domingo, 18 de junho de 2006

Universo Copeiro

Vida que segue, já dizia o mestre João Saldanha. E a Copa também.

Não esqueci dos outros jogos que já aconteceram - sexta, ontem e hoje.

E sem dúvida a Costa do Marfim merecia sorte melhor. A FIFA usou um critério equivocado de seleção de cabeças-de-chave e no grupo de Portugal pôs... o México, que sequer ganhou da incipiente Angola.

Deu no que deu. Duas derrotas dos africanos para Argentina e Holanda. Mas que ninguém se engane. Em ambas as partidas, Drogba e companhia deram muito trabalho. O time de Marco Van Basten levou sufoco no fim. Mas jogou um bom futebol e mereceu a classificação.

Assim como Portugal, que diante do Irã superou um tabu de quarenta anos para chegar às oitavas-de-final. E Luiz Felipe Scolari, ora vejam, alcança um recorde que mitos como Vittorio Pozzo, Gyula Mandi, Sepp Herberger, Alf Ramsey, Helmut Schöen, Rinus Michels e tantos outros jamais conseguiram alcançar: nove vitórias consecutivas em Copas como treinador.

O grande barato do sábado foi o show de bola da estreante Gana, que fulminou os tchecos numa belíssima atuação. Foi 2 x 0 mas poderia ter sido muito mais. O goleirão Petr Cech mostrou porque é um dos melhores do mundo - e os africanos também não tiveram muita paciência e principalmente pontaria.

Em contrapartida, EUA x Itália foi um jogo marcado por violência (três expulsos, dois do time americano), covardia tática e algum futebol. Enquanto se jogou bola, houve gols e a partida foi animada. Mas estamos falando dos italianos, ferrenhos adeptos do catenaccio, e que agora vão suar sangue e vinho para se classificar diante dos tchecos na próxima quinta-feira.

Japão e Croácia fizeram uma partida movimentada, mas os europeus desperdiçaram a chance de ouro quando Srna cobrou pênalti que Kawaguchi defendeu. Pior, muito pior, entretanto, foi o gol que um atacante oriental perdeu: com a meta escancarada, bateu pra fora e a bola passou por entre as pernas do goleiro!

A França hoje me trouxe duas certezas ao empatar com a Coréia do Sul. A primeira é que o técnico Raymond Domenech é covarde em não escalar um atacante do naipe de David Trezeguet pra jogar junto com Henry.

E a segunda é que dificilmente veremos Zidane em ação nas oitavas-de-final.

Mas isso está nas mãos - e nos pés - da seleção de Togo.

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