport
1'41"975
10. Dixon / Lloyd / Duran / Wheldon - Lexus Riley #02 Target Chip Ganassi Racing
1'41"996
11. Fogarty / Gurney / Johnson / Vasser - Pontiac Riley #99 Gainsco-Bob Stallings
1'42"160
12. Auberlen / Hand / Long / Wallace - Porsche Crawford #23 Alex Job Racing
1'42"230
13. Briscoe / Busch / Castroneves - Pontiac Riley #9 Penske-Taylor Racing
1'42"257
14. Rockenfeller / Luhr / McNish / Zogaib - Pontiac Riley #2 SAMAX
1'42"271
15. Jönsson / Turner / Zonta - Pontiac Riley #76 Krohn Racing
1'42"296


GT

1. Tremblay / Haskell / Matos / Ham - Mazda RX-8 #70 Speedsource
1'50"758

2. Montanari / Monzon / Marsh / Veni - Ferrari 430 Challenge #56 Mastercar
1'50"873

3. Collard / Dumas / Pumpelly / George Jr. / Sellers - Porsche GT3 Cup #67 TRG
1'50"945

4. Fitzgerald / Mowlem / Papadopoulos / Willsey - Porsche GT3 Cup #34 Orbit
1'51"348

5. Alessi / Prewitt / Reindler / Rice / Trenery - Porsche GT3 Cup #21 Matt Connolly
1'51"450

6. Greenberg / Faulkner / Heylen / Arnold - Porsche GT3 Cup #80 Synergy Racing
1'51"513

7. Burtin / Baldwin / Tucker / Zabinski / Ragginger - Porsche GT3 Cup #62 TRG
1'51"573

8. Dobson / Staveley / Stone / Shorne - Mazda RX-8 #30 Racers Edge Motorsports
1'51"606

9. Davis / Jeannette / Liddell / Pobst - Pontiac GXP-R #57 Stevenson Motorsports
1'51"717

10. Curran / Kaffer / Lacey / Stippler / Wilkins - Porsche GT3 Cup #88 Farnbacher-Loles
1'51"723

11. Ballou / Lally / Miller / Westbrook - Porsche GT3 Cup #66 TRG
1'51"802

12. Drudi / Gianmaria / Rosa / Hardt / Petrobelli - Porsche GT3 Cup #89 Farnbacher-Loles
1'51"805

13. Bernhard / Ehret / Farnbacher / Werner - Porsche GT3 Cup #87 Farnbacher-Loles
1'51"823

14. Henzler / Lux / Keen / Maassen / Bergmeister - Porsche GT3 Cup #86 Farnbacher-Loles
1'51"841

15. Dumoulin / Nastasi / Empringham / Said - Ford Mustang #15 Blackforest
1'51"947

Valência, dia 4 - o campeão apresenta armas

Kimi Räikkönen riu por último no dia final de treinos coletivos em Valência, ontem, na Espanha. O atual campeão mundial fez o tempo de 1'11"189 na melhor de suas 88 voltas, deixando para trás o compatriota Heikki Kövalainen, menos de um décimo mais lento a bordo da McLaren Mercedes.

A boa performance de Kova a bordo do carro #23 faz crer que nos dois treinos onde foi mais veloz que o vice-campeão Lewis Hamilton, ele andou com pouca gasolina e pneus novos, "só para impressionar".

O que já não impressiona mais, embora a Williams diga que o FW30 ainda não é "rápido o suficiente" é a boa performance dos seus pilotos com o novo carro. Desta vez foi Kazuki Nakajima a marcar o quarto melhor tempo do dia, atrás de Felipe Massa - e também na casa de um minuto e onze segundos.

Lewis Hamilton foi o quinto mais rápido da sessão de treinos e Robert Kubica apareceu com a sexta marca do dia. A Honda desta vez andou com Jenson Button e o resultado foi praticamente o mesmo alcançado por Rubens Barrichello: penúltimo.

Nelson Ângelo Piquet treinou com a Renault e ficou em décimo-segundo. O jovem estreante brasileiro foi protagonista de uma saída de pista que provocou uma das cinco bandeiras vermelhas do dia. As outras foram cortesias de Bourdais (por rodada), Hamilton, Fisichella e Vettel (estes três por problemas em seus carros).

