Seria bom se fosse verdade. A Fórmula 3 sul-americana, que há 20 anos trocou o regulamento que antes privilegiava os argentinos e seus chassis Berta de motores Volkswagen 1500, volta à carga para o 21º campeonato de sua história. E ao contrário do que muitos previam, o certame continental vem repleto de novidades.
É certo que a participação argentina é cada vez menos reduzida - no que diz respeito à presença de equipes e pilotos. A exceção honrosa é o motor Ford-Berta de 2,3 litros que debita mais de 270 HP de potência, fazendo hipoteticamente do certame continental o mais rápido do planeta. Mas há que se lembrar que ainda são usados por aqui - por medida de economia (sempre ela) - modelos Dallara F301 cujas peças sobressalentes são encomendadas direto na Europa, sendo que algumas equipes têm tecnologia para fabricá-las.
Um exemplo claro disto é a Amir Nasr Racing, que regressa ao campeonato este ano, apostando no goiano Rodolpho Santos, um dos muitos que ficaram órfãos em razão da debandada da Renault do automobilismo nacional, além de Felipe Guimarães, que vem direto do kart. O chefe de equipe Amir Nasr, tem uma estrutura de primeiro nível, localizada dentro do Autódromo de Brasília e competência nunca lhe faltou, muito menos aos seus comandados.
Dárcio dos Santos, tio de Rubens Barrichello, mantém a PropCar, campeã em 1997 com Bruno Junqueira, apostando em uma dupla nova: Douglas Soares (vice da F-Renault) e Fernando Galera. A Razia Sports, time montado por Luiz Razia Jr. e seu pai, vai atacar com três pilotos: Ernesto Otero, Vinícius Quadros e Nathan Silva.
Eduardo Bassani, que tem também uma equipe de Stock Car, segue apostando na categoria e com dois novos contratados: Fábio Beretta Jr. e o jovem kartista Denis Navarro.
Alex Castilho, experiente engenheiro que já trabalhou com diversas equipes, ficou com o espólio da Piquet Sports no Brasil e montou sua sede em Curitiba, para trabalhar com um único piloto. O escolhido foi Giovane Cerutti, promessa vinda do kart. A Bassan Motorsport, que por pouco não foi campeã ano passado com Marinho Moraes, agora na Inglaterra, vai de Felipe Ferreira.
Clemente Faria Jr. continua na Cesário, como único piloto da escuderia, assim como William Starostik, que retorna ao certame justamente na equipe campeã de 2006, a Dragão Motorsport.
Por fim, Douglas Hiar chega através de outra novidade da F-3 - a escuderia Comtec de Ricardo Colombo. A Casagrande Racing não deu sinais de que vá tomar parte do campeonato deste ano, o que é uma pena, pois o grid aumentaria em quantidade.
Se não me falhem as contas, são 14 pilotos. É um grid magro, sem dúvida, mas que pode crescer. Tomara que a F-3 comece competitiva e termine também, pois ainda precisamos dela para manter nosso manancial de pilotos de monoposto.
O risco do nosso automobilismo ficar igual ao argentino existe e é muito grande... pensemos nisso.
5 comentários:
A Bia Figueiredo Parou? Vai Casar?
Não tenho pra quem torcer.
Caíque, desconfio que ela pode parar na F-3 inglesa, com a equipe do Cesário. Mas acho que só vai se rolar dinheiro pra mantê-la por lá.
Presença cada vez menos reduzida?
Até onde eu sei, o que temos de platino na F3 Sudam é apenas o motor Berta...
Rodrigo,
Concordo com o Vic, enquanto não tivermos pelo menos uns 4 argentinos, a F3 não decolará.
Não sei ,não consigo mais assistir as provas ,pra mim automobilismo tem que ter um enrredo a mais, um tipo de chassis,um tipo de motor...
Tá certo que é por causa de economia,mas que diabos, acho que na america do sul não cabe uma F3 justamente por causa dos altos custos.
Não temos grana para dar lucro para europeus, tinha que ser chassi feito aqui mesmo,como era antigamente.
Jonny'O
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