Assim como o peixe-gato que "bateu asas e voou", segundo a letra do sensacional sambão Tragédia no fundo do mar (Assassinaram o camarão), gravado pelos Originais do Samba, outro "peixe" bem conhecido do mundo esportivo foi embora pela enésima vez do Vasco.
Romário não teria agüentado a interferência direta do presidente do clube, o nefando Eurico Miranda, que mandou por Paulo Angioni, gerente do futebol, o seguinte recado: "Quem joga é Allan Kardec". Para desespero do dirigente, o baixinho queria outro em seu lugar e esse outro era Abuda - que não é prata da casa como o atleta indicado por Eurico.
Certo é que ele não gostou da decisão. Fiel à sua personalidade fortíssima, ele não teve dúvidas.
"Minha história no Vasco acabou", enfatizou.
A atitude de EM, mais do que denotar que de fato sempre houve e vai continuar existindo interferência na escalação de um ou outro jogador, chocou atletas e técnicos que passaram por São Januário, especialmente ao atacante Leandro Amaral, que saiu do Vasco brigado com o dirigente.
"É lamentável. Às vezes ele toma umas atitudes que no meu ponto de vista não são corretas. Ainda mais com grandes jogadores, que têm uma história no clube e que a torcida admira."
Dizem as más-línguas, porém, que o episódio da interferência de EM na escalação do time não é o único estopim da intempestiva e inesperada saída de Romário do Vasco. O outro pilar de discussão chama-se Edmundo. O Animal, queridíssimo pela torcida, é o reforço mais aguardado do clube cruzmaltino em 2008.
Tanto que já está sendo preparado para estrear na semifinal da Taça GB, possivelmente contra o Flamengo. E, cá pra nós, alguém achava que com Romário de técnico o antigo desafeto teria vez no time?
E por falar em Flamengo, Kléber Leite, sempre querendo aparecer, já vaticinou que as portas do clube estão "abertas" para o baixinho. O telefone de Celso Barros, amigo pessoal de Romário e patrocinador do Fluminense, também foi bombardeado com ligações e ele foi bem mais comedido que o fanfarrão rubro-negro.
"Somos só amigos e o Fluminense tem outras prioridades em 2008, como a Libertadores. Não tem esse negócio de ele fazer um joguinho com a camisa do tricolor e parar", decretou.
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