terça-feira, 20 de novembro de 2007

Livros, livros e mais livros

Saí ontem do trabalho determinado a fazer uma "limpa" na Saraiva e o objetivo claro era comprar Vale Tudo - A fúria e o som de Tim Maia, biografia (autorizada pela família) do síndico e pai do funk-soul-brother neste país, escrita por Nelson Motta, talvez uma das maiores autoridades no assunto Tim Maia. Afinal, conviveu com o cantor e conhecia os "causos", as lendas e suas frases históricas como poucos do meio musical. Leitura obrigatória, portanto, para os fãs (ou não) do cantor.

Isto posto, já de posse do referido livro, comecei a achar outros, ótimos. O segundo que peguei foi 1001 discos para ouvir antes de morrer. Lembro que ao folheá-lo numa outra livraria, já encontrei pelo menos 10% desse total de discos que tenho ou já escutei. Mas sei que muitos desses 1001 nem chegarão lá em casa. Claro... listas são altamente discutíveis, a Rolling Stone fez uma dos cem melhores discos da história da MPB - englobando o rock e deu o que falar pelas ausências de nomes como Cazuza, Lobão, O Terço, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Som Imaginário, e por aí vai.

Depois, a bola da vez foi uma biografia de Jimi Hendrix, descrita pelo amigo e jornalista Marcelo França como "meio chapa-branca". Sendo assim ou não, e como eu sou um fã inveterado do guitarrista estadunidense, resolvi comprar pra ver qual é. Ato contínuo, peguei outra biografia: a de Marco Mazzola, o produtor musical que virou referência na MPB, deu seu toque de midas quando o assunto foi o RPM nos anos 80 e reacendeu o "raulseixismo" com a excelente coletânea Documento, repleta de pérolas e versões inéditas das músicas do baiano abusado.

Só pra sair do assunto música um pouco, comprei o ótimo livro Lúcia McCartney, um dos melhores - senão o melhor - escrito por Rubem Fonseca. E movido por intensa curiosidade, resolvi batalhar um outro livro já recomendado por dezenas de amigos: Eu não sou cachorro não, de Paulo César de Araújo (aquele mesmo que escreveu o livro "proibido" de Roberto Carlos), que se propõe a fazer uma interessantíssima leitura da música brega dos anos da ditadura militar, tendo como cerne principal personagens emblemáticos como Odair José, o falecido Paulo Sérgio, Nelson Ned, Waldick Soriano, o obsceno Wando e Luiz Ayrão.

Como vira e mexe pelo menos uma música desses artistas resvalou nos meus ouvidos quando eu era criança, é lógico que escrever sobre a cafonália não será difícil. Ou seja: em tempos que o automobilismo está quase de férias, música será tema recorrente neste blog.

Aguardemmmmmmmmmmmmmmmmm!

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