Quarenta e oito horas após a explosão do escândalo que o envolve num suposto affair com prostitutas, sadomasoquismo e nazismo, o presidente da FIA Max Mosley permanece calado.
Calado até demais.
O dirigente, que é advogado - e advogados têm por excelência o dom da oratória, até agora não se manifestou a público, deixando no ar enormes suspeitas de que de fato ele foi flagrado em atos libidinosos. Ou, talvez, esteja preparando sua defesa nos tribunais, diante do escândalo estampado pelo tablóide inglês "News of The World".
Até aí, eu vou na carona de todo mundo que escreveu sobre o escândalo: o que acontece entre quatro paredes é de cada um. A vida sexual do Mosley não me interessa.
Interessa, todavia, se ele é capaz de assumir que o flagrante é verídico. E se ele irá renunciar ao posto de presidente da Federação Internacional de Automobilismo - algo que já é defendido por Stirling Moss e pelo campeão mundial de 1979, o sul-africano Jody Scheckter.
E tem mais: Mosley, que deveria ir ao Bahrein para participar do Fórum de Esporte Motor do Oriente Médio, em Manama, deve cancelar sua viagem. De quebra, aproveitaria para ver a corrida do próximo domingo. A sugestão da ausência partiu de Bernie Ecclestone.
"Acho que a família real do Bahrein não gostará de tê-lo por lá", comentou o todo-poderoso da FOM.
Com toda razão.
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