Os tempos da quinta:

1. Räikkönen / Ferrari - 1'11"189 (88)
2. Kövalainen / McLaren Mercedes - 1'11"206 (89)
3. Massa / Ferrari - 1'11"831 (96)
4. Nakajima / Williams Toyota - 1'11"971 (116)
5. Hamilton / McLaren Mercedes - 1'11"994 (84)
6. Kubica / BMW Sauber - 1'12"095 (86)
7. Trulli / Toyota - 1'12"109 (96)
8. Vettel / STR Ferrari - 1'12"526 (113)
9. Heidfeld / BMW Sauber - 1'12"600 (39)
10. Glock / Toyota - 1'12"705 (68)
11. Fisichella / Force India Ferrari - 1'12"949 (93)
12. Piquet / Renault - 1'12"973 (89)
13. Bourdais / STR Ferrari - 1'13"060 (95)
14. Webber / RBR Renault - 1'13"133 (15)
15. Hülkenberg / Williams Toyota - 1'13"306 (74)
16. Button / Honda - 1'13"689 (80)
17. Kogure / Honda - 1'15"703 (25)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sufoco e virada tricolor!

Leandro Amaral comemora o lindo gol contra o Duque de Caxias: que virada!





A "marrom" Alcione cantava com muita propriedade em uma de suas canções: "Que sufoco!"

A quarta-feira soava nefasta para o Fluminense no Maracanã quando em 25 minutos, o estreante time do Duque de Caxias já fazia 2 x 0 em cima do tricolor. O primeiro gol, em jogada bonita do baixinho Madson, foi marcado por Edvaldo. O segundo, em falha abissal do lateral Gustavo Nery (o pior em campo), resultante de um belíssimo voleio do Viola - o veterano e marrento atacante de 38 anos, campeão com a seleção na Copa dos EUA.

Felizmente Renato percebeu que o time teria imensas dificuldades caso seguisse com o camisa 6 em campo e além dele, sacou Fabinho, entrando em seus lugares Júnior César e Cícero - os mesmos atletas que também jogaram o 2o. tempo contra o Cardoso Moreira. E tal como na estréia, entraram bem e deram outro dinamismo ao time.

Aos 3 minutos, o melhor zagueiro do Brasil (Thiago Silva, quem mais?) soltou um petardo sem defesa para Fernando e o gol foi o estopim da reação do Fluminense. O lindo gol de Leandro Amaral e a cabeçada fulminante de Washington selaram a suada mas importante vitória contra o time da Baixada Fluminense - que promete dar muito trabalho no Estadual 2008.
O que fica claro em 180 minutos que o tricolor jogou é que, se um lateral que tem uma chance de ouro para reerguer sua carreira, manchada pela participação no rebaixamento do Corinthians à Série B, não consegue entrar em forma e mostra além de indolência uma péssima colocação em campo, este jogador não pode ser titular. Ainda mais com Júnior César - que não é nenhuma sumidade, é verdade, mas que foi o dono da camisa 6 o ano inteiro - entrando bem em seu lugar e em ótima forma.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Clip da semana - Plebe Rude no Perdidos na Noite

Digam o que quiserem: Fausto Silva era ótimo no impagável e inesquecível Perdidos na Noite, primeiro na Gazeta, depois na Record e por fim na Band - de onde saiu pra apresentar (e piorar cada ano mais) o Domingão, na Globo.

E um de seus famosos bordões, "quem sabe faz ao vivo", tinha tudo a ver com a época do Perdidos.

Uma das bandas que teve participação e apresentação histórica no programa, gravado no Teatro Záccaro, tristemente abandonado em São Paulo, foi a Plebe Rude, que adoro.

Philippe Seabra, André X, Jander Bilaphra e Gutje foram parte da minha adolescência roqueira e o disco "O concreto já rachou" é um dos melhores, disparado, do rock nacional dos anos 80. Pura estética punk de Buzzcocks, Clash, Dead Kennedys e outras bandas do gênero que fortemente influenciaram os rapazes de Brasília.

No vídeo abaixo, eles arrebentam tocando "Proteção", composta em 1985 e ainda atualíssima.

Valência, dia 3 - Kovalainen e a honra de botar a McLaren na frente

O privilégio de pôr o McLaren MP4/23 Mercedes na frente em um teste da pré-temporada não coube ao vice-campeão Lewis Hamilton. O finlandês Heikki Kövalainen registrou o tempo cravado de 1'11", colocando mais de meio segundo de frente sobre Felipe Massa, o melhor na sessão coletiva de ontem. Räikkönen foi o terceiro colocado e Lewis Hamilton, com o segundo McLaren Mercedes, marcou a quarta posição.

Atrás das duplas de McLaren e Ferrari, despontou Kazuki Nakajima - 5º colocado com um modelo híbrido da Williams, enquanto Alonso treinou de novo com a Renault, e de novo ficou em sexto.

A BMW continua devendo: Heidfeld ficou com a nona posição e Robert Kubica foi o 12º. Nesta quarta, a Honda colocou na pista o novo carro - o RA108, com Rubens Barrichello ao volante. E o resultado não foi bom: o brasileiro ficou em penúltimo, na frente apenas do japonês Takashi Kogure, piloto da fábrica na Fórmula Nippon e que fez seu primeiro teste de F-1 com o modelo do ano passado.

