Como o próprio nome diz, um balaio de gatos onde todo assunto vale a pena para ser comentado e discutido por quem escreve e por quem passa aqui: esporte, música, cinema, poesia, livros, amor, sexo, justiça, dinheiro e todos os temas e problemas do nosso cotidiano.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Homenagem
Dia 30 de julho de 1978.
Com este Ensign negro, modelo N177 número 22, equipado com motor Ford Cosworth DFV V-8, Nelson Piquet fazia sua estréia na Fórmula 1 durante o GP da Alemanha, no circuito de Hockenheim.
Na época líder inconteste da F-3 inglesa, o piloto brasileiro recebeu um convite de Bob Sparshott para testar um McLaren M23 em Silverstone e seu bom desempenho resultou num convite para correr pela BS Fabrications em três provas - Áustria, Holanda e Itália.
Mas havia a chance de correr com o Ensign em Hockenheim e Piquet agarrou a oportunidade. Não precisou levar patrocínio e ainda classificou o carro em 21º, duas posições na frente do austríaco Harald Ertl, conhecido mais por sua barba cerrada e bigodes de Salvador Dalí do que propriamente por ser um bota.
Nelson ganhou duas posições de saída e passou a primeira volta em décimo-nono. Com os problemas de outros adversários, ganhou posições. Andou o tempo todo na frente de Rolf Stommelen, da Arrows e Keke Rosberg, com o ATS, e acompanhou Vittorio Brambilla até o motor quebrar na 31ª das 45 voltas previstas. Quando abandonou, ocupava a décima-segunda posição.
Piquet cogitou correr com a Ensign em 1979, quando andou com o BS-McLaren. Mas Bernie Ecclestone estava de olho nele e não tardou a oferecer um contrato daqueles leoninos, onde se comprometia a pagar apenas uma porcentagem de prêmios e as despesas de alimentação e hospedagem. Só com patrocínios conseguidos por Nelson - Caracu, Arno/Brastemp, Gledson, Hobby e Citizen - Bernie arrecadou US$ 300 mil.
Mas o investimento valeu a pena, porque em seu primeiro ano completo, Piquet já era tão rápído quanto veteranos do calibre de Scheckter, Regazzoni, Jabouille e Laffite, por exemplo. Em 1980, já estaria andando na frente de muitos deles. E na temporada seguinte, já era campeão.
Viva o vivo Piquet!
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4 comentários:
Poxa e acabei de ler agora que o Piquet está fazendo cursinho de reciclagem pois parece que estorou o limite de 20 pontos, imagina ele na aula ! será que ele senta lá atrás puxando a turma da zona ?hehehe
abs
Filipe Werneck
Pior que é verdade. Esse 30 de julho está sendo bem diferente daquele de 78.
Que infeliz ironia...
Mas ele sentou na frente, tá comportado, o Piquet!
Lembro muito bem, era o mesmo fim de semana que a BMW colocou em exposição no paddock em uma espécie de pedestal o recém-lançado BMW M! em versão de corrida, especificação Grupo 4.
Lá estava sentado o Nelson, sozinho, um desconhecido no paddock da F1, agachado, quieto, um pouco apreensivo talvez.
Nem imaginava que seria ele um dia a conquistar o primerio mundial para a casa, cujo espaço aproveitou naquela tarde de um verão alemão ensolarado para sentar e descansar.
Puxei um papo e ao longo dos anos fomos nos reencontrando sempre que corria na Alemanha. Pena que detestava mania de tirar fotos, essa ia cair bem...
Valeu a lembrança, Rodrigo
Grande lembrança, Rodrigo!
Por sua competência e enorme talento como piloto, por sua autenticidade, por seu jeito despojado, e por tudo o que fez no automobilismo, todo dia é dia de saudar o magistral Nelson Piquet.
Vida longa ao Nelsão!
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