segunda-feira, 29 de maio de 2006

"Arremessoooou... aro!"

A gente sempre escuta os locutores falarem o título desse tópico nos jogos de basquete, certo?

Pois é... e muito me chateia saber que o esporte no Brasil está indo de mal a pior.

Nem é preciso dizer o porquê. A cizânia política entre o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis e o antigo jogador da seleção brasileira, Oscar Schmidt, fez estourar uma crise sem precedentes - e que acerta em cheio inclusive no rendimento da equipe nacional, que há anos não se classifica para uma Olimpíada e quando vai para os Mundiais, só faz figuração.

E tudo isso com jogadores hoje conceituados na liga profissional americana, a NBA, como Leandrinho, que brilha no Phoenix Suns.

Além do nível não ser dos melhores, existe a falta de planejamento da CBB e a guerra de egos travada entre Grego e Oscar, que formou a Nossa Liga - uma competição paralela ao Campeonato Nacional - em represália aos desmandos e às más condições do esporte no país.

Ambas as partes até tem razão nessa batalha em alguns pontos. Mas em vez de lutarem por interesses comuns, minam o manancial do basquete brasileiro e o resultado está aí.

Infelizmente vivemos do passado. Lembramos de um bicampeonato mundial em 59/63 e outros bons desempenhos como um vice-campeonato em 71, um terceiro posto em 77 e um quarto lugar em 86.

Em Olimpíadas, nosso último grande resultado foi um bronze em 64.

O basquete feminino ainda conseguiu uma prata, um bronze e um quarto lugar nas três últimas Olimpíadas, além do título mundial em 1993. Era o auge da geração Paula e Hortência, que junto com Janeth formam o último glorioso trio de ferro do nosso esporte.

Verdadeiramente lamentável.

A perspectiva de melhoria do basquete brasileiro, diante de tudo isso, é próxima de zero.

Chega de arremessos no aro.

Queremos ver cestas de três pontos e grandes jogadas.

Chega de vergonha!

2 comentários:

Luly disse...

É muito chato isso no nosso país, de vez em quando isso acontece em algum esporte... nunca vamos ser expressivos se os atletas não puderem contar com uma boa estrutura, como no vôlei, por exemplo.
Luly.

Anônimo disse...

Uma pena o Oscar usar seu nome para interesses pessoais.

Lembra muito um outro ídolo fabricado pela mídia...