Tempos de hoje:

1. Kövalainen / McLaren - 1'11"000 (92)
2. Massa / Ferrari - 1'11"662 (81)
3. Räikkönen / Ferrari - 1'11"850 (108)
4. Hamilton / McLaren - 1'12"076 (115)
5. Nakajima / Williams - 1'12"255 (92)
6. Alonso / Renault - 1'12"360 (111)
7. Rosberg / Williams - 1'12"493 (117)
8. Webber / RBR Renault - 1'12"594 (87)
9. Heidfeld / BMW Sauber - 1'12"976 (51)
10. Vettel / STR Ferrari - 1'13"015 (63)
11. Glock / Toyota - 1'13"129 (96)
12. Kubica / BMW Sauber - 1'13"230 (121)
13. Bourdais / STR Ferrari - 1'13"307 (118)
14. Sutil / Force India Ferrari - 1'13"409 (98)
15. Trulli / Toyota - 1'13"547 (96)
16. Barrichello / Honda - 1'14"874 (35)
17. Kogure / Honda - 1'16"761 (50)

Obs.: tempos extra-oficiais

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Caso encerrado

Batido o martelo: independentemente de data, o Rio de Janeiro vai receber a Corrida de US$ 1 milhão da Stock Car V-8 em 2008, no que restou do autódromo de Jacarepaguá - cuja demolição é o desejo do alcaide carioca e do presidente do COB - cujos nomes me recuso a escrever e/ou pronunciar.

Enquanto tal evento não acontece e o Rio não ganha um novo autódromo, o que deveria ser a PRIORIDADE da CBA e da FAERJ, através dos egrégios presidentes Paulo Scaglione e Djalma Neves, o organizador da Stock Car, Carlos Col, diz que por ele o assunto está encerrado e o evento, que esteve sob forte dúvida - pois não constava do calendário divulgado no fim da semana passada pela CBA - acontecerá no Rio de Janeiro.

"A cidade é um cartão-postal do Brasil e trata-se de uma prova que sem dúvida terá repercussão no exterior. Um evento com tanta grandeza e uma premiação inédita no automobilismo nacional e mundial merece essa atenção. Por isso, não divulgamos ainda o calendário de 2008", garantiu Carlos Col.

Valência, dia 2 - Dobradinha Ferrari

Num autódromo lotado pela fanática torcida espanhola, ávida por ver Fernando Alonso ao volante do novo Renault R28, a Ferrari deu as cartas no primeiro dia de treinos coletivos realizados hoje no Circuito Ricardo Tormo, em Valência. Felipe Massa, na melhor de suas 97 voltas, registrou o tempo de 1'12"182 - mais de meio segundo melhor que o finlandês Kimi Räikkönen, o atual campeão mundial de pilotos.

A surpresa do dia foi o ótimo terceiro lugar de Nico Rosberg. O Williams FW30 Toyota mal desceu do caminhão e foi muito rápido - 1'12"838, dois décimos melhor que a McLaren de Heikki Kövalainen.

Alonso andou hoje o equivalente a quase 500 km com seu carro e foi apenas o sexto. Outros quatro pilotos andaram com modelos de 2008, mas ficaram bem atrás: Nick Heidfeld (BMW, 11º), Jarno Trulli (Toyota, 12º), David Coulthard (RBR Renault, 13º) e Timo Glock (Toyota, 14º). No total, dezesseis pilotos treinaram.

Tempos de hoje:

1. Massa / Ferrari - 1'12"182 (97)
2. Räikkönen / Ferrari - 1'12"721 (100)
3. Rosberg / Williams Toyota - 1'12"838 (80)
4. Kövalainen / McLaren Mercedes - 1'13"026 (100)
5. de la Rosa / McLaren Mercedes - 1'13"163 (107)
6. Alonso / Renault - 1'13"316 (133)
7. Nakajima / Williams Toyota - 1'13"473 (89)
8. Vettel / STR Ferrari - 1'13"627 (86)
9. Asmer / BMW Sauber - 1'13"669 (44)
10. Bourdais / STR Ferrari - 1'13"675 (73)
11. Heidfeld / BMW Sauber - 1'13"779 (80)
12. Trulli / Toyota - 1'13"820 (69)
13. Coulthard / RBR Renault - 1'13"944 (70)
14. Glock / Toyota - 1'14'095 (76)
15. Liuzzi / Force India Ferrari - 1'15"095 (64)
16. Wurz / Honda - 1'15"440 (49)

Obs.: tempos extra-oficiais

E o Oscar NÃO VAI para...

... "O ano em que meus pais saíram de férias". Pois é... o filme brasileiro dirigido por Cao Hamburger não passou pelo processo de seleção que determinou os cinco filmes hoje anunciados para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Chegou à chamada "short list", onde sobraram nove produções, mas acabou de fora da disputa - onde não haverá nenhum filme latino.

