domingo, 25 de novembro de 2007

Meninos, eu vi!

Como diria Juca Pirama, "meninos, eu vi".

Nada menos que 30 anos depois, eu vi Roberto Rivellino exibir a categoria que o fez ser ídolo máximo de Diego Maradona, com a canhota que foi o terror de goleiros e zagueiros, um mestre nos passes precisos e em dribles como o cultuado 'elástico'. Está certo que hoje, aos 61 anos, fora de forma, não dá pra querer que ele faça muito. Mas na preliminar do jogo Fluminense x Juventude, contra o time da BR Distribuidora, ele mostrou a velha classe e levou a torcida ao delírio no Maracanã.

E mesmo tendo uma relação um tanto quanto distante com o clube onde de fato conquistou títulos, Riva se derreteu em elogios. "É impressionante o retorno e o carinho que o torcedor do Fluminense me dá. A emoção é grande."

Se ele ficou emocionado, o que dizer então de outro ídolo eterno, o "Carrasco" Assis. O autor de gols definitivos em Fla-Flus nos anos 80, aos 52 anos, fez dois gols e mostrou também que a categoria daqueles tempos continua ali - só que com duas décadas pesando sobre os ombros. De uma solicitude incrível, ele autografou todas as camisas que lhe jogaram da Geral VIP do Maraca.

E não foram só eles a brilhar entre os ídolos do passado, deleitando uma torcida que sabe e deve reverenciar quem vestiu nossa gloriosa camisa.

Búfalo Gil, o mestre das arrancadas na Máquina, jogou meio tempo e se emocionou ao vestir o manto sagrado. Deley, hoje deputado federal, mesmo com uma silhueta pouco condizente com seu passado de atleta, ainda bate uma bola redondinha. Duílio continua em forma. Rubens Gálaxe, já sem tantos cabelos como nos anos 70, idem. Marco Antônio, lateral da Máquina-75, está impressionante. Eduardo "Cachaça" jogou muito no segundo tempo. Robertinho fez dois gols. E até Ronald e Pires, jogadores de passagens não muito distantes pelo clube, também deram sua contribuição para a vitória por 4 x 3 sobre a BR Distribuidora.


Os autógrafos de Deley (na primeira foto) e de Assis, Búfalo Gil e Duílio na segunda: um troféu para a eternidade



Depois de tantos autógrafos e de ver tanta gente boa ali diante dos meus olhos, eu já podia voltar pra casa feliz. Afinal, os 15 reais do ingresso já tinham sido plenamente recompensados. Mas havia o jogo de fundo, o último do Flu no Rio pelo Campeonato Brasileiro.

Pitacos rápidos:

- Fernando Henrique é uma piada como goleiro. Evocando Capitão Nascimento, "pede pra sair, zero-um!"

- Por que Thiago Silva não veste a camisa da seleção brasileira, já?!?

- Arouca, quando quer, bate um bolão. Ontem ele quis. Fez dois gols em chutes de fora da área. Foi o melhor em campo. E sua substituição incompreensível por Romeu fez Renato ganhar o coro de "burro".

- Thiago Neves vai perder a Bola de Ouro da Placar, porque não está jogando nada.

- Cícero aprovou em seu primeiro ano de Fluminense. Soares não.

- O ataque é de riso.

E que vençamos o Santos para uma despedida digna de um campeonato onde, se não fossem os empates em excesso e os roubos de arbitragem, o Flu estaria em segundo. No mínimo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma das caracteristicas do tricolor que me orgulha muito é a gratidão e o carinho com quem honrou aquela camisa. Alguns desses craques que vc citou eu não vi jogar, mas mesmo assim são tão idolos meus quanto aqueles que eu vi...