Dizem que a morte dos desfiles de escola de samba para o povão no Rio de Janeiro deu-se com o surgimento do Sambódromo em 1984.
É... tal alternativa até pode fazer algum sentido hoje. Como sabemos bem, o evento hoje é mais pra turista ver, com ingressos caríssimos e participação popular só nas alas de comunidade em cada escola - e olhe lá. Povão mesmo como existiu até aquele primeiro desfile na "nova" Marquês de Sapucaí, porque hoje o espaço de cadeiras e frisas tinha uma "geral" feito o Maracanã, nunca mais.
E outra coisa que piorou foram os sambas. Hoje é cada coisa ruim que se ouve na avenida! Letras atendendo aos pedidos de patrocinadores, que hoje injetam milhões nas escolas porque logicamente sabem que ali em 80 minutos, num evento transmitido para centenas de países, existe um excelente veículo de promoção. A Nestlé que o diga...
O andamento cadenciado, com letras mais líricas e que certamente quem gosta de samba-enredo de boa qualidade não esquece, deu vez a coisas muito mais aceleradas, perto de 150 BPM!
Comparem por exemplo, no site O Desfile, os andamentos por exemplo da bateria da Unidos da Ponte e da Vila Isabel em 1984, com o que se ouve agora.
Nesse mesmo ano, além do brilhante samba da Vila, composto por (quem mais?) Martinho da Vila, Portela e Mangueira brilharam na avenida. Esta última, levantando a platéia com um desfile histórico, não só arrastou a multidão como deu a volta no sentido contrário.
Depois disso, não tinha que dar outra coisa: Mangueira campeã, ou melhor, supercampeã, após um jejum de 11 anos - desde "Lendas do Abaeté", em 1973, a verde-e-rosa não ganhava nada.
Um comentário:
é emocionante assistir a esse espetáculo,e lembrar daquele show que a mangueira deu ao voltar na avenida...emocionante!!!
e foi e voltou só no balancê!
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