Os escolhidos são: "The counterfeiters”, de Stefan Ruzowitzky (Áustria), “Beaufort”, de Joseph Cedar (Israel), “Mongol”, de Sergei Bodrov (Cazaquistão), “12”, de Nikita Mikhalkov (Rússia), “Katyn”, de Andrzej Wajda (Polônia).

E desta vez, não houve uma produção que ganhasse um caminhão de indicações, como já aconteceu em priscas eras. O filme dos irmãos Joel e Ethan Coen, "Onde os fracos não têm vez" e o de Paul Thomas Anderson, "Sangue negro", tiveram oito indicações cada.

Agora, sem querer tirar os méritos do filme de Cao Hamburger, o Ministério da Cultura errou feio ao não apontar "Tropa de Elite" como um possível candidato ao prêmio de melhor filme estrangeiro. Mesmo com doses consideradas exageradas de violência, Capitão Nascimento e cia. limitada mereciam sem dúvida melhor sorte.

Quem sabe, em 2009...

Lamentável... mas verdadeiro

No ano do seu 90º aniversário, eis que o Cordão do Bola Preta recebe um rude golpe a menos de duas semanas do carnaval: o clube acaba de ser despejado de sua lendária sede, num prédio da Av. Treze de Maio, no centro do Rio de Janeiro. A alegação? Uma dívida de R$ 2 milhões de condomínio, jamais pago desde 1999.

Independentemente da situação financeira precária, o bloco sai no sábado de carnaval, com certeza arrastando milhares de pessoas pelo centro. Mas os tradicionais bailes realizados no salão do Bola, pelo visto não irão acontecer.

O veterano João Roberto Kelly, autor de inúmeras marchinhas carnavalescas que estouraram nos bailes do Bola Preta, está arrasado. E com razão. "É uma derrota para a cultura do Rio", afirmou.

Respeito a opinião de quem não gosta de carnaval e sei que muitos dos leitores deste blog preferem descansar na época desse feriado. Mas para uma cidade que vive vilipendiada pelos políticos, à sombra de tanta violência e cada vez mais carente de eventos populares, que atraiam multidões, a perda do Bola Preta - que é uma instituição da folia carioca - é muito, muito grave.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A culpa é da neblina...

Nesta segunda-feira, no circuito Ricardo Tormo, em Valência, Renault e Williams fizeram os primeiros quilômetros com seus novos carros: o R28 e o FW30, respectivamente.

O shakedown de ambas as equipes foi prejudicado pela vilã do dia: a cerração que baixou firme no traçado valenciano e atrapalhou qualquer avaliação por parte dos pilotos Fernando Alonso e Nico Hülkenberg, este escalado para dar as primeiras voltas com o novo Williams Toyota. Kazuki Nakajima e Nico Rosberg, os titulares, só andam a partir de amanhã.


Na Renault, o bicampeão de 2005 e 2006 teve a primazia de andar no novo carro, que mantém o mesmo visual duvidoso mesclando laranja, azul, branco e amarelo, além da identificação numeral simplesmente ridícula. De novo mesmo, e bem visível aliás, só o trem dianteiro do R28, com a asa-ponte (mais uma cópia da McLaren) e uma saia central abaixo do conjunto aerodinâmico.

A Williams vai continuar toda a temporada de testes com uma pintura neutra, em referência aos 30 anos de existência da equipe - o que é duvidoso, pois sabemos que em 1975 Jacques Laffite foi 2º no GP da Alemanha com um Williams e nos anos 60, Frank foi chefe de equipe de Piers Courage com equipes particulares. Outro erro grave é considerar que a escuderia inglesa ainda vai completar 500 GPs na Fórmula 1. Eles já têm 511.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Estréia nota 7

Não fui ao Maracanã ontem para ver a estréia do Fluminense em 2008. Mas mais de 32 mil pessoas (e depois dizem que o Flu não tem mais torcida que o Botafogo, com 12 mil presentes somente, no Engenhão...) foram e viram o tricolor vencer o caçula Cardoso Moreira por 2 x 0 no primeiro jogo oficial do ano.

A vitória foi justa pela superioridade do Flu sobre o adversário especialmente pelos valores individuais e pela parte técnica. Mas o Cardoso Moreira é um time ajeitadinho e em chutes de longa distância, deu trabalho ao redivivo goleiro Diego - que desde 2006 não era titular do tricolor. O Flu teve duas bolas na trave e um gol mal anulado. Acho que um score de 5 x 0 seria exagerado. O placar ao fim da partida foi bem mais justo e segura a euforia da torcida.

Uma vitória nota 7, sem dúvidas.

***

Renato escalou o time no usual 4-4-2 porque não pode contar com Dodô, expulso na decisão do Estadual quando ainda era do Botafogo. Entrou em campo com Diego, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Gustavo Nery (depois Júnior César); Ygor, Arouca, David (depois Cícero) e Thiago Neves (depois Roger); Leandro Amaral e Washington.

