terça-feira, 18 de março de 2008

Um novo alemão?

Três notícias chegam com força no intervalo entre a corrida de abertura da temporada 2008 e a próxima, na Malásia. A primeira é que - por conta do novo Pacto da Concórdia - Dietrich Mateschitz terá que vender a Scuderia Toro Rosso. A negociação terá que acontecer até daqui a dois anos, porque em 2010 não será permitida "a sinergia entre desenho e construção dos carros de mais de uma equipe". Ponto para a Williams.

Dois possíveis compradores já são especulados pela imprensa: o russo Roustam Tariko, que tentou ingressar na F-1 junto com Eddie Jordan quando a FIA abriu concorrência para a 12ª vaga (ganha pela Prodrive, que até agora não estreou), é um deles. O português Tony Teixeira, proprietário da A1GP em associação com um xeque árabe, também foi cotado.

Mas uma possibilidade surge com força: Nicolas Todt, empresário de Felipe Massa e Sébastien Bourdais, pode costurar a compra da Toro Rosso nos bastidores e Mateschitz garante que a venda apenas acontecerá com "quem passar segurança para o futuro da equipe".

E para grande surpresa de todos, a Autosprint já soltou a bomba: Vettel na Ferrari, Massa na Scuderia Toro Rosso. E para 2009. Reza a lenda que ninguém menos que Michael Schumacher mexe seus pauzinhos para levar o jovem compatriota de 20 anos - tido como seu natural sucessor - da STR para a Casa de Maranello. Caso isto aconteça, o contrato com Massa, assinado até 2010, seria rescindido.

Isto posto, a troca de Massa por Vettel, caso se concretize um dia, colocaria uma pá-de-cal nas possíveis pretensões do bicampeão Fernando Alonso em guiar para a escuderia Ferrari, gorando o plano do espanhol - que assinou por um ano, com opção de renovação (é bom que se diga), para voltar à Renault.

E há mais: Jean Todt não ocupa mais, oficialmente, o cargo de diretor-geral da Ferrari. Ele será apenas e tão somente o representante da equipe no Conselho Mundial da FIA. Amadeo Felisa é o substituto do francês e Luca di Montezemolo segue como o dirigente máximo da empresa.

A diminuição de poder do "Napoleão", que de 1993 até o ano passado comandou com mão de ferro a atividade desportiva da Ferrari na Fórmula 1, também poderia ser apontado como um fator de enfraquecimento do prestígio de Felipe Massa no seio da equipe.

Mas tudo isso, por enquanto, é especulação. A saída de Todt é concreta. Mas a venda da Toro Rosso não está definida e muito menos a troca de Vettel por Massa.

Que, se acontecer, saberemos quem estaria saindo no prejuízo. Ou não?

Um comentário:

Caíque Pereira disse...

Acho que a saída do Todt terá um GRANDE DERROTADO. Se alguém acha que falo do Felipe, está enganado. A Grande DERROTADA será a FERRARI. Eu se sou o Montezemolo, mandaria todo mundo embora e ficaria com o cara que deu quase 100 vitórias pra eles.