segunda-feira, 1 de maio de 2006

O bebezão bobalhão

Leitores e leitoras do blog, sentiram a ausência de petardos ultimamente?

Pois aí vem um... e esse é bala de grosso calibre.

Como não poderia deixar de ser, a bola da vez é um político: Anthony Garotinho, dantesco governador do Rio de Janeiro há alguns anos, pré-candidato do PMDB à presidência (de novo) e marido da atual governadora, Rosinha Matheus.

Fazendo jus ao apelido e se comportando tal qual um menino muito mimado, de quem lhe tiram o doce sem fazer alarde, Garotinho iniciou ontem, vejam vocês, uma greve de fome!

O protesto desvairado dele acontece porque a revista Veja, que depois de algumas semanas resolveu dar uma trégua na porradaria imposta ao governo Lula e ao PT, coloca o político fluminense como sua capa, acusando irregularidades na prestação de contas de sua campanha eleitoral, quando ele se desincompatibilizou do Governo do Estado em 2002 para se candidatar e perder a eleição para presidente.

Além de problemas citados na reportagem quanto à doadores de campanha, principalmente empresários que são diretores de Organizações Não-Governamentais e receberam a bagatela de R$ 112 milhões do próprio Governo do Estado, há irregularidades com fornecedores.

Sentindo-se atingido na carne e ciente de que estas denúncias podem tirá-lo do páreo para a corrida presidencial, Garotinho agora se presta a um papel que considero patético.

Patético porque ele enquanto político merece o epiteto. Evangélico, mistura a religião com a política e pregando "Deus e a Família", arrebanhou votos para ser primeiro prefeito de Campos e depois governador do Estado, numa administração caótica.

Quando saiu para concorrer à presidência, deixou o governo nas mãos de Benedita da Silva, que mesmo com toda campanha contra, cumpriu seu dever com correção e lançou-se como candidata do PT contra a mulher de Garotinho que, graças aos votos dos boçais eleitores evangélicos e de regiões mais pobres, chegou ao governo.

Governo este que é outro desastre. E do qual a população do Rio de Janeiro não sentirá nenhuma falta quando terminar. Afora as propagandas mentirosas (cadê as 10 mil obras?), promessas de campanha nunca cumpridas como a da refinaria que nunca saiu afundam ainda mais a credibilidade da família "Garotinho".

O grevista choraminga acusando a revista Veja de "mentir, caluniar e confundir a opinião pública a poucos dias de sua candidatura à presidência."

Claro, encontrou espaço também para bater em quem nem tem culpa nessa história, como as Organizações Globo (bem ao estilo de Leonel Brizola), os banqueiros e o presidente Lula, taxando-o de "covarde".

De uma coisa eu sei: nacionalmente, o estilo populista de Garotinho está superado.

Infelizmente, no Rio de Janeiro, que politicamente está uma grande porcaria, com CEM de prefeito e Rosinha como governadora, o povo ainda se ilude com falsas promessas.

Como ele consegue ser forte politicamente dentro do PMDB? Taí uma pergunta que vai ficar sem resposta...

Mas pelo visto, o 'gugu-dadá' do campista não será suficiente a fazê-lo se candidatar de novo ao posto mais alto do Executivo.

Menos um na corrida eleitoral... ótimo para a reeleição do Lula.

2 comentários:

Anônimo disse...

ae rodrigo! eu ja to vendo o pessoal do casseta zuando ele(hahahahahahahahahahahaha)eles ja pegam no pe sem ele fazer isso
imagine agora(hahahahhha)
abraço!

Unknown disse...

Concordo seu post, caro colega. E, ainda incluo o fato de que, com essa atitude madura de (imagine voz de criança mimada e birrenta): "é assim, é? então não vou comer mais nada, nananinanão!", esse inteligente político perdeu o pouco apoio que já tinha do seu partido político.
Voto pra que ele continue com sua greve de fome. Até sumir.
abraço

http://megadevanieo.blogspot.com