segunda-feira, 20 de março de 2006

Marina Mulata

Escrevo de São Paulo, onde estou uma viagem bate-e-volta a trabalho. E acabo de me reparar com a notícia da morte da musa inspiradora do grande Di Cavalcanti: Marina Montini.

Magra, esguia, a mulata chamou a atenção do artista que a retratou quase diariamente por nada menos que sete anos. De 1969 a 1976, ela posou para centenas de suas obras, correspondendo à paixão de Di Cavalcanti pela mulher que despontou ao estrelato graças a uma reportagem da outrora poderosa revista Manchete.

"Ele era encantador, inteligente e tinha a cabeça aberta", comentou certa vez a modelo, que nos quadros do artista vinha com as formas mais generosas que o natural.

Nos anos 80, ela foi jurada do carnaval do Rio de Janeiro e causou polêmica ao dar nota 10 para a Mocidade Independente e conceitos baixíssimos para as demais agremiações. Por breves instantes, Marina Montini e seus antepassados foram mais xingados e vaiados do que árbitro de futebol.

Marina morava no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro e morreu relativamente jovem, aos 58 anos, de insuficiência hepática, no Hospital dos Servidores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente muito jovem para morrer! Fico pensando...qual deve ser a sensação de ser uma musa de verdade?
Luly.

Anônimo disse...

Nossa Ro, retrocedi ao tempo, pois lembro-me muito bem do auge dessa exuberante mulata que encantava...
A fama é curta e é esquecida, lamentavelmente...
Parabéns pela excelente explanação dada à essa musa que encantou olhos do mundo inteiro!
Bjsssss.
San...