Nos anos 50 pós-II Guerra, as 24 Horas de Le Mans eram coloridas de verde - o verde-oliva dos ingleses, que rechearam suas prateleiras com vitórias e com os mais variados modelos e carros.
Mas em 1960, nascia um novo domínio de nova cor - vermelha.
Vermelha Ferrari.
Pelas seis edições seguintes, só os carros com o cavalinho empinado de Modena chegaram na frente.
Em 1960, com dobradinha avassaladora do modelo TR60, com 2.958 centímetros cúbicos de cilindrada. Olivier Gendebien e Paul Frére conduziram o carro à vitória, com Ricardo Rodriguez e outro belga, André Pilette, chegando em segundo.
No ano seguinte, a bordo de uma 250 TR, Gendebien conquistou o bicampeonato na prova, desta vez tendo Phil Hill - que seria campeão mundial de Fórmula 1 - como parceiro. Willy Mairesse / Mike Parkes e a dupla formada por Pierre Noblet / Jean Guichet vieram em seguida.
A vitória de 1962 foi em "trifeta" e com outro carro - a 330 LM - de novo com Gendebien / P. Hill ao volante. Guichet e Noblet correram juntos de novo e terminaram a seguir, com "Eldé" e "Beurlys" - este, sogro de Jacky Ickx anos mais tarde - no terceiro posto.
Em 63, o massacre foi ainda maior: seis Ferrari nos seis primeiros lugares. Duas 250 P, três GTO e uma 330 LMB domimaram por completo a clássica prova francesa, cabendo o triunfo à dupla formada por Lodovico Scarfiotti / Lorenzo Bandini, dois dos maiores nomes do automobilismo italiano na época.
Jean Guichet triunfou enfim no ano de 1964, depois de várias tentativas, agora correndo em dupla com Nino Vaccarella e a bordo de outra lenda das pistas - a 275 P. Jo Bonnier e Phil Hill terminaram em 2º com a 330 P e em carro igual, John Surtees e Lorenzo Bandini completaram em terceiro. Entre os seis primeiros havia cinco Ferrari - o intruso era o AC Cobra construído por Carroll Shelby e guiado por Dan Gurney / Bob Bondurant.
A seqüência de vitórias da lenda italiana chegaria ao fim em 1965, quando Masten Grégory, o experiente piloto inglês, venceu em dupla com o promissor austríaco Jochen Rindt. Dumay / Gosselin chegaram a seguir, trazendo Willy Mairesse e "Beurlys" ao terceiro lugar.
Nesse meio tempo, a Ferrari vinha sendo cobiçada por um grande construtor americano. Mas a história a partir de 1966 seria outra. Só que isso é assunto para o post de amanhã.
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