segunda-feira, 5 de março de 2007

30 anos sem Tom Pryce

O hermano blogueiro Hurricane atentou para um evento que entrou para a história da Fórmula 1.

Faz 30 anos que o galês Tom Pryce morreu de forma trágica no Grande Prêmio da África do Sul.

Coincidentemente, aquela foi a última prova do grande José Carlos Pace - cujos 30 anos de falecimento acontecem justamente no dia em que a temporada 2007 da categoria máxima começar.

Acho que não lembro do Pryce correndo. Só sei que ele fez uma pole position em Silverstone, no GP da Inglaterra de 1975 e um punhado de bons resultados, além de um triunfo numa prova extracampeonato, sempre ao volante do marcante UOP-Shadow.

Em 77, Pryce dividia a equipe no começo do ano com o ineficaz italiano Renzo Zorzi e foi, ironicamente graças àquele piloto que aconteceu a tragédia com o galês.

Ele vinha a toda velocidade pela reta de Kyalami na 23ª volta, rumo ao ponto de freada e tangência da curva Crowthorne, quando se deparou com um inédito obstáculo à frente. E as imagens são impressionantes.

O jovem Jensen Van Vuuren, de apenas 18 anos de idade, um voluntário, inutilmente tentou salvar o Shadow de Zorzi de um incêndio.

Mas a sua imprudência provocaria a morte estúpida de Tom Pryce, que foi atingido pelo pesado extintor de incêndio que Vuuren carregava.

A viúva do piloto, Nulla Pryce, demorou três anos até conseguir uma indenização dos administradores do autódromo pela negligência em admitir para trabalhar como fiscal de pista um amador.

***

Quanto a Moco, que em 5 de março de 1977 correria sua 72ª e última prova de Fórmula 1, em mais duas semanas, aqui neste blog, com certeza vocês verão uma homenagem à altura do seu imenso talento.

3 comentários:

Anônimo disse...

Era a parte negativa dos anos 70, as muitas mortes que teve como destaque o amadorismo, entre eles os guard-rails mal fixados que vitimaram Cevert e Koinigg, a falta de médicos e a demora no acidente do Revson.
Mas faz parte da evolução, é na base da tentativa e erro mesmo, quem se lembra das telas de proteção usadas na area de escape em 1980, o carro que saia da pista ia batendo nelas que já eram construidas para não suportar muito, e assim iam diminuindo a velocidade do carro. Foi deixado de lado apos uma saida do Patrese, e quando o carro parou na quarta ou quinta tela o piloto não conseguia sair do carro porque uma das telas ficou justamente em cima do piloto, se houvesse um incêndio o italiano viraria churrasco.

Jonny'O

Anônimo disse...

Realmente foi uma das mortes mais chacantes e bizzarras, umas das coisas impressionantes foi que Pryce já morto desceu toda a longa reta, ainda acelerando e catou Jaqcues Laffitte que estava iniciando a tomada da curva ao fim da reta, as imagens tb do bombeiro são sem comentários, nessa época ainda, a F1 era um esporte que era páreo com as atividades mais perigosas do mundo.

Filipe W

Anônimo disse...

Eu nem era nascido, mas 5 anos depois eu nascia e dormia com um lençol estampado com várias provas da fórmula1, dentre elas, Kyalami.
Se eu soubesse disso...
Pela primeira vez assisto a estas imagens, e estou chocado. Impressionante o quanto a segurança destas provas mundialmente expostas eram parecidas com atuais provas de terrenos baldios de cidades pequenas, como é motovelocidade na minha cidade. (por exemplo)

Tudo bem que ja fazem 30 anos, mas a criatividade, a lógica e inteligência são dons dos seres humanos há séculos, para que catástrofes sejam evitadas.
Se bem que as geleiras dos pólos estão derretendo e só agora providências serão tomadas... (por exemplo).