Eu não sei de quem é a culpa.
Mas não consigo conceber o fato das provas de Endurance serem relegadas a segundo plano no Brasil.
Querem um exemplo? Sábado aconteceu a primeira etapa do Brasileiro, as 3 Horas de Tarumã, no autódromo localizado em Viamão, na Grande Porto Alegre.
E alguém aí ficou sabendo?
Alguém, exceto pilotos, a CBA e o organizador Toninho de Souza, tinham conhecimento?
Sabiam que uma Ferrari F550 estaria na pista? Além de bons protótipos nacionais, como os MCR fabricados lá mesmo no Rio Grande do Sul?
Perguntas que evidentemente ficarão ao léu.
O campeonato começou tímido em 2003, pareceu que ia explodir em 2004 e voltou à estaca zero no ano passado. A corrida no Rio, à qual estive presente, tinha quinze - isso mesmo - quinze carros. O último colocado no grid passou todo mundo na primeira volta e depois venceu com nove voltas de vantagem sobre o segundo colocado.
Isso não é automobilismo. É covardia.
Mas essa época de covardia chegou ao fim. À primeira vista, há vontade de se fazer uma competição bem mais interessante que nos últimos tempos. A gauchada deu sua parcela de contribuição e com uma forcinha do povo do Paraná, encheu o grid com 29 carros para um bom espetáculo de automobilismo.
Venceu o MCR Turbo de Christian Castro e Paulo Hoerlle (foto acima), três voltas na frente do Spyder de Luciano e Beto Borghesi, com outra dupla do Paraná, formada por Jair e Carlos Bana, fechando os três primeiros.
Quem sabe o exemplo não está aí?
Automobilismo não se faz apenas com dinheiro - ele é parte essencial do todo - mas há que existir tesão, garra, trabalho e braço, muito braço.
E sobretudo união.
É disso que a Endurance precisa no Brasil para deslanchar.
Um comentário:
Legal, acompanhei pela internet a construção do protótipo tubarão que participaria desta prova, o carro ficou lindo, gostaria de saber como ele foi, tem algum site onde posso ver fotos e saber dos resultados da prova ?
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