Alguns dias atrás, malhei mesmo a seleção brasileira depois da derrota na estréia da Copa América contra o México.
Também pudera: atuação medíocre, medrosa, sofrível, de um time já limitado dentro e fora de campo e altamente questionado pelas opções táticas do treinador Dunga.
Com dificuldade, este time foi para as quartas-de-final onde de forma impiedosa mandou o Chile para casa.
Com dificuldade, classificou-se para a decisão depois de um empate contra o Uruguai e uma sofrida decisão nas penalidades máximas.
E eis que com uma facilidade impressionante, esta mesma seleção de Dunga, repleta de jogadores limitados tecnicamente - com as honrosíssimas exceções do craque Robinho e do bom Júlio Baptista - passeou neste domingo em Maracaibo contra a eterna rival Argentina e pela terceira decisão consecutiva contra eles, fomos campeões.
Ah... a Argentina! Tida como a melhor seleção da Copa América, com cracaços do nível de Riquelme, Messi, Carlitos Tevez, Verón e, vá lá, Mascherano - que é um excelente volante.
Mas eles têm um calcanhar de aquiles e dos grandes: o setor defensivo.
Não foi à toa que, excetuando os jogos em que não sofreram gols com o time completo - contra Peru e México, pois contra o Paraguai entrou um time misto - a Argentina sempre saiu perdendo. Virou contra EUA e Colômbia e achou que na hora que quisesse faria o mesmo na decisão.
Afinal, depois do golaço de Júlio Baptista aos 4 minutos de jogo, os gringos devem ter pensado o seguinte. "Carajo... solamente con nuestro toco y me voy, ganamos este partido".
Doce ilusão: Riquelme mandou um canhão na trave e alguns minutos depois, chutou uma boa bola para Doni defender. E só.
Messi? Ninguém viu em campo...
O que se viu foi a linha defensiva formada por Ayala e o limitadíssimo Gabriel Milito batendo cabeça a ponto do primeiro se antecipar num cruzamento de Daniel Alves e jogar contra o próprio patrimônio, para o total desespero do goleiro Pato Abbondanzieri.
A Argentina acusou o golpe e no segundo tempo foi presa fácil para o terceiro gol, saído de uma inteligente jogada de Vágner Love - a única coisa útil que ele fez em seis partidas em todo o torneio - que serviu para o gol de Daniel Alves.
Dunga conquista em pouco mais de um ano como treinador da seleção um importante título, sem nenhuma dúvida. Mas se ele se acha inteligente o bastante para manter o seu emprego, é bom que ele deixe de implicar com jogadores de exceção como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, mantidos constantemente na reserva sob seu comando, em diversos jogos amistosos.
Porque aturar gente do nível de Elano, Fernando e Josué vestindo a amarelinha, não dá.
3 comentários:
pior agora vai ser aguentar esse time cheio de volantes...duvido que ele vai colocar Ronaldinho Gaucho e Kaka juntos no time...by the way,nunca vi um sujeito tao mal humorado igual esse Dunga...
Gracias por no castigarnos tanto... de todas formas, nuestro equipo estaba muy sobredimensionado por la prensa. Cuando tuvimos que jugar contra alguien con historia (verdadera historia) allí salieron a la luz todas las flaquezas.
Felicitaciones, y que la disfruten.
Coisas do futebol,não acredito que esse mesmo time vai manter este ritmo apresentado contra a Argentina,que esteve muito abaixo de suas possibilidades.
Mas enfim ,o resultado é que interessa ,e chegaram ao maximo do objetivo .
Jonny'O
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