Faltando menos de 48 horas para o veredito do Conselho Mundial da FIA sobre o "Stepneygate" - o maior caso de espionagem que a Fórmula 1 já conheceu - surgem na imprensa internacional fortes boatos de que existe uma saída para salvaguardar a existência da McLaren no futuro: a absorção da equipe pela Mercedes já na próxima temporada.
Nada impossível, pois sabe-se que a montadora alemã detém, junto com Mansour Ojjeh (o multimilionário árabe do grupo TAG - Techniques d'Avant Garde) o controle acionário da equipe, cabendo a Ron Dennis um percentual que hoje não deve passar de 20% do total da companhia. A Mercedes, cuja imagem está também manchada pelo imbroglio em que se enfiou sua parceira de 13 anos, graças à pataquada do diretor-técnico Mike Coughlan, pode assumir as ações de Ron, se tornar majoritária e assim regressar à F1 como uma escuderia - tal como acontecera em 1954 e 1955.
Na verdade, esse plano já existiu: quando a Mercedes fez seu retorno com a Sauber em 1994, os carros tinham a inscrição "concept by Mercedes-Benz", num claro sinal de suas intenções. Porém, Ron Dennis persuadiu os alemães de que uma parceria com sua equipe seria bom negócio e assim a estrela de três pontas foi ornar os carros da McLaren, substituindo a Peugeot como fornecedora.
A volta da Mercedes traria credibilidade, a imagem da marca não ficaria tão manchada e a F-1 não teria mais uma equipe a fazer parte de um rol que tem lendas como Lotus, Tyrrell e Brabham, e por outro lado malogros como Andrea Moda, Simtek, Forti Corse, Fondmetal e Pacific. A exclusão da McLaren seria tudo de pior que a categoria poderia enfrentar, porque significaria uma vitória política da Ferrari, que neste ano mostrou diversos sinais de fraqueza dentro e fora das pistas.
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