quarta-feira, 16 de abril de 2008

A história do cigarro na Fórmula 1 (I) - Gold Leaf / 1968 a 1971

Nesta quarta, a Philip Morris, dona da marca Marlboro e única a investir na publicidade tabaqueira na F-1, fez saber que ao fim do contrato com a Ferrari em 2011, deixa a categoria. E deste ano em diante, o logotipo Marlboro será substituído por um código de barras que já decora a Ferrari F2008 desde a pré-temporada.

É o fim de uma história que movimentou muito dinheiro durante quatro décadas no automobilismo, não só na F-1 como nas mais diversas categorias de monopostos, turismo e protótipos espalhadas pelo planeta.

A história da publicidade de cigarros na F-1 começa em 1968, quando Colin Chapman, que assim como todos os seus concorrentes recebia uma pequena verba de fornecedores de peças, pneus e combustíveis em troca de expor seus adesivos nos carros, fechou um contrato com a British Imperial Tobacco. A estréia da Lotus com o patrocínio dos cigarros Gold Leaf aconteceu na Série Tasmaniana daquele ano e os carros passaram a ostentar as cores da marca não só na F-1, como também na F-2 e na F-3.


O patrocínio da Gold Leaf durou até 1971, quando foi substituído por outra marca da mesma British Imperial Tobacco, a John Player Special. Foi com um carro pintado de Gold Leaf que Emerson Fittipaldi conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1, no GP dos EUA de 1970. E Graham Hill e Jochen Rindt, este post mortem, foram campeões do mundo pelo então batizado Gold Leaf Team Lotus.
Na foto acima, John Miles acelera a Lotus 49 C no início do campeonato de 1970.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho hipócrita banir-se o patrocinio de cigarros na F-1 ou em qualquer esporte. O cidadao tem direito a suas escolhas e é dono de sua saúde. A indústria de cigarros deu uma impulsao enorme aos esportes ao automobilismo. Qual será a próxima vítima? a industria altamente poluente do petróleo?

PS: eu nao fumo

Ricardo

Anônimo disse...

Contrário ao que se via amplamente divulgado, não foi a equipe oficial da Lotus que introduziu o primeiro patrocínio não associado ao mundo automotivo no automobilismo internacional. Colin Chapman adorava divulgar tal façanha, mas esta alegação somente pode ser considerada válida enquanto a participação em uma temporada completa em um Campeonato Mundial.

A primeira empresa a aproveitar a oportunidade que surgiu com a liberação de patrocínio independente do ramo de atuação pela FISA foi a empresa de cigarros Gunston da antiga Rodésia, hoje Zimbabwe, que alinhou dois carros com o visual típico da marca e dotados de logotipos no grid de um GP de Formula 1.

Texto do Mario Bauer (com as fotos para provar o fato).

http://gpinsider.wordpress.com/2008/01/01/o-marketing-descobre-o-automobilismo/#more-662

Wallace Michel