quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um pouquinho de poesia

Bom... na vida nem tudo pode ser encarado com aquele sabor amargo, com gosto de cabo-de-guarda-chuva. Precisamos de um pouquinho de poesia e nossas vidas sempre foram inundadas por versos de autores consagradíssimos como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.

No meu caso, tive a grata surpresa de saber que um dos meus contatos de Orkut verseja muito bem. É a poetisa Silvana Duboc, que ganhou o insólito apelido de "Ninguém", em decorrência de uma história que só ela contando pra entender melhor.

Ela tem centenas de poemas escritos e me mandou alguns porque eu pedi. E como prometido, publicarei um, por dia.

Hoje começo com este aqui.

Como uma pluma
Como uma pluma que voa no ar
em busca do lugar certo pra pousar
entrei na tua vida,
escorreguei em ti
da cabeça ao pés
e ao invés
de docemente
procurar um canto
pra me acomodar
continuei a voar
em volta do teu corpo
e louco
tu não conseguiste me segurar.
Em cada sopro
eu mudava de lugar.
Como uma pluma,
que vem do além,
em ti eu relei,
esbarrei
e no teu coração,
finalmente, eu toquei
mas lá também não me acomodei.
Como uma pluma
eu te amei
e levada pelo vento
num frágil momento
desapareci de ti.
Como uma pluma
na tua vida eu vivi.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do poema, quero mais. Gosto de poemas simples, despretenciosos, mas não menos belos e gostosos de ler.

Anônimo disse...

Uau, Mattar!!!
Começar assim o ano novo, despejando poesia ficou bom demais, sô !!!!
Um grande ano pra voce, esperando que seus modestos empregadores abram bem os olhos e te remunerem com valores... digamos assim... Abalizados de acordo com o mercado, tomando como amostragem outros profissionais que na mesma casa labutam...
É esse meu desejo sincero. Teu dia chegará, camarada.
Uma fera como voce, profundo e apaixonado conhecedor não permanecerá assim para sempre.
Espero que esse 2008 que apenas começa seja "o seu" ano.
Grande Abraço, desse seu amigo temporão e fã descarado.
Claudio Ceregatti
2 de janeiro de 2008