sábado, 13 de outubro de 2007

Paulo Autran

A capa de O Globo e possivelmente de todos os jornais, trazem referências a Paulo Autran, o maior ator contemporâneo do teatro nacional, que foi desta para muito melhor ontem, aos 85 anos, depois de longa enfermidade.

Um mestre em compor personagens de diferentes atores, de Moliére a Shakespeare, Paulo tinha - embora muita gente não acredite - horror por televisão. Tanto que em mais de 50 anos de carreira, fez quatro novelas (Pai Herói, Os Imigrantes, Guerra dos Sexos e Sassaricando), duas minisséries e um Você Decide - que aliás foi seu último trabalho na telinha.

Por colegas de profissão tinha um respeito cego, a ponto de até cuspir em defesa de alguém. E esse alguém não era uma pessoa qualquer: era Tonia Carrero, então casada com Adolfo Celi (que faz o Comendador Manetta em "Grand Prix"), que sofreu uma crítica feroz de Paulo Francis. O xará Autran não gostou do que leu e depois de um espetáculo, cuspiu com tudo no rosto do jornalista.

A minha primeira lembrança do Paulo Autran remete exatamente ao veículo por qual tinha horror, evidentemente em razão de Pai Herói, há 28 anos. Mas foi em Guerra dos Sexos - a impagável novela de Sílvio de Abreu em 1983 - que ele deu um show acompanhado de outra diva do teatro, cinema e TV, Fernanda Montenegro. Como Bimbo e Charlô, respectivamente, eles formaram uma das maiores duplas de antagonistas das telenovelas.

A prova está aqui abaixo, nessa cena antológica dos dois.

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