segunda-feira, 11 de junho de 2007

Memória Le Mans - "Tríplice Coroado"


Vencer o campeonato mundial de Fórmula 1 é privilégio de um seleto clube de campeões. Mais de uma vez, então, melhor ainda.

Ganhar as 500 Milhas de Indianápolis também significa a glória.

E não se pode esquecer as 24 Horas de Le Mans, a mais tradicional das provas longas no automobilismo mundial.

Quando se conquista as três na carreira, então, podemos dizer que o piloto fez a "Tríplice Coroa".
E em mais de 50 anos de existência dessa efeméride, apenas um nome tem o status de Tríplice Coroado: o britânico Graham Hill.

Com sua característica fleuma, o indefectível bigodinho aparado com precisão militar, ele fez história no esporte a motor. Bicampeão de F-1 em 1962 e 1968, com carros BRM e Lotus, ele venceu as 500 Milhas aos 37 anos de idade, pilotando um Lola inscrito pela equipe Bowes Seal Fast.

Entre 1958 e 1966, Hill também tentou vencer em Le Mans. Ele chegou muito perto em 64, quando foi vice da prova em conjunto com Jo Bonnier, ao volante de uma Ferrari 330 P. Porém, após um grave acidente em Watkins Glen, sua carreira entrou em declínio e ninguém mais acreditava que ele pudesse alcançar tal façanha.

Mas em 72, aos 42 anos de idade, lá estava o inglês com seu tradicional capacete negro com oito riscos brancos imitando as raias do clube de remo que ele freqüentava quando jovem. Ao volante de um protótipo Matra-Simca MS670 número 15 e tendo Henri Pescarolo como parceiro, o velho Hill vencia pela primeira - e única - vez, entrando para a história do automobilismo como "Tríplice Coroado".

A festa da Matra foi grande. Afinal, foi a primeira vitória da marca então presidida por Jean-Luc Lagardére, cujos motores eram conhecidos por ter o mais belo ronco do esporte a motor na época. E em dobradinha: afinal, o 2º lugar foi conquistado por François Cévert e Howden Ganley, com o MS670 número 14.

Todavia, o brilho da vitória e do feito de Hill foi empanado pelo acidente fatal que tirou a vida do sueco Jo Bonnier - ironicamente parceiro do inglês no vice-campeonato em 1964. Ao volante do Lola T280 de sua própria escuderia, ele bateu com a Ferrari 365 GTB/4 do francês Florian Vetsch, na 18ª hora de competição. Ao se chocar com as árvores que margeavam o circuito, o piloto morreu instantaneamente.

2 comentários:

Anônimo disse...

O Hill não venceu Le Mans porque era um Grande Piloto, mas sim porque pilotou O CARRO!!!...e em minha companhia, que lhe mopstrei como deveria se comportar.

Anônimo disse...

interessante notar que o carro de hill nem era favorito, o primeiro carro da matra em le mans era o de cevert e se não me engano larrousse ou jarrier, tenho que consultar. foi sem duvida um lance de sorte do grahan, mas sem demerito dele.
em 66 em indianapolis foi a mesma coisa, para ele mesmo foi uma surpresa vencer la.
acho que a polivalencia era uma das maiores virtudes do velho grahan, alem de ser persistente.