terça-feira, 13 de junho de 2006

O perigo se faz presente

Depois de me divertir com a derrota dos japoneses e o desespero da Fla-Japão que murchou na estréia que nem balão mixuruca de festa junina, a segunda-feira reservava a estréia de duas seleções de verdade: República Tcheca e Itália, ambas do Grupo E.

Em sua primeira Copa depois de fracionado o território com a Eslováquia, os tchecos deram um passeio no time dos EUA. Cortesia do camisa 10 Rosicky, que fez um lindíssimo gol de fora da área (foto abaixo) e outras boas jogadas.


E não é só isso: eles têm bons valores individuais em todos os setores. Cech no gol, Grygera, Rozenhal e Ujfalusi na retaguarda, Nedved e Poborsky na meia. Sem contar o ótimo Milan Baros, que não jogou por se recuperar de uma contusão.

Mas os tchecos não tiveram tanta sorte, pois Jan Koller, o atacante de 2,02 m que fez o primeiro gol da seleção, se contundiu num lance fortuito e sofreu uma grave lesão na coxa, que provavelmente o deixará de fora do resto do Mundial. Eles ainda têm outro jogador alto - Lokvenc - mas não com a experiência do titular para poderem seguir adiante. De resto, estrearam bem e vão brigar com a Itália, salvo alguma zebra sem tamanho, pra escapar do Brasil nas oitavas-de-final.

Os transalpinos jogaram em Hannover contra o estreante selecionado de Gana, que se especializou em distribuir pancada. Foram 22 faltas contra apenas oito infrações dos italianos em 90 minutos - fruto da ausência de Gattuso em campo. Com o botinudo do Milan de fora, a Itália bateu menos e jogou um futebol de boa qualidade técnica.

A seleção adversária não era ruim - tem Essien, Kuffour, Muntari e Appiah, jogadores que atuam na França e na própria Itália - mas esbarrou no peso da estréia e tanto técnica quanto psicologicamente, a Azzurra dominou as ações.

E graças a gols de Pirlo (acima na foto) e do estreante em Copas Iaquinta, um em cada tempo, somaram três pontos valiosos. Afinal, uma simples vitória contra os EUA já os coloca nas oitavas.

O problema para o Brasil é o seguinte: Itália ou República Tcheca, um dos dois, será o nosso adversário no mata-mata. E é aí que mora o perigo. Os italianos são uma pedra no sapato e os tchecos, embora não tenham tradição na hora H, já mostraram que têm time pra vir pras cabeças.

E aí? Quem será que vai pintar pra gente hein?

Agora nem quero pensar... só vou torcer, e muito, nesta terça-feira.

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