segunda-feira, 12 de junho de 2006

Meia-boca

Três partidinhas meia-boca neste domingo. A Copa ainda não explodiu, mas é questão de tempo.

Sérvia e Holanda fizeram o primeiro confronto 100% europeu da primeira fase e confesso que fiquei decepcionado. A seleção dos balcãs não mostrou nada digno de sua ótima participação das Eliminatórias, quando relegou a Espanha para a repescagem.

E cá pra nós... com aquele meio-campo sem vergonha, a gente só tem a lamentar que o Petkovic não estivesse lá com a camisa 10, ditando o ritmo, com lançamentos e passes precisos. As chances de eliminação deles são bem grandes.

A Holanda revelou um jogador candidato a astro: Arjen Robben, do Chelsea. Chamou o jogo pra si, fez um belo gol numa arrancada fulminante e ainda deu três bons chutes a gol - um deles defendido espetacularmente pelo goleiro Jevric.


O time dirigido por Van Basten pode engrenar e ganhar moral no confronto contra a Argentina, uma velha rival que já foi derrotada em 74 e 98.

A segunda partida tinha tudo pra ser uma pelada. Porém, México e Irã surpreenderam e fizeram um bom espetáculo, equilibrado na posse de bola e até pelo menos os 31 minutos do segundo tempo, quando os asiáticos mostraram a ingenuidade costumeira depois de arrancarem um empate com um tento de Golmohommandi.

O segundo gol foi um exemplo disso. Após a falha do goleiro Mizrapour, que repôs mal a bola, o zagueiro Rezaei quis sair jogando e, sem nenhuma categoria, entregou de bandeja a bola para o brasileiro Zinha, que passou para Omar Bravo marcar seu segundo gol na partida.

E foi o jogador nascido no Rio Grande do Norte que, com uma bela cabeçada, fechou o placar e deu ao México a segunda vitória do país em Copas disputadas na Europa - aliás pelo mesmo placar da primeira - um 3 x 1 contra a Coréia na França, em 1998.

Portugal e Angola fariam um confronto esperadíssimo em razão de ser o primeiro jogo entre países de língua portuguesa depois de 40 anos e, especialmente, porque Angola foi o país colonizado pelos lusos que mais teve que suar sangue pela sua independência.



Estreantes em Mundiais, os africanos ganharam um cartão de visitas no primeiro ataque dos encarnados e aos quatro minutos, Pauleta fez o primeiro gol e muitos imaginavam assistir à primeira goleada da Copa. Porém, Portugal puxou o freio de mão no primeiro tempo e deixou até os angolanos sentirem o gostinho de algumas chances de gol, rechaçadas pelo bom goleiro Ricardo.

Figo bateu um bolão, foi o melhor em campo. Mas Cristiano Ronaldo, estrela do Manchester, não justificou a fama. Jogou o primeiro tempo com uma estranha camisa cortada nas mangas e como se não bastasse, levou um cartão amarelo de graça, o que fez Felipão tirá-lo no segundo tempo para a entrada de Costinha, reforçando o meio.

O atacante (ou avançado, como o chamam além-mar) mostrou seu desagrado com caretas no banco. O certo é que Felipão tem estrela. Chegou ao recorde de oito vitórias consecutivas e levou a seleção à 200ª vitória de sua história. Mas o time português ainda precisa melhorar muito se quer sonhar terminar entre os oito primeiros.

E eu fico por aqui. Afinal, daqui a pouco é hora de secar o Japão!

Nem preciso dizer o porquê...

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