sexta-feira, 10 de março de 2006

Primeiras impressões

Depois de cochilar um pouco em razão de uma infernal dor de cabeça, vim aqui para deixar a minha impressão sobre o primeiro dia de treinos da Fórmula 1 para o GP do Bahrein, que abre o campeonato deste ano.

Nada fica claro nos treinos de sexta-feira, que infelizmente há muito tempo não valem muita coisa. O que se vê são os pilotos titulares poupando equipamento e principalmente motores, pois continua valendo a regra de que uma unidade mecânica tem que durar 800 km - ou seja, dois fins de semana de corridas.

Aí o dia vira o paraíso dos "terceiros pilotos", que têm a prerrogativa de andar com o limite máximo de giros nos motores, sem preocupação com o dia seguinte. Se quebrar, quebrou.

A presença desses carros é útil para as equipes que não foram bem no campeonato passado e para os times médios / menores / estreantes. Pelo seguinte: com um carro a mais durante duas horas num mesmo dia, não precisam testar tanto ao longo do ano. E também pelo fato de que com esse carro, testam-se diferentes variantes de acerto - importantíssimas para o novo formato de classificação que estréia nesse sábado.



Certeza é que a Honda é favorita. Fez um bom carro, com um motor resistente e forte. O melhor tempo conquistado por Anthony Davidson (foto acima) é um indicativo que as coisas vão caminhar bem para a equipe de Rubens Barrichello.

Outra força é a Renault. Fernando Alonso teve um dia produtivo, não cometeu erros e está no caminho certo para lutar pelo bicampeonato. Pobre Giancarlo Fisichella, que pelo visto terá mais um ano de provações agora e literalmente como segundo piloto.

Em contrapartida, a McLaren ainda não disse ao que veio - Raikkönen já enfrentou o primeiro problema mecânico do ano - e a Ferrari nitidamente enfrenta dificuldades apesar do animador resultado de hoje. É notório que tanto Michael Schumacher e Felipe Massa estão andando no limite do limite de seu equipamento. Não sei de onde eles irão tirar algo para a classificação, pois não acredito nos carrinhos vermelhos sequer entre os seis primeiros.

As surpresas são duas: Williams e Toro Rosso. A Williams, com o motor Cosworth e um orçamento restrito, pode fazer barulho já na primeira prova. E a Toro Rosso, surgida dos escombros da Minardi, mostrou que com o V10 estrangulado também poderá fazer bonito - pelo menos neste início de campeonato. O sétimo lugar de Vitantonio Liuzzi é uma boa amostra disso.

Vou deixar para falar em quem aposto como decepção para depois da corrida de domingo. Mas tenho certeza que vocês já imaginam de quem estou falando.

Um comentário:

Anônimo disse...

Davidson é a grande estrela da sexta... isso pelo menos não mudou esse ano... não há como negar que ele manda bem contra o relógio...