Lauda brigou com a equipe italiana pouco depois de se sagrar campeão, em razão da demissão do mecânico-chefe Ermanno Cuoghi, que levou para trabalhar com ele na Brabham. Já de contrato assinado com o time de Bernie Ecclestone, foi afastado da Ferrari e Villeneuve, por indicação de Amon e com o aval entusiasmado de Audetto, chegou a Maranello para iniciar sua saga dentro da lendária escuderia.
Ninguém teve coragem de entregar àquele baixinho franzino o carro com o número 11 que fora de Lauda, um bicampeão do mundo. A Ferrari dele foi pintada com o número 21 (foto acima) e assim Gilles foi para as duas últimas provas do campeonato: Mosport, no Canadá e Fuji, no Japão.
E para um início de carreira na Ferrari, talvez Gilles tenha sentido o peso da responsabilidade. Diante da torcida, largou apenas em 17º e abandonou em Mosport com problemas de transmissão. O GP do Japão foi ainda pior: ele largou em vigésimo entre 23 pilotos e logo na 5ª volta bateu com Ronnie Peterson, que se despedia da Tyrrell. A Ferrari decolou e caiu sobre um alambrado perto do público - aliás, perto até demais. Duas pessoas morreram em razão do acidente.
Villeneuve ganhou um voto de confiança para 1978 e a direção da equipe esperava ser recompensada no investimento.
E amanhã tem a terceira parte da Semana Gilles.
2 comentários:
Nesse acidente no Japão algum dos pilotos foi considerado o responsável pelo ocorrido?
Wallace Michel
Não porque as pessoas estavam em local proibido!
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