Sobre os novos contratados, algumas considerações:

Gustavo Nery está ainda fora de forma. Tem experiência, pode somar, mas se bobear, perde a vaga para Júnior César, que ontem entrou bem e fez o cruzamento do primeiro gol do Flu;

Ainda é cedo para dizer, mas Ygor deve fazer a torcida tricolor não sentir falta alguma de Fabinho;

Leandro Amaral é provavelmente o jogador mais festejado pela torcida até aqui. Uma contratação considerada fundamental. É artilheiro e vai brilhar com o manto das três cores que traduzem tradição;

Washington também lutou muito na estréia. Pode fazer história como seu xará que brilhou no time tricampeão entre 83 e 85.

***

Quarta-feira, à noite, o adversário é outro novato: o Duque de Caxias, que encaçapou o América (pobre Ameriquinha...) por 5 x 2 em Édson Passos.

Perguntas que não querem calar:

Dodô joga?

Renato vai mesmo arriscar o 4-3-3 contra um time que estréia dando de cinco?

Quando é que Cícero vai deixar de ser um jogador deslumbrado e indolente em campo? Talento ele tem...

Alguém arrisca placar? Pra mim, um 2 x 0 como ontem está de bom tamanho.

Saudações tricolores.

25 anos de saudade do Mané

Há quem diga que ele foi melhor que Pelé.

Afinal, como podia um neto de índios da desconhecida tribo Fulni-Ô, de idade mental menor que sua idade cronológica denunciava, com pernas absolutamente arqueadas, tortas, jogar tanta bola assim?

Manoel Francisco dos Santos, o inesquecível Mané Garrincha, que chamava os laterais de "João" - fosse de onde fossem, quer seja do Flamengo ou da seleção da URSS, invicto pela seleção sempre que jogou com Pelé ao seu lado, bicampeão mundial em 1958 e 1962, ídolo máximo do Botafogo, morreu na miséria e esquecido.

E neste 20 de janeiro chuvoso, completaram-se 25 anos do passamento do craque Mané.

Até hoje, nada foi feito para lembrar de forma digna as glórias do ponta pelo alvinegro de General Severiano e pela seleção. Cadê o Memorial que tanto prometeram? Onde estão os pesquisadores que não se cotizam para conseguir montar um acervo à altura de Mané?

Garrincha mereceu um belo documentário dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, com o subtítulo de "A alegria do povo" e um livro polêmico escrito por Ruy Castro, proibido pela família do jogador a princípio e posteriormente liberado. E que virou filme - dizem, ruim - dirigido por Milton Alencar e estrelado por André Gonçalves (que viveu Mané) e Taís Araújo, interpretando a cantora Elza Soares.

Melhor lembrar do anjo das pernas tortas através das imagens que são eternas e simbolizam toda a genialidade do ponta que ganhou uma vaga no Botafogo por entortar ninguém menos que a "Enciclopédia" Nílton Santos, simplesmente o maior lateral-esquerdo da história do futebol brasileiro.

Pequenas maravilhas XIV - Festival Ferrari 512

Companheiro de Orkut e também apaixonado por automobilismo, o Egídio mandou algumas fotos há algumas semanas e eu estava devendo colocá-las no blog.

Bom... a partir de hoje, não devo mais, pois começo a postar as imagens das miniaturas que ele tem.

As duas primeiras são do mesmo modelo: a Ferrari 512, que disputou entre 1970 e 1971 o Campeonato Mundial de Marcas. Este projeto, que precedeu a primeira versão da 312 P, como a própria sigla denuncia, tinha motor de 5 litros e 12 cilindros, debitando mais de 550 HP de potência.

Com o carro vermelho da foto abaixo, o número 28, Mario Andretti e Arturo Merzario (Jacky Ickx foi inscrito, mas não correu), chegaram em terceiro lugar nas 24 Horas de Daytona, prova inaugural do Mundial de 1970. Só perderam para os Porsches 917 K da escuderia Gulf-John Wyer - os carros mais vitoriosos da época.




A máquina amarela, também uma 512 - disputou os 1000 km de Buenos Aires de 1971, daí ter o YPF ao lado do número 18 com o qual foi inscrita. O carro, da Écurie Francorchamps, foi conduzido por Hughes de Fierlant e Gustave Gosselin na prova que marcou lamentavelmente o acidente fatal do italiano Ignazio Giunti. A dupla belga chegou em sexto na ocasião e, como no ano anterior, ganharam os Porsches da Gulf-John Wyer.

Trigésimo!

Nem faz 48 horas que este blog está na lista do prêmio iBEST e já está na trigésima colocação da categoria variedades, com 1% de votos. Com a ajuda de vocês que o lêem, dá pra ir mais longe.

