segunda-feira, 13 de março de 2006

Cometa sem brilho

Para os mais supersticiosos, o número 13 é sinônimo de azar.

Para outros, como Zagallo, a encarnação da sorte.

Não foi este o total de dias que Paulo Campos ficou no Fluminense - foram dezessete, creio.

E esta segunda, dia 13, marcou a demissão de um dos piores técnicos que eu já vi nas Laranjeiras.

Além de nunca conseguir definir um time - o que os tricolores vêem a cada partida é um bando em campo - a figura que se gabava de ter trabalhado como auxiliar do cosmopolita Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid pagou pela língua solta depois da vitória por 3 x 1 sobre o Operário do Mato Grosso, pela Copa do Brasil.

Criticou a postura da torcida, que o chamava de "burro" com toda a razão, mesmo nos jogos que o Flu venceu sob seu comando. Criticou a imprensa. E suas declarações infelizes ecoaram nas Laranjeiras e chegaram à diretoria, que o repreendeu publicamente. Algumas manchetes do fim de semana já faziam a caveira de Paulo Campos.

E cabe aqui um aparte: a torcida é o maior patrimônio que um clube de FUTEBOL poderia querer ter. Desrespeitando quem paga ingresso para ver os jogos, nenhum treinador sobrevive mesmo que tenha um currículo esplendoroso - o que, convenhamos, não era o caso dele.

O empate em 2 x 2 contra o Botafogo foi a pá de cal. Depois de menos de um mês (se eu tivesse apostado com alguém, com certeza teria faturado um bom dinheiro), acabou demitido. Como um cometa sem brilho, Paulo Campos passou pelo Fluminense. E com certeza não deixará saudades.

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