O paraguaio Juan Rolón é um personagem bastante controvertido na música... brasileira. Não, não escrevi errado. Juan Rolón é o nome de batismo de Fábio, um cantor de guarânias que foi descoberto por Carlos Imperial e que, com produção de Marco Mazzola, lançou-se ao estrelato cantando a música "Stella", conhecida por ter um eco característico das vinhetas de futebol da Rádio Globo - que o próprio Fábio gravaria.
Em 1970, ele foi uma das sensações do FIC cantando "Encouraçado", um blues pesado com letra de Tite de Lemos e Sueli Costa. Foi o melhor intérprete do evento e a música só perdeu para "BR-3" com Toni Tornado e o Trio Ternura e para Ivan Lins e sua "O Amor é o Meu País".
Parte do sucesso de sua performance pode e deve ser creditada àquele que era seu melhor amigo na música: Tim Maia, que o chamava de Paraguaio ou de Fabiano.
Fábio fez relativo sucesso. Tim, muito mais. Explodiu como uma bomba de som e soul no país inteiro. Ofuscou o amigo, que até gravou seus discos, mas depois caiu no esquecimento. Com uma forcinha de Tim Maia e Hyldon, voltou à mídia com as belíssimas "Velho Camarada" e "Até Parece Que Foi Sonho", mas tão rápido quanto cresceu, a carreira de Fábio pereceu.
Recentemente, ele foi alvo de polêmicas mil ao divulgar na imprensa que a real biografia do amigo morto em 1998 estava sendo escrita por ele e não por Nelson Motta - que jamais o citou de forma pejorativa em seu excelente livro lançado ano passado. Talvez tivesse faltado a Fábio um pouco mais de respeito com o "velho camarada" que sempre lhe estendeu a mão quando pôde.
Enfim... sem tirar os méritos do paraguaio, vamos ao clip da semana - "As aventuras de um certo Capitão Blue", possivelmente extraído do Fantástico da Rede Globo. Vou chutar o ano, mas desconfio que isto seja lá por 1974, 1975.
Chega de conversa. Com vocês, Fábio, Fabiano ou Paraguaio. A escolha é livre.
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