Basta votar aqui.

sábado, 19 de janeiro de 2008

O céu é o limite

O sábado começa com uma notícia e tanto para este blog de quase dois aninhos de existência: o Saco de Gatos está indicado ao prêmio iBEST para o melhor da internet em 2007, concorrendo na categoria de Variedades.

Conto com a colaboração dos leitores e dos amigos para que o Saco tenha uma votação expressiva, digna do carinho que tenho por vocês que acompanham o dia-a-dia deste blog.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Gordon Smiley

O estadunidense Gordon Smiley, visto aqui abaixo na Fórmula Aurora em 1979, foi vítima anos mais tarde de um dos mais impressionantes acidentes da história do automobilismo.

Durante os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, ele bateu no muro. E as imagens que você poderá ver no vídeo abaixo são impressionantes.



Smiley, que tinha 33 anos, foi o primeiro piloto morto no Speedway desde 1973, quando naquele ano faleceram Art Pollard, nos treinos, e Swede Savage, em conseqüência de um enorme acidente durante a corrida.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Fórmula Aurora - a baba do quiabo

Por alguns anos, um campeonato chamado Aurora AFX Championship - aqui Fórmula Aurora - com provas disputadas na Europa e principalmente na Inglaterra, movimentou o mercado de antigos carros de Fórmula 1, tornando-se uma oportunidade para pilotos que não conseguiam lugar ao sol na categoria máxima e também não tinham chance na F-2 européia.

Dezenas de pilotos que fracassaram na F-1 ou obtiveram pífios resultados nela, surgiram na F-Aurora. Alguns ficaram por lá mesmo.

Abaixo, você pode ver alguns dos carros e pilotos que fizeram parte da história da categoria. Divirtam-se.

David Kennedy - Wolf WR5 Cosworth - Brands Hatch, 1979

Emilio de Villota - Williams FW07 Cosworth - Brands Hatch, 1980

Ricardo Zunino - McLaren M23E Cosworth - Silverstone, 1979

Gordon Smiley - Tyrrell 008 Cosworth - Zolder, 1979

Desiré Wilson - Wolf WR4 Cosworth - pista não sabida, 1980

Do fundo do baú




Essa é pra testar o conhecimento da moçada. Quero saber quem são os pilotos da foto acima, a pista, o ano da disputa e o que aconteceu entre eles. Será que Mestre Joaquim, com sua sapiência e vastíssima memória, há de saber?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Jerez, dia 3 - Chuva influencia e Glock fecha na frente

O terceiro e último dia de treinos coletivos na pista de Jerez de la Frontera revelou uma surpresa no topo da tabela. Com a chuva prejudicando os trabalhos, só na parte da tarde os pilotos puderam andar com pista seca. E nestas condições, o alemão Timo Glock acabou com o melhor tempo da quarta-feira, a bordo do novo Toyota TF108.

Glock, campeão da GP2 ano passado, conseguiu o tempo de 1'19"799, exatos 3 décimos mais rápido que o britânico Lewis Hamilton, da McLaren. Fernando Alonso andou muito bem mais uma vez com o Renault do ano passado e cravou a terceira melhor marca do dia.

Sébastien Bourdais voltou a impressionar com a STR Ferrari, marcando o quarto tempo, à frente de Felipe Massa, único brasileiro que treinou hoje na Espanha. Treinaram 14 pilotos no total, por oito escuderias. A Honda não apareceu e a Aguri, com problemas crônicos no carro de James Rossiter, deu por encerrados os trabalhos ontem mesmo.

Amanhã, apenas a Renault permanecerá em Jerez, pois o português Álvaro Parente fará um teste como prêmio por seu título na World Series, patrocinada pela montadora francesa.

Tempos de hoje:

1. Glock - Toyota - 1'19"799 (96 voltas)
2. Hamilton - McLaren Mercedes - 1'20"099 (73)
3. Alonso - Renault - 1'20"363 (49)
4. Bourdais - STR Ferrari - 1'20"407 (51)
5. Massa - Ferrari - 1'20"500 (85)
6. Kövalainen - McLaren Mercedes - 1'20"535 (79)
7. Kobayashi - Toyota - 1'20"577 (53)
8. Räikkönen - Ferrari - 1'20"646 (88)
9. Nakajima - Williams Toyota - 1'20"758 (57)
10. Sutil - Force India Ferrari - 1'21"705 (71)
11. Webber - RBR Renault - 1'22"275 (53)
12. Coulthard - RBR Renault - 1'22"581 (54)
13. Hülkenberg - Williams Toyota - 1'24"023 (65)
14. Vettel - STR Ferrari - 1'24"873 (50)

Clip da semana - "Rock The Casbah"

Cabeça-de-ponte do punk rock, o grupo The Clash marcou sua passagem na história da música entre 1976 e meados dos anos oitenta, incorporando à fúria do rock and roll elementos como o reggae, o rockabilly e o funk. Com diferentes formações, a banda teve entre seus principais elementos os guitarristas Joe Strummer e Mick Jones - que após sua expulsão do grupo fundou o B.A.D. (Big Audio Dynamite).

