sábado, 21 de julho de 2007

Um dia para não esquecer

Ontem, dia 20, celebrou-se o "Dia do Amigo".

Amizade é algo que eu prezo e tenho como prioridade na minha vida, tanto quanto comer, respirar, dormir, tomar banho, beijar na boca e trabalhar - não necessariamente nessa ordem.

Mas foi nessa mesma data, em 2005, que eu tive uma das maiores perdas da minha vida.

Sei que não devemos ficar ralentando as coisas, que isto aqui é apenas um "rito de passagem". Somos mandados a este mundo e quando cumprimos a nossa missão, nos chamam de volta.

Foi assim com o meu pai, que nasceu em 17 de março de 1940, casou-se com minha mãe em 12 de novembro de 1966, foi pai em 19 de maio de 1971, saiu de casa em 13 de junho de 1983 e morreu, aos 65 anos de idade, em 20 de julho de 2005.

Morreu triste, amargurado, porque quis ser um homem solitário. Não tinha amigos - nem o próprio filho poderia ser considerado assim, porque se distanciou tanto dele que por três anos os dois não se falavam mais. Não cortaram relações... houve um mal-entendido qualquer e por teimosia, isto não foi resolvido.

Quis o destino que no leito de morte os dois tivessem uma conversa de tamanho entendimento e emoção que o velho Manoel foi chamado para um plano superior.

Deus quis assim. E só ele sabe o quanto é difícil digerir uma perda sem tamanho e o rosário de coisas que aconteceram depois - e acontecem, até agora.

Um comentário:

Anônimo disse...

te considero muito, nao precisa publicar publicar o que vou escrever.
tive a infelicidade de sepultar meu pai e minha mae. jamais pude aproveitar bem a compania de ambos.
familias sao felizes ou infelizes a seu modo. vai demorar para vc superar estas situacoes limite que presenciou, mas vc sem duvida alguma vai supera-los.
de certa forma me senti irmanado a vc em perdas e tristezas familiares, as vezes me julga-va unico neste sofrimentos.
obrigado por ser grande e expor sofrimentos destes com coragem.
parabens amigo e continue assim encorajando seus amigos