segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Relíquia IX

O post atual é uma homenagem a Aguinaldo de Góes Filho, um dos homens mais importantes do nosso automobilismo por muitos anos.

Motivos não faltam. Indiretamente, ele foi o responsável pelo renascimento da Carretera Chevrolet Corvette do lendário Lobo do Canindé - Camillo Christófaro. Isto porque a Ferrari 250 Testa Rossa que era de sua propriedade (abaixo numa foto durante os 500 km de Interlagos em 1961), acabou demolida no acidente fatal do piloto Rio Negro, que a comprara de Aguinaldo.



O conjunto traseiro da Testa Rossa foi todo montado na Carretera, que venceu as Mil Milhas de 1966 com Camillo e o então jovem Eduardo Celidônio.

Em 69, ele comprou de Eugênio Martins e Chico Landi a CBE (Companhia Brasileira de Empreendimentos), que importava e distribuía modelos BMW no Brasil, inclusive representando a marca bávara no automobilismo nacional.

Mudou a sigla da empresa para CEBEM, e foi com Aguinaldo de Góes que muitos pilotos de altíssimo nível trabalharam. Casos de Jayme Silva (Joaquim, você tinha razão, erro imperdoável...), que guiou o lindo Fúria-BMW da foto abaixo e de Paulo Gomes, que cometeu a façanha de destruir a BMW "esquife" num treino para uma prova em torno do Mineirão em 1972 e no dia da corrida abandonar com o outro carro, o modelo 2002, depois de uma espetacular capotagem.



Aguinaldo largou o automobilismo em meados daquela década. E morreu aos 54 anos num acidente estúpido no pedágio da Rodovia Anhangüera, quando um caminhão bateu na traseira do próprio carro - que por sinal ele não dirigia, pois estava com um braço engessado.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ok, rapazes, O Fúria-BMW me lembro bem do Jaime Silva mas do Pedro Vitor, não. O Delamare tinha aquele Fúria ,motor Opala 4 cilindros 2500 cc que acabou nas maõs do piloto Olavo Pires (mais tarde senador por Rondônia,morreu assassinado com seis tiros) do DF.

Anônimo disse...

Do Aguinaldo de Goés, lembro-me dele pilotando uma BMW Alpina nos 1000 km de Brasilia de 69 em dupla com o Ricardo Ashcar. Creio que foi a última corrida do Ashcar no Brasil pois em maio ele embarcaria
para a Inglaterra a fim de integrar o SMART na F-Ford inglesa. A propósito, Mattar tenho uma coluna sobre a F-Ford inglesa e os primeiros brasileiros na Inglaterra. Se tiver interesse e eu puder colaborar...

Anônimo disse...

Rapaz,o automobilismo romantico dos anos 60 ,lembra um pouco aquela seriado conecção.Existia um carro que bateu,e ai virou outro que foi vendido ao fulano que aproveitou o chassis e colocou o motor do ciclano..........
E tempo bão !!
Aquele Simca Tempestade é um exemplo, se for detalhar suas origens , sei lá ,até o Fangio vai estar envolvido.

Jonny'O

Anônimo disse...

Ricardo Goes, filho do " Arguina", Aguinaldo Goes.
Obrigado pela homenagem ao meu Pai.
Eu estava dirigindo a Alfa 2300 e parado no pedágio, pagando, quando..
Procuro fotos do meu saudoso Pai.
Se alguem poder me ajudar....