Com inteira justiça, o único clube grande da Itália que nunca foi rebaixado é campeão. Aliás, bicampeão. A Inter de Milão selou uma conquista esperada e mesmo fora de casa, derrotou o Siena por 2 x 1.
O herói do título foi Marco Materazzi, que vive uma fase excepcional na zaga interista e na seleção italiana. Outrora cobrado, criticado, espiaçado, ele foi decisivo na temporada 2006/2007. Voltou da Copa da Alemanha com moral redobrada e jogou muita bola. Fez gol de bicicleta, de pênalti, cabeça e com os pés, em bola rolando. É certo que continuou tão temperamental como antes, mas mostrou mais cabeça e controle.
O zagueiro foi um dos muitos que foram bem este ano. O goleiro Toldo foi sempre seguro, assim como Júlio César. Stankovic, de uma regularidade impressionante, como Vieira e Cambiasso. Ibrahimovic e Crespo, decisivos.
Entre os outros brasileiros, Maxwell e Maicon se sobressaíram no segundo semestre e Adriano, às voltas com problemas extracampo, foi potencialmente menos importante que no ano passado.
A campanha da Inter foi incontestável. Em 33 partidas, somente uma derrota, no meio de semana, para a Roma por 3 x 1.
Ironicamente, a mesma Roma que tirara o título da Inter foi derrotada neste fim-de-semana por outra equipe cujo uniforme é praticamente idêntico ao do bicampeão: a Atalanta de Bérgamo, que venceu o confronto pelo mesmo placar - 2 x 1.
Mui justamente, a conquista do bicampeonato foi dedicada a quem merece: o grande zagueiro Giacinto Facchetti, morto no início do ano e braço-direito do dono do clube, Massimo Moratti, que reconhece no ídolo que jogou 476 partidas com a camisa neroazzurra um exemplo de amor à Inter.
Um comentário:
Se vc pegar algum italiano racista, ele vai dizer que azul e negra é outra coisa... hahahahaha!
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