SÃO PAULO - Neste período em que estou aqui em Sampa, tive dois dias "mais ou menos" de descanso: sexta-feira e ontem, domingo. Quando digo mais ou menos entre aspas, é que em primeiro lugar, não dá pra ficar parado num quarto de hotel esperando o tempo passar. Pra mim é um puta desperdício. E depois porque acabei fazendo a narração da GT3 às pressas, por uma mudança na grade do Grid Motor.
Enfim... se o domingo foi mais calmo e em excelente companhia, já que o camarada Pandini me convidou para almoçar com sua consorte Alessandra Alves e o figuraça Gabriel, a sexta-feira foi osso duro de roer.
Por que?
Ora... porque acabei enfim assistindo "Tropa de Elite", no Bristol do Center 3, lá na Av. Paulista. Tomei um metrô e fui pra lá ver a película mais polêmica e comentada do ano. Até porque mandei às favas a história do DVD pirata. Pra ver um filme como esse, que seja na telona, com um puta som, a edição bem-feita e tudo o mais que permeia a produção dirigida por José Padilha.
Puta que pariu... confesso que fiquei siderado com o filme. Se a intenção era provocar esse impacto no espectador e suscitar dúvidas - especialmente na relação entre polícia, bandidos e traficantes - "Tropa de Elite" atingiu em cheio seus objetivos.
Nota mil para os ótimos Wagner Moura (um show como o Capitão Nascimento) e os "aspiras" André Ramiro e Caio Junqueira, que tiveram grandes momentos ao longo das mais de duas horas de projeção. Especialmente o personagem Matias - negro e, para polemizar, estudante de direito penal da PUC, que tem que conviver com playboys e maconheiros sem dar bandeira sobre sua profissão.
Outra prova do sucesso de "Tropa" é a quantidade de bordões que caíram no gosto popular, basta citarmos o 'Pede pra sair', 'O senhor é um fanfarrão, xerife' e um dos melhores de todos: 'essa pica não é mais minha, tá na mão do aspira'.
Não é à toa que o filme agora atinge o top 5 de bilheteria nacional em 2007, superando "A Grande Família" e ficando atrás de "Homem Aranha 3", "Shrek Terceiro" e "Harry Potter e a Ordem da Fênix".
3 comentários:
Fala Rodrigo,
não se esqueça do famoso "nº 2", pois agora é um tal de escutar nº 2 para tudo quanto é lado hehehe
depois vou querer pegar a dica do sebo que você mencionou em um post abaixo, pricipalmente se ele tiver 4 rodas e auto esporte das antigas.
abs
Filipe W
Agora falar "fanfarrão" ta na moda, mas é uma palavra que falava muito aqui, conhecidos meus achavam engraçado
Essa história de inversão de valores (esfregar na cara do playboy que ele também é culpado pelos nossos problemas sociais) é algo muitas vezes necessário para que o ser-humano, não só nesse caso, saiba que todas as pessoas contribuem pelo menos um pouco para o, como diria Raulzito, "nosso belo quadro social", afinal de contas, todos gostam de se concentrar no epicentro do problemas para jogar a culpa nos outros...
Ah, é fácil jogar a culpa pelo tráfico na mão de um dono de morro, é fácil jogar a culpa na pirataria nos impostos altos do nosso país.
Mas duvido por exemplo que quem tenha comprado o DVD pirata do "Tropa de Elite" não tenha pensado ter feito uma besteira (muitas vezes inevitável...) e por esse lado acabou sendo algo muito interessante o filme ter saído primeiro nas banquinhas de camelô que nos cinemas...
Infelizmente o acesso à cultura nos é negado no Brasil, mas acabamos sempre contribuindo pelo menos para que as más situações se transformem em uma bola de neve!!!
Me senti culpado por ter comprado o filme pirata e assistido-o. Até por isso assumo que fiz...
Abs
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