domingo, 14 de outubro de 2007

Um rio que passa... e fica

Eu não vi mas já soube: Paulinho da Viola mereceu um programa da série MTV Acústico, como outros artistas - de Gilberto Gil (o pioneiro) a Sandy e Júnior (argh!) tiveram também.

O que mais me impressiona no cantor e compositor que é um símbolo do chorinho, do samba e da Portela é a sua tranqüilidade, por vezes confundida com uma timidez que ele não faz nenhuma questão em desmentir - e principalmente a humildade que ele tem.

Paulinho tem no barato 40 anos de carreira, venceu até Festival da Record - com "Sinal Fechado", em 1969 - mas continua o mesmo. A fala mansa não lhe deixa. Os amigos queridos e parceiros, como Élton Medeiros, Toquinho, Hermínio Bello de Carvalho e Eduardo Gudin, também não. Por isso mesmo, ele é tão querido no cenário musical.

Mesmo que sua produção de canções e novos trabalhos hoje seja inversamente proporcional à quantidade de obras-primas que gravou e/ou compôs, como "Sei lá, Mangueira" (que jamais gravou), "Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida", "Lapa em Três Tempos", "Pecado Capital", "Por um Amor no Recife", "Sentimento", "Miudinho", "Dança da Solidão", "Pagode do Vavá" e pra mim a melhor de todas, "Coração Leviano", Pauo César Batista de Faria já é história na música popular brasileira.

Aliás, se Roberto Carlos é propalado como o Rei, o príncipe só pode ser o gentleman e elegantérrimo Paulinho da Viola.

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