A sétima arte despede-se de um mestre. Morreu aos 89 anos de idade o diretor sueco Ingmar Bergman.
Poucos conseguiram transportar para a tela as dificuldades da vida pessoal como ele, que dirigiu obras-primas como "Persona", "O Sétimo Selo", "Morangos Silvestres" (um clássico dos chamados filmes-cabeça nos anos 70), "A Fonte da Donzela" e "Através de um Espelho". Estes dois últimos, aliás, foram agraciados com o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Mas o trabalho mais representativo - e também o predileto - de Bergman, é de 1984: "Fanny e Alexander", que ganhou quatro estatuetas do Oscar em 1984, inclusive mais uma como o melhor filme estrangeiro.
"Fanny e Alexander" é um panorama detalhado de uma família de classe alta de Uppsala (cidade natal de Ingmar Bergman) nos anos que antecederam a 1ª Guerra Mundial. O garoto Alexander, 10 anos, e sua irmã Fanny, 8, são mental e fisicamente abusados por seu padrasto, o bispo local, inspirado no pai de Bergman. O tímido e fraco Alexander usa poderes sobrenaturais para vingar-se de seu padrasto de maneira sinistra. Simplesmente, um clássico.
Naquele mesmo ano, ele voltou ao Real Teatro Dramático, onde montou uma aclamada versão de "Rei Lear" e passou à produção de obras clássicas. Bergman foi casado com a atriz Liv Ullmann e influenciou fortemente diretores como Woody Allen, que se inspirou na linguagem cinematográfica do diretor sueco em algumas produções, entre elas "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa".
2 comentários:
"O Sétimo Selo" é genial! Só não é a obra-prima de Bergman porque ele também fez "Persona", meu preferido.
E, como não podia deixar de ser...
Morre um homem e nasce, tardiamente, um mito: A Suécia finalmente reconheceu e rendeu homenagens ao mestre...
E, junto com ele, levou Antonioni...
Alguém assistiu "Blow-up"?
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