O primeiro single de sucesso foi "White Riot", mas foi com o álbum "London Calling", copiando a capa de um antigo lançamento de Elvis Presley, que o Clash deslanchou de vez. Seu álbum mais vendido foi "Combat Rock", onde despontaram alguns dos maiores clássicos do grupo.

Um deles, revelando a veia crítica e corrosiva do grupo, é este: "Rock The Casbah", que mereceu um clip simplesmente hilário em 1982.

Vale a pena ver de novo.

Recordar é viver - Jacarepaguá, 1968

Moçada, pra quem não sabe, há vídeos no Youtube com imagens que poucos sabiam que existiam: provas do Campeonato Carioca de Automobilismo dos anos 60. E já que querem "assassinar" Jacarepaguá, vamos então pagar tributo a quem fez história no esporte.

Abaixo, o vídeo da 3a. etapa da temporada de 1968, na antiga pista - evidentemente. Só a música é mais atual, com Nirvana ao fundo. E imagens pra ver, rever, babar e chorar.

O número 5




Quinta colocada no Mundial de Construtores de 2007, a Red Bull desta vez não apelou para seu marketing por vezes corrosivo e repleto de ironias para lançar seu novo carro. O modelo RB4 para a próxima temporada foi apresentado hoje em Jerez de la Frontera, na Espanha - mesma pista onde acontece a primeira bateria de testes de inverno.

Com a presença dos titulares David Coulthard e Mark Webber, a equipe anunciou também a contratação do suíço Sébastien Buemi, 19 anos, como reserva imediato. O novo carro segue a tendência da F-1 atual, com seus carros lotados de reentrâncias, penduricalhos e congêneres.

Adrian Newey e sua equipe de engenheiros conceberam um carro com soluções visivelmente chupadas da concorrência. A asa-ponte na dianteira, é inspirada no modelo de 2007 da McLaren. O capô do motor é praticamente idêntico ao da BMW Sauber. De diferente mesmo do RB3, além das "cópias", só o desenho da lateral do carro.

Dentro do novo RB4, vai pulsar o motor Renault V-8 de 2,4 litros e uma nova caixa de câmbio, que terá que durar o equivalente a quatro GPs (incompreensível isso...) foi concebida.

Quando digo que é incompreensível, tanto quanto a regra do motor ter que durar duas corridas, é que estas "regras" da FIA descaracterizam a Fórmula 1. Parece mais um campeonato de Endurance...

Enfim.... o novo Red Bull RB4 já andou hoje em Jerez. Tempos do terceiro dia de treino, mais tarde.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Jerez, dia 2 - O doce regresso do bicampeão



O bom filho à casa torna. E em grande estilo: no primeiro teste de pista como contratado (de novo) da Renault, o espanhol Fernando Alonso fez o melhor tempo do segundo dia de teste coletivo da Fórmula 1 em Jerez de la Frontera.

A pista andaluza, com boa afluência de público, esteve seca durante toda a terça e o asturiano não teve trabalho para cravar 1min19s503 na melhor de suas 70 voltas. Pedro de la Rosa, também espanhol, fez 1min19s650 com a McLaren. O detalhe é que, enquanto ele andou com o carro novo, Alonso treinou com a Renault R27, que teve um rendimento abaixo do esperado no ano passado.

Se o próprio bicampeão mundial dizia que "levou 0s7 para a McLaren", então ele trouxe com certeza esses décimos de volta para a Régie...

A Ferrari, mais veloz da segunda-feira, ficou com a terceira colocação, com Räikkönen e a quinta, com Massa. Entre eles, Nico Rosberg, da Williams.

Amanhã, a Red Bull apresenta o RB4 em Jerez. Hoje, o australiano Mark Webber foi o nono mais rápido.

Os tempos de hoje:

1. Alonso - Renault - 1'19"503 (70 voltas)
2. de la Rosa - McLaren Mercedes - 1'19"650 (111)
3. Räikkönen - Ferrari - 1'19"708 (90)
4. Rosberg - Williams Toyota - 1'19"756 (81)
5. Massa - Ferrari - 1'19"772 (85)
6. Kövalainen - McLaren Mercedes - 1'19"780 (130)
7. Vettel - STR Ferrari - 1'20"305 (86)
8. Bourdais - STR Ferrari - 1'20"346 (76)
9. Webber - RBR Renault - 1'20"392 (80)
10. Nakajima - Williams Toyota - 1'20"526 (56)
11. Glock - Toyota - 1'20"598 (109)
12. Fisichella - Force India Ferrari - 1'20"764 (76)
13. Kobayashi - Toyota - 1'22"060 (55)
Obs.: os tempos são extra-oficiais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Jerez, dia 1 - Ferrari dita o ritmo



A chuva marcou presença no início dos treinos para a temporada 2008 do Mundial de Fórmula 1. Com pista molhada, os pilotos andaram na primeira metade da sessão, pela manhã, com Felipe Massa e a Ferrari F2008 ditando o ritmo - em que pese os problemas enfrentados pelo piloto brasileiro, que provocou uma das oito bandeiras vermelhas que interromperam os trabalhos na Espanha.

Na parte da tarde, a história se repetiu - pelo menos com relação ao carro vermelho, o mais rápido sempre. Mas não quanto ao piloto: Kimi Räikkönen começou ligeiramente melhor e com o tempo de 1'19"846, fechou o dia na frente contra 1'20"123 do companheiro de equipe.

Testando o McLaren MP4/23 com Pedro de la Rosa e Heikki Kövalainen, a equipe dirigida por Ron Dennis viu seus pilotos terminarem o dia em terceiro e quinto, respectivamente. Entre eles, o excelente alemão Sebastian Vettel, da STR Ferrari.

A outra equipe a andar com modelo de 2008 - a Toyota - não foi além de oitavo, com Jarno Trulli a 1s5 de Räikkönen.

Nelson Ângelo Piquet andou com a Renault R27 e foi o nono. O espanhol Fernando Alonso reestréia pela equipe amanhã.


Tempos de hoje:


1. Räikkönen - Ferrari - 1'19"846 (59 voltas)
2. Massa - Ferrari - 1'20"123 (42)
3. de la Rosa - McLaren Mercedes - 1'20"548 (54)
4. Vettel - STR Ferrari - 1'20"732 (40)
5. Kövalainen - McLaren Mercedes - 1'20"936 (48)
6. Bourdais - STR Ferrari - 1'20"997 (47)
7. Rosberg - Williams Toyota - 1'21"143 (47)
8. Trulli - Toyota - 1'21"314 (84)
9. Piquet - Renault - 1'21"696 (41)
10. Coulthard - RBR Renault - 1'21"746 (49)
11. Liuzzi - Force India Ferrari - 1'23"035 (44)
12. Nakajima - Williams - 1'23"134 (42)
13. Glock - Toyota - 1'24"351 (56)
14. Rossiter - Super Aguri Honda - 1'34"862 (10)

Obs.: os tempos são extra-oficiais

O número 4


Sem muito alarde e em cerimônia discreta, a vice-campeã mundial de construtores de 2007 apresentou nesta segunda-feira seu novo carro para este ano. O modelo F1.08 da BMW segue a tendência da evolução dos dois carros anteriores, o que certamente trará mais conforto à dupla de pilotos: Robert Kubica e Nick Heidfeld.

Mas ao contrário de 2006 e 2007, neste ano já se fala em... vitórias. Os bávaros, liderados por Mario Thiessen sabem que um projeto a médio / longo prazo não pode abraçar idéias precipitadas e em Munique, com sabedoria, fizeram tudo direitinho até aqui. No último campeonato, bateram sistematicamente a Renault e com Nick Heidfeld, conquistaram excelentes resultados - sendo o grande destaque a 2a. posição no Canadá.

O novo carro traz alterações em relação ao F1.07 com refinamentos aerodinâmicos, uma novíssima caixa de câmbio e uma traseira com peso mais distribuído, para compensar a ausência do controle de tração (que, cá pra nós, já vai tarde...). E seu primeiro teste já acontece amanhã nos treinos que a equipe realizará em Valência. As outras 10 escuderias estão em Jerez para a primeira bateria de treinos coletivos do ano.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Poucas vagas disponíveis na GP2

Assim como a Fórmula 1, a GP2 vai apresentando bastante antecedência na formação de suas escuderias que disputam o campeonato 2008 a partir de abril. À exceção da Super Nova, todas as equipes já confirmaram pilotos, sendo que DPR, Racing Engineering e FMS são as únicas que têm um nome apenas, por enquanto.

A nova atualização dos inscritos contempla os seguintes pilotos:

iSport - Bruno Senna e Karum Chandhok

ART Grand Prix - Luca Filippi e Romain Grosjean

Campos Grand Prix - Vitaly Petrov e Ben Hanley

Super Nova - a definir

DAMS - Jerôme d'Ambrosio e Kamui Kobayashi

Racing Engineering - Javier Villa

Arden International - Sébastien Buemi e Yelmer Buurman

Durango - Davide Valsecchi e Alberto Valério

FMS International - Adrián Valles

Trident Racing - Mike Conway e Ho Pin Tung

Piquet Sports / GP Racing - Andreas Züber e Pastor Maldonado

DPR - Andy Soucek

BCN Competición - Paolo Nocera e Milos Pavlovic