Recebi um e-mail do camarada Pandini lembrando que em 1968, o ano que não terminou, a Porsche começava sua história de importações no Brasil, com o modelo 912E - um 911 com outra sigla e o "E" no fim - corruptela para "exportação".
Quarenta anos depois, a gama atual de modelos, do 911 ao Cayman S, continua sendo o sonho de consumo dos apaixonados por automóveis bem-construídos, resistentes, possantes e sobretudo confiáveis.
Não é à toa que no automobilismo a marca de Stuttgart é sempre associada às corridas de longa duração. Tem sido assim há décadas e mesmo com o melindre do ACO diante da negativa da Penske - pelo segundo ano consecutivo - em levar o protótipo Porsche RS Spyder para as 24 Horas de Le Mans, os cinco carros inscritos para 2008: dois outros protótipos de equipes européias e três 997 GT3 RSR - vão chamar muito a atenção. Especialmente se os GT2 derem um pau nas oito Ferrari F430 inscritas neste ano.
Mas houve uma categoria onde a Porsche experimentou um misto de sucessos e fracassos: a Fórmula 1.
Nos anos 60, a marca alemã entrou no campeonato com o modelo 804 de 1,5 litro e com ele ganhou algumas corridas, saindo da categoria antes do Mundial de 1964. Quase 20 anos depois, Hans Mezger desenhou o motor V-6 que com a griffe Techniques d'Avant Garde (TAG) ganhou tudo com a McLaren entre 1984 e 1986. Três títulos mundiais de pilotos - um para Lauda e dois para Prost - e outros dois para a equipe de Ron Dennis.
O fracasso, entretanto, deu-se em 1991. Aproveitando a estabilidade do regulamento, a montadora projetou e construiu o motor denominado "3512" - 3,5 litros e 12 cilindros em V, tal como Ferrari e Lamborghini. Com ângulo de 80º, o motor equiparia os Footwork de Michele Alboreto e Alex Caffi.
O motor Porsche 3512: última tentativa do cavalinho de Stuttgart na F-1
Mas ficou claro que por mais que esse motor tivesse o nome Porsche, não havia potência suficiente para que fosse competitivo e o peso excessivo prejudicou o desempenho do modelo FA12. Depois do GP do México, o projeto foi abortado e a Footwork apelou para o bom e velho Ford Cosworth V-8 para completar aquele ano, sem marcar qualquer ponto.
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