Ano passado, fui ver Tropa de Elite três vezes. Esse ano, mal janeiro termina e já vi duas vezes o novo fenômeno de bilheteria do cinema nacional: Meu nome não é Johnny. E estou preparando o espírito pra ir uma terceira vez. De preferência antes do carnaval.
O bom filme tem que provocar este tipo de reação no público. Tem que pegar o espectador à unha, instigar, provocar questionamentos e deixar bordões ou frases grudadas feito chiclete na nossa cabeça. Haja visto o que Capitão Nascimento e seus comandados fizeram na produção conduzida por José Padilha. Ainda tenho certeza que "Tropa de Elite" teria representado melhor o Brasil numa disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, em vez do filme de Cao Hamburger que não chegou à lista final.
Em "Meu nome não é Johnny", a realidade carioca é posta a nu outra vez e talvez seja isto que esteja atraindo tantos espectadores ao cinema. Em vez do BOPE, treinamentos tático-militares de guerra e a corrupção policial, vemos como se comporta a classe média-alta, na figura de um jovem que acaba entrando no submundo das drogas como usuário e traficante. Situações das mais interessantes aparecem ao longo da produção, prendendo a atenção do espectador.
Selton Mello tem atuação destacada e Cléo Pires aparece como uma ótima coadjuvante, assim como Cássia Kiss na pele da severa juíza que condena João Guilherme Estrella - hoje produtor musical e compositor - à uma passagem por uma instituição penal hospitalar do Desipe.
Não vou contar muita coisa. Afinal, nada mais chato do que comentar detidamente o filme e tirar de você que me lê neste exato momento a vontade de ver um bom filme. E não dê ouvidos ou olhos às críticas ácidas, como a que vi na revista Rolling Stone deste mês, que teve muito má vontade com "Meu nome não é Johnny". Afinal, não se pode agradar sempre.
Eu recomendo. Vai na minha que é bom.
Um comentário:
votaria de bom grado se o ibest contribuisse
não consigo votar,sempre dá erro
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