Semana que vem, prometo que compenso.
Hoje aproveito para comentar aqui sobre o início do campeonato da IRL, uma categoria que passa por uma enorme crise de identidade no automobilismo americano.
E tudo por conta do fundador e presidente do Indianapolis Motor Speedway, Tony George. Com pose de imperador e ranço caipira, TG primeiro e único comprou briga com a CART em 1995 e no ano seguinte fundou seu próprio campeonato, tirando os grandes nomes do automobilismo de monopostos de Indianápolis.
Aos poucos eles até retornaram e escuderias fortes como Penske, Andretti Green e Rahal Letterman adotaram o campeonato da IRL.
Fica a pergunta: até quando?
Ninguém parece muito disposto a dispender mais sacrifícios para manter a competição na ativa. Nem mesmo as grandes equipes.
A solução lógica e clara seria a reconciliação com o que hoje é a ChampCar. Ou seja: regulamento uniforme de chassis e motores e um calendário com poucas provas em oval e muitas em misto, que é o que deseja Kevin Kalkhoven, com quem TG negocia.
As duas partes já chegaram a falar que era "um assunto sem volta". Mas TG acena com um entendimento "a médio prazo".
Animador? Sem dúvida. Resta saber o quanto...
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A temporada deste ano começa em Miami, no oval de Homestead, com vinte carros - todos com motor Honda - e quatro brasileiros na disputa: Tony Kanaan (campeão de 2004), Hélio Castroneves (bicampeão de Indianápolis), Vítor Meira (vice-campeão de Indianápolis ano passado) e Felipe Giaffone.
Para Indianápolis, cujo grid tem que ter 33 carros, TG primeiro e único tenta desesperadamente chegar ao quorum máximo. Para sorte dele, Michael Andretti e até Al Unser Jr., fora das pistas desde 2004, estão confirmados na principal corrida do ano. Mas os demais nomes que preencherão a lista de inscritos são aqueles "barbeiros" que provocam acidentes descabidos ou levam bandeira preta de desclassificação.
As corridas continuam transmitidas pela Bandeirantes e com uma mudança: Celso Miranda deixa de ser o narrador e o posto fica com Luciano do Valle.
Cabe aqui um elogio. Luciano já foi capaz de me arrepiar com a narração do golaço do Falcão na Copa de 1982 e com o título do Emerson em Indianápolis, sete anos depois.
Os tempos são outros e não sei se o veterano Bolacha ainda tem pique para narrar uma corrida em oval. Será que ele vai conseguir falar os nomes de todos os estrangeiros direitinho? Ou vai dar uma de GB e ficar falando da "irmã do Eddie Cheever", como ele fazia desde que a Band passava primeiro a CART e depois IRL?
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Para terminar:
Marcelo D2, que está fazendo muito sucesso com seus discos-solo fora do Brasil, foi escalado para um show especial depois da corrida, especialmente para os brasileiros residentes em Miami que comprarem ingresso para as 300 Milhas de Homestead.
O problema é que até agora não se sabe se o evento acontecerá.
O Consulado dos Estados Unidos negou o visto de entrada a D2 e sua entourage.
Xiiiii...
Um comentário:
Luciano do Valle já deu a sua primeira do ano.
Disse que Homestead é um circuito oval, velocíssimo diferente de outros circuitos por aí em que se abre 8 segundos e se decide a corrida.
Isso foi algum ataque a alguma outra categoria de monpostos ?
Sonoma e Watkins Glen são o que mesmo ??
Ah sim...
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