sexta-feira, 28 de março de 2008

Salvo por pouco...

Em muitos blogs e fóruns, ao se comentar a morte de Elio de Angelis, há quem diga que o acidente foi determinado pelo vôo do aerofólio traseiro da Brabham BMW BT55 do piloto transalpino.

Onze anos antes do acidente fatal de Elio, um outro piloto passou por situação semelhante: Rolf Stommelen, no GP da Espanha de 1975, em acidente incrível no circuito Parc de Montjuich com seu Embassy Hill Ford GH1. Na colisão, ocorrida na 29a. volta, o carro de Stommelen alçou vôo e se projetou contra cinco pessoas, matando-as instantaneamente.

Vendo as ferragens retorcidas do carro, é difícil acreditar que o alemão sobreviveu. Stommelen morreria oito anos mais tarde, numa prova da IMSA, com Porsche 935 em Riverside, na Califórnia.

E eis mais uma pérola do Youtube: imagens em preto e branco do GP da Espanha de 1975. Não são um primor, mas dá pra ver o exato momento em que o aerofólio traseiro se desprendeu do carro de Rolf Stommelen.

3 comentários:

Rianov disse...

Montjuich era f***, linda mais ordinaria, foi o ultimo ano do GP da Espanha ai né? Emerson não estava querendo correr esta corrida não foi Mattar?, por causa da segurança.

Abraço

Rodrigo Mattar disse...

Amigo soviético, o Emerson recusou-se a correr. Treinou, deu duas ou três voltas lentas, foi pro box e viajou pra Suíça. Quando voltou pra onde morava, chegou no aeroporto e foi recebido com a seguinte pergunta: "Você já soube do acidente?"

Anônimo disse...

essa corrida foi realmente trágica e muita gente criticou muito o emerson pela sua decisão, principalmente a imprensa espanhola, nas revistas da época elee deu entrevistas dizendo que vários dos guard-rails estavam amarrados com arame, foi quando houve a primeira ameça de "greve" dos pilotos por falta de segurança do circuito, os organizadores então prometeram que de manhã otudo estaria resolvido, mas obviamente era tudo balela, e nada foi feito, sendo assim vários pilotos recusaram-se a correr dando o maior quiprocó, os organizadores, alguns dirigentes, autoridades espanholas (lembrem-se que a espanha nesta época ainda estava sob a ditadura do general franco) pressionaram os pilotos ao máximo, ameaçando inclusive de confiscar os carros, caso se a prova não fosse realizada.

No final a prova foi realizada e deu no que deu, Wilsinho depois do acidente foi um dos primeiros a chegar nos destroços da Lola e ajudar no resgate de Stommelen pois disse a imprensa mais tarde que "os policias pareciam mais interessados em coibir o trabalho dos fotógrafos e jornalistas do que no resgate das vítimas".

Saldo total foram 5 mortos e Stommelen com uma perna quebrada, o que dada as proporções do acidente, foi de uma sorte tremenda.

abs

Filipe W