Bergman está em boa companhia.
Depois do sueco partir desta para melhor, morreu ontem o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, 94 anos.
Mestre do chamado "cinema da angústia existencial", ele deixa como legado produções como "O Grito", "Blow Up - Depois Daquele Beijo" e "Zabriskie Point", que teria inclusive uma música dos Doors na trilha sonora - L'America, que foi considerada ofensiva e retirada de circulação até voltar no disco LA Woman, de 1971, o último com Jim Morrison.
Antonioni era tido como o fundador do cinema europeu de vanguarda e um "alquimista da intmidade, arquiteto do tempo e do espaço no cinema contemporâneo", como bem definiu Gilles Jacob, o presidente do Festival de Cinema de Cannes - que agraciou "O Grito" com a Palma de Ouro, em 1960.
Há 22 anos, Michelangelo sofreu um derrame, mas isto não o impediu de cometer sua última obra-prima: o excelente "Além das Nuvens", com co-direção do alemão Wim Wenders.
Como se vê, os gênios não se despedem da vida assim tão fácil. E deixam na sétima arte uma ponta de saudade.
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