Bom dia, gente amiga. O primeiro post da quinta-feira é sobre a A1GP, o campeonato criado por um xeque árabe para representar mais de 20 países e assim formar a Copa do Mundo do Automobilismo.
O esquema era, no papel, bastante simples. Chassis, motores, pneus e câmbios iguais para todos e carros cuidados pelas principais equipes do automobilismo europeu, sob a tutela de grandes nomes do automobilismo, como Emerson Fittipaldi, Alan Jones e John Surtees.
A receita não deu muito certo no primeiro ano. A França sobrou na turma e com seus pilotos Nicolas Lapierre e Alexandre Prémat, foi campeã. O Brasil revezou ao volante de seu carro o filho de Nelson Piquet, Nelson Ângelo, e Christian Fittipaldi, que não pilotava monoposto há anos e jamais conseguiu bons resultados.
Em 2007, a situação é ainda pior. O Brasil é décimo-sétimo com apenas nove pontos somados, à frente de potências como Índia, Cingapura, Irlanda, Indonésia e Paquistão - mais ou menos como um terceiro-mundo do automobilismo. E tudo isso com a disputa de nove rodadas duplas, somando 18 etapas. A Alemanha, de Nico Hülkenberg e Christian Vietoris, lidera com 27 pontos de frente para a Nova Zelândia.
O problema da A1GP, além do pouco retorno em relação ao investimento feito pelo xeque Makhtoum, é a falta de público nos autódromos e o desinteresse da mídia por um campeonato que nunca emplacou, mesmo realizado no período em que as principais categorias do automobilismo terminam ou começam suas temporadas.
Vocês acham que saiu na imprensa britânica, exceto na Autosport, alguma linha ou nota sobre a vitória de Oliver Jarvis no último domingo, no México? Conversa fiada...
E sem a promoção que se esperava, com pilotos de segundo ou terceiro time e baixa divulgação na mídia, a A1GP parece, cada dia mais, fadada à extinção.
***
Em tempo: um certo locutor vai fazer pela primeira vez em sua carreira uma transmissão da IRL no próximo domingo, quando acontece o GP de São Petersburgo. Como será que ele vai se portar depois de anos metendo o pau neste campeonato em seu blog e em sua página do UOL na internet, hein?!?
A corrida não vai passar ao vivo na TV aberta, só em tape, às 10h30 da noite.
Depois tem quem meta o pau na Globo e no Sportv...
8 comentários:
Lá vou eu ser repetitivo novamente, nunca vou acreditar em uma categoria monomarca ,acho um verdadeiro absurdo os caras ainda insistir nessa receita.
Tudo bem algumas categorias de base ser assim onde o real objetivo é a preparação e formação de pilotos.
Mas o que vem acontendo é que quase todos os anos aparece alguma categoria onde não cabe classificala como escola, fica um negocio meio ser porque.
A Cart por exemplo ,é o que ?
Para mim um campeonato que quer ter uma identidade propria ,precisa em primeiro lugar manter seus campeões ,fabricar novos idolos,como foi na decada de 90 na Cart,em segundo lugar tem que ter marcas de construtores ,quem gosta de corridas em primeiro lugar gostava de carros alguma marca,aprecia um design novo ,diferentes tipos de motores ,por que será que tem fãs espalhados pelo mundo inteiro de V8,outros fanaticos por V12,este tipo de coisa.
Para isso ser possivél ,basta um regulamento bem feito, o maior exemplo esta no Brasil,é a F-Truck, equilibrio,diversidade e idolos da casa.
Jonny'O
Assino embaixo Jonny´O !
o legal é ver uma categoria que tem um que corre de v8, v12, v16, 4cilindros turbo, patinete atômico e o escambau, hehehe
Até achei legal a idéia do Mosley sobre um campeonato "liberou geral" só com limitação no combustível, a principio a idéia me parece palatável, seria interessante a procura pela melhor equação.
abs
Filipe W
ps: Jonny`O vc recebeu meus emails ? algumas msgs voltaram.
É o Teo José? Porque o outro que mete o pau (e com razão) é o Gomes, mas ele não é locutor...
De qualquer forma, sou mais o Teóclides do que o Luciano do Valle chamando o "DOM" Wheldon, o "Affonso" Giaffone, a "Danick" Patrick e por ai vai.
Falta de respeito com o fã o Téo JAMAIS fez.
Só relembrando, o téo já narrou 3 etapas da IRL no 1º ano da categoria pelo SBT
Escutei algumas corridas de F1 narradas pelo Téo na Jovem Pan e realmente irrita menos que o Galvão, mas não tem jeito, se a emissora não enxerga automobilismo como um produto rentável, e a BAND não enxerga, fica complicado fazer um bom trabalho.
Rodrigo, meu caro, desde que frequento seu blog, essa é a primeira vez que vou discordar de você.
Qual o problema de um jornalista criticar uma categoria e, mais tarde, fazer a cobertura da mesma? Nenhum, desde que ele não venha, agora, com aquele papo:"essa é maior categoria do mundo! Tem a maior competitividade!!".
É muito diferente da filosofia da Globo. Quando ela não transmite, ignora o evento e, quando transmite, trata como idiotas os telespectadores com aquele ridículo "Brasil-sil-sil".
Além do mais, é a Globo que vive criando "gênios do esporte", apenas por serem brasileiros.
Tudo bem, sua postura profissional é bem diferente, assim como a do Regi, e até acho que vocês devem sofrer pressão lá dentro. Mas, em relação ao Téo, sua crítica foi equivocada.
Humberto, meu caro, o espaço é democrático, você achou que foi um "equívoco" este trecho final do post, mas agora me permita discordar de você.
Acho sim que o referido locutor que vai fazer a transmissão da IRL agirá exatamente do jeito descrito por você... Vai encher a bola de um campeonato chato, que esvaziou a ótima ChampCar em prol de provas em ovais, só porque correm lá três pilotos brasileiros. E por mais que sejam bons, e o são, vão ser alvo de uma torcida desenfreada e ufanista por parte do narrador.
A verdade é que o jeito dele me irrita profundamente em qualquer campeonato que ele narra ou já narrou.
É isso.
Rodrigo, por isso que eu acho o Sérgio Maurício, e o Lucas Pereira, os melhores locutores da TV.
Se o Téo José ficar com essa frescura de torcer, de forma insana, para os brasileiros será abjeto. E ele perderá a moral, por ter mudado de opinião apenas pela conveniência.
Abraço.
Postar um comentário