Cinquecento, cinquanta anni

Eu nunca tive simpatia pelos carros da Fiat, talvez porque quando eu era criança, só houvesse o 147 no mercado - a versão contemporânea do "Leite Glória" (desmancha sem bater), apelido dado pelas más-línguas ao Gordini.

Mas é notório que a montadora com sede em Turim e filial brasileira em Betim cresceu muito não só aqui como no mundo todo. A engenharia verde-e-amarela, inclusive, contribuiu para o projeto do Palio, lançado como "carro mundial" da montadora - um salto de qualidade que provocou a ruptura de estilo que já acontecera em 1984 com a vinda do Uno - o mais vetusto modelo da montadora, ainda em produção.

Uma autêntica lenda da indústria e da própria Fiat é o modelo 500 - o Cinquecento, que ganhou simpaticíssima versão animada no filme-desenho Carros (Pixar / Disney) com o personagem "Luigi" interpretando o dono de uma loja de pneus na abandonada Radiator Springs, às margens da famosa Rota 66.



O pequeno carrinho, de 2,95 metros de comprimento e motor traseiro, vendeu quase 4 milhões de unidades em 18 anos de existência ( 1957 / 1975). Pequeno, compacto e econômico, foi feito sob medida para o caótico trânsito italiano. Novos lançamentos no mercado dos modelos de menor cilindrada e mais baratos o suplantaram em tecnologia, e o Cinquecento saiu de cena.

Mas ele vêm aí, de cara nova, pronto para reconquistar o mercado e com novidades. A primeira, é que o motor é dianteiro. O carro tem 60 centímetros a mais e compartimento de bagagem com capacidade para 70 kg. Tudo compatível com o novo Cinquecento, que inclui requintes como um controle remoto para abertura das portas.

A estimativa de vendas é de 120 mil unidades / ano e o carrinho, que será lançado em dois dias, já tem na fila de espera mais de 25 mil compradores.

